quinta-feira, 31 de março de 2011

Foi assim que comemorámos o Dia Internacional da Consciencialização do Autismo

Todios os alunos da nossa escolinha decoraram com as suas mãos pintadas um grande painel onde depois expusémos algumas fotografias com actividades da nossa Unidade. Ficou expoxto numa das paredes da Escolinha para todos os pais verem.

Entregamos alguns panfletos com informação relativa ao Autismo. Nunca é demais informar!

E para aquisição de material na nossa Unidade construímos esrtes porta-chaves subordinadas ao mesmo lema "Dar as mãos pelo Autismo" com o endereço do nosso blogue.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Dia Internacional para a Consciencialização do Autismo

Foto de Ana Martins

O dia 2 de Abril é o Dia Internacional para a Consciencialização do Autismo.
O Autismo é a disfunção global do desenvolvimento com maior crescimento no mundo.
Estima-se que 67 milhões de indivíduos em todo o Mundo sejam afectados pelo Autismo.
Na maioria dos países o Autismo é mais comum que doenças oncológicas, diabetes e HIV juntos.
O último relatório do CDC(Centers for Disease Control), afirma que 1% ou 1 em cada 110 crianças foi diagnosticado com autismo, incluindo 1 em cada 70 rapazes.
Isto representa um aumento de 57% entre 2002-2006 e um aumento de 600% nos últimos 20 anos.
Este ano mais crianças vão ser diagnosticadas com autismo do que com diabetes, HIV e doenças oncológicas todos juntos.
O autismo não escolhe raça, etnia nem grupos sociais.
Compromete a possibilidade de comunicação e relacionamento com os outros.
A Intervenção precoce é vital.
Em muitos países o Autismo ainda não é considerado uma desordem, e o diagnóstico é difícil de ser feito
Assim, um aumento real de transtornos do espectro Autista( ASD) não pode ser descartada. Mesmo que os pais normalmente expressam preocupações sobre o progresso do desenvolvimento da criança antes dos três anos de idade, a média do diagnóstico apenas é feita aos 53 meses. Apesar disto, os diagnósticos estão a ser conseguidos mais cedo do que no estudo realizado em 2002.
Este relatório usou a mesma metodologia do estudo feito em 2007, onde os resultados de prevalência eram de 1 em 150 crianças com autismo.
Estas novas descobertas reforçam que o autismo é uma crise de saúde pública grave, que afecta a maioria dos indivíduos toda a sua vida e exige um nível proporcional de acção dos sectores público e privado.
O Parlamento, no momento em que adopta, e bem, as regras de conduta prescritas pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, não deve nem pode alhear-se desta séria questão de saúde pública que atinge directa e indirectamente tantos dos nossos concidadãos.
Em linha com a responsabilidade que cada um de nós Deputados tem, devemos hoje assumir com estes doentes, com as suas famílias e comunidades onde se inserem, um compromisso claro de ajuda à integração, patrocínio à reabilitação e atenção aos desenvolvimentos científicos de forma a proporcionar o acesso às soluções disponíveis a cada momento àqueles que delas necessitarem.
Uma sociedade humanamente desenvolvida é aquela que não deixa nenhum dos seus para trás. É esta sociedade que nos cabe ajudar a construir.
Saudemos o dia 2 de Abril, Dia Internacional para a Consciencialização do Autismo, um dia em que não esquecemos que o autismo afecta a maioria dos indivíduos toda a sua vida.
Saudemos os portadores de autismos, os quais, pela doença que têm vêm o seu dia-a-dia e o quotidiano da sua vida ser mais susceptível às dificuldades do que a maioria das pessoas.
Saudemos a coragem e dignidade que as famílias, acompanhantes e responsáveis de pessoas portadores têm para permanecerem ao lado destes doentes e a prestarem-lhes a ajuda necessária.
Saudemos todos os progressos que se tem feito na defesa e na consciencialização do autismo.

Palácio de São Bento, 24 de Março de 2011.
Os Deputados do Grupo Parlamentar do CDS-PP

terça-feira, 22 de março de 2011

Descoberto que proteína pode desencadear perturbações do espectro do autismo

 Um grupo de cientistas norte-americanos e portugueses descobriu que uma proteína pode desencadear perturbações do espectro do autismo, parando a comunicação entre células cerebrais.

Em cada 10000 crianças portuguesas, dez têm autismo.
Em cada 10000 crianças portuguesas, dez têm autismo. (Paulo Pimenta (arquivo)
A equipa provocou mutações no gene que controla a produção da proteína Shank3 em ratos. Estas alterações fizeram com que os animais desenvolvessem problemas ao nível das relações sociais e comportamentos repetitivos - desordens geralmente ligadas ao autismo.

Os resultados permitiram “perceber quais as consequências para a comunicação neuronal quando o gene Shank3 é mutado”, explicou Cátia Feliciano, investigadora portuguesa presente na equipa. “Pretendíamos também saber se os animais com a mutação mostrariam alterações comportamentais. O que observámos é que os ratinhos com Shank3 mutado exibem comportamentos repetitivos, mostram altos níveis de 'ansiedade' e evitam o contacto social com outros ratinhos”.

A proteína Shank3 é encontrada nas sinapses, estruturas que permitem a comunicação entre as células cerebrais (neurónios). Estas possibilitam a conexão entre duas áreas do cérebro que se pensa terem um papel fundamental na regulação dos comportamentos sociais e na interacção social. Contudo, os animais com a mutação do gene mostraram defeitos nos circuitos que ligam essas duas áreas do cérebro (o córtex e o striatum).

Esperança no tratamento do autismo

A descoberta, publicada na revista "Nature", vem trazer esperança para a criação dos primeiros medicamentos eficazes no tratamento da doença. “Embora o Shank3 seja apenas um dos genes implicados no autismo, é possível que as regiões afectadas no comportamento autista sejam semelhantes ao nível dos circuitos”, explica, por sua vez, João Peça, também membro da equipa de investigação.

“Em termos de tratamento será agora importante identificar se efectivamente disfunções no striatum [área do cérebro mais afectada nos animais analisados] são um ponto em comum no autismo. Um dos principais focos da nossa investigação será perceber como modular este circuito”, acrescenta.

Os investigadores da Universidade Duke da Carolina do Norte, nos EUA, pretendem continuar a estudar a doença, utilizando os animais para testar terapias farmacológicas, genéticas e comportamentais. Num curto prazo esperam descobrir “se a reintrodução pós-natal do gene Shank3 nos ratinhos mutantes poderá ajudar a corrigir as alterações bioquímicas, de comunicação neuronal ou mesmo melhorar o comportamento dos ratinhos”, explica Cátia Feliciano.
 


Contudo, apesar das “experiências em ratos transgénicos serem extremamente importantes, a sua aplicabilidade nos humanos é nula”, alerta Pilar Levy, professora de Genética Médica na Faculdade de Medicina de Lisboa e investigadora na área do autismo. “Este estudo é mais uma peça no puzzle para tentar compreender os genes do autismo, mas ainda vai levar tempo até que seja replicado nos humanos”, explica.

Em Portugal estima-se que existam 10 crianças autistas em cada 10.000 (dados de 2006). As perturbações do espectro do autismo incluem uma série de distúrbios, como deficiências na comunicação e ao nível das interacções sociais, interesses restritivos e comportamentos repetitivos.

A doença tem uma origem poligenética, ou seja, pode ser desencadeada por perturbações em diversos genes. Para além disso, esta pode manifestar-se com diferentes intensidades, desde a perturbação profunda até à síndrome de Asperger, onde não existe qualquer atraso cognitivo. Todas estas questões dificultam o diagnóstico (feito principalmente com base no comportamento dos indivíduos) e o seu tratamento.

Este estudo teve financiamentos de instituições portuguesas (Fundação para a Ciência e Tecnologia, Instituto Gulbenkian de Ciência e do Centro de Neurociências e Biologia Celular de Coimbra) e norte-americanas (National Institutes of Health, Simons Foudation Autism Research Initiative, NARSAD - The Brain and Behaviour Research Fund e da Fundação Hartwell).
22.03.2011 - 08:59 Por Mara Gonçalves 

quinta-feira, 3 de março de 2011

O Márinho

Hoje o Márinho decidiu ajudar um colega no canto do Aprender. Já viu tantas vezes como os adultos actuam que resolveu, ele próprio, fazer o mesmo. É uma criança que gosta muito de ajudar os outros seja em que situação for. Nós também jncentivamos este tipo de comportamentos, até porque os amiguinhos também gostam de o ter por perto e aceitam por vezes muito melhor esta ajuda vindo de um amigo.

O fim de semana

Conversámos sobre o nosso fim de semana. Todos fizeram coisas novas e divertidas. Decidimos escolher uma coisa  da história que cada um contou e a Rosa desenhou e depois escreveu uma palavra a propósito. O Nuno achou que o lobo parecia um cão, mas mesmo assim deixámos ficar. Depois decidimos escrever com letras magnéticas as palavras. Ficou muito colorido e foi engraçado fazer este jogo. Até parece que já sabemos escrever.