terça-feira, 25 de janeiro de 2011

sábado, 22 de janeiro de 2011

O método dos "Três I´s"




Brincar pode ser a cura para o autismo, graças a um método novo que está a ser usado pela primeira vez em Portugal. Chama-se "Três I´s". Em Monção, os pais do Marco já utilizam a terapia há mais de um ano mas, para ter sucesso, são necessários 45 voluntários para brincar com o filho, em cada dia, e isso não é nada fácil de conseguir.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Saber dar ordens


Todas as crianças, em determinadas alturas da sua vida precisam que se lhes diga o que devem fazer ou o que se espera delas. É o primeiro passo da aprendizagem: a palavra (o segundo é a acção). Principalmente os filhos mais pequenos têm muitas vezes de ser ensinados antes de se lhes poder ser exigido que façam algumas coisas por si. Não vamos dizer a uma criança de sete anos "estuda" ou "arruma o quarto" se nunca lhe explicámos ou mesmo demonstrámos como isso se faz. Será necessário primeiro ajudá-la a realizar essas tarefas, várias vezes, até nos apercebermos, em função da sua idade e do seu grau de desenvolvimento, que ela já é capaz de as executar sozinha. Se necessário, devemos desmontar uma ordem mais complexa em pequenos passos e ensinar cada um deles em separado, até que todo o conjunto possa ser realizado sem problemas.

Por: Pediatra Paulo Oom
In I online

Pesquisadores investigam perfil cerebral típico do autismo

A Fiocruz deu um importante passo na construção de um perfil de funcionamento cerebral de crianças autistas. Um estudo desenvolvido no Laboratório de Neurofisiologia do Instituto Fernandes Figueira (IFF), unidade da Fiocruz, analisou a manifestação dos neurónios desses indivíduos em resposta a um estímulo visual. O resultado preliminar mostra que as crianças autistas apresentam uma ativação menor do hemisfério direito do cérebro, relacionado com as emoções e com o convívio social. Os pesquisadores ainda precisam comparar esses achados com os registados em outros transtornos mentais, como esquizofrenia e hiperatividade. Se for confirmada uma resposta neurológica padrão para o autismo, será possível descrever uma forma de diagnóstico específico para a doença, hoje inexistente.

The Australian National University

Os neurônios são células responsáveis pela recepção, condução e transmissão dos sinais elétricos, emitidos pelo cérebro para comandar o funcionamento do organismo. A atividade elétrica do cérebro é registrada no eletroencefalograma (EEG) em forma de freqüência (quantidade de vezes em que um sinal se repete a cada segundo). "A freqüência cerebral é variável e os neurônios que vibram na mesma freqüência tendem a se agrupar. Quando você provoca um estímulo luminoso em uma determinada freqüência, recebe a resposta dos neurônios que vibram naquela freqüência", explica o médico Adailton Pontes, que desenvolveu o estudo durante seu mestrado no IFF, orientado pelo neurofisiologista Vladimir Lazarev e pelo neurologista Leonardo Azevedo.
A pesquisa foi feita com 13 crianças autistas, com idades variando entre 6 e 14 anos, selecionadas de acordo com o quociente de inteligência (QI). Elas foram classificadas cognitivamente como de baixo funcionamento, dentro da normalidade e de alto funcionamento. Como havia apenas duas meninas entre as 250 crianças atendidas no IFF, o trabalho contemplou somente os meninos. Todos possuíam o desenvolvimento da linguagem relativamente normal e um quadro geral considerado melhor.
"Nós tentamos purificar ao máximo a amostra, descartando crianças que possuíam sintomas que não eram específicos do autismo, como o retardo mental grave, a epilepsia e o distúrbio de linguagem. Outros estudos que não fizeram esse recorte acabaram ficando comprometidos, porque resultaram em uma baixa atividade do hemisfério esquerdo, relacionado com o desenvolvimento da linguagem, por exemplo. E não há como saber se o resultado foi por conta do autismo ou por conta da falha na linguagem", conta o pesquisador.
Os pesquisadores analisaram o cérebro dos pacientes em repouso e não encontraram alterações significativas. Somente depois da estimulação por meio da luz, feita em diferentes freqüências, é que as anomalias apareceram. As respostas a essa estimulação foram comparadas com as obtidas por 16 crianças normais da mesma faixa etária. Na área occipital do cérebro (ligada à visão) os resultados apresentados nas diferentes freqüências foram combinados para montar um perfil individual de recrutamento. Nas crianças autistas, a ativação por recrutamento no hemisfério direito (ligado às emoções e às relações sociais) foi menor do que nas crianças normais.
Os resultados obtidos na pesquisa só haviam sido registrados pela literatura médica a partir de exames de imagem (tomografia computadorizada e ressonância magnética). Esses exames possuem um elevado custo, girando em torno de R$ 600. Já o custo médio do eletroencefalograma é de R$ 60, a tecnologia é simples e não necessita de anestesia. Se for confirmado um padrão de recrutamento específico para o autismo, o exame de freqüência poderá ser usado no diagnóstico da doença.
Mas ainda é cedo para comemorar. "É preciso desenvolver um estudo utilizando uma amostra maior, incluindo ambos os sexos e fazendo um perfil das outras áreas cerebrais, além de comparar os resultados com os obtidos em outras doenças mentais, para classificar o que é próprio do autista", diz Pontes.
Segundo Pontes, o autismo não pode ser encarado como uma raridade. A prevalência da doença é de um caso a cada mil habitantes, o que a torna relativamente freqüente. O pesquisador trabalha com a definição de autismo utilizada na Academia Americana de Neurologia e pelo Manual de diagnóstico e estatística das perturbações mentais (DSM IV), que caracteriza a enfermidade por prejuízos nas habilidades de interação social, comunicação, comportamentos repetitivos, interesses e atividades restritas.
"O espectro de autismo viria das formas mais leves até as gravíssimas. Os autistas não têm pragmática, uso social da linguagem. Não dá para manter um diálogo com eles porque lhes falta a intersubjetividade de perceber o outro. Esses são aspectos sócio-emocionais relacionados ao hemisfério direito do cérebro. Além disso, 75% dos pacientes têm retardo mental", explica o pesquisador.

Fonte: http://www.fiocruz.br Abril 2005

Autismo e realidade



Visite o site aqui

Misterios do Autismo (1 de 5)

Como lidar com problemas de comportamento: time out ou o 1, 2, 3


É muito comum ouvir os pais dizer, independentemente da nacionalidade,  que se uma bofetada não os matou quando eram pequenos, também não é isso que vai fazer mal aos seus filhos.

Estamos a falar de um castigo físico na educação que, apesar de alguma forma ser aceite a nível social, tem mais efeitos negativos do que alguns pais desejariam. Não só porque acabam por se arrepender a seguir, como percebem que não tem efeitos práticos em termos de aprendizagem para os filhos.

Uma bofetada, um açoite, só serve para mostrar a incapacidade do adulto em lidar com a criança, a impotência perante aquele filho/a. A educação deve basear-se na comunicação, na imposição de limites e regras desde muito cedo, no auxílio à criança para lidar com as contrariedades que vão aparecendo.

E como vê a criança o castigo? Quando agiu mal, sabe que será castigada, sendo que o castigo servirá para aliviar o seu sentimento de culpa pelo mal causado.

Quando o castigo é físico, e se é frequente, insensibilizará a criança. Os gritos são também de evitar, pois só lhe mostram que conseguiu o que de facto a criança queria: a atenção dos pais.

Há estratégias para lidar com o mau comportamento das crianças, sem castigos físicos ou gritos. Deixo-lhe aqui duas: o “time-out” e a técnica 1-2-3.

Para acalmar a criança e acalmar-se a si, pode retirar o seu filho  do local onde aconteceu a asneira e levá-la para um outro lugar onde possa estar sentado, mas sem distracções. Deve explicar-lhe que ficará ali uns minutos até se acalmar e que não pode sair enquanto não lhe for permitido.

Esta técnica, denominada  “time-out”, não é um castigo. Tem como objectivo ajudar a criança controlar-se internamente, a acalmar-se e a pensar no que fez.
Durante o “time-out “não deve dar-lhe atenção, nem mesmo para lhe explicar que o que fez foi errado. Fazê-lo neste momento é contraproducente e acabará por tornar esta técnica ineficaz.

Outra questão a ter em conta é o tempo que a criança deve permanecer no “time-out”.  O cálculo a fazer é de um minuto por cada ano de vida, sendo uma técnica que pode ser aplicada a partir dos dois anos de idade.  

Para uma criança de dois anos ficar dois minutos ficar quieta, sentada, já vai ser uma eternidade. Não deve ser deixada sozinha mais tempo, pois acabará por se chatear, distrair e voltar a fazer uma asneira.

A contagem 1-2-3 é uma variante do “time-out” e pode ser usada mesmo com os adolescentes. Partimos do mesmo princípio, temos uma birra a que queremos pôr termo, um comportamento que não queremos que continue. De novo, não adianta explicar, dialogar, persuadir, pois todo e qualquer diálogo só servirá para alimentar o problema.

Vai somente contar até três: 1-2-3.

Esta contagem tem por finalidade  dar o tempo necessário ao seu filho para se acalmar e para se reorganizar emocionalmente. Pode explicar-lhe que vai contar até três e que, quando acabar, terminará também o choro e a birra.

A contagem deve ser lenta, dando tempo entre cada número: 1-2-3, sem comentários seus pelo meio, sem responder à criança ou contra-argumentar.  Nem é necessário que mantenha contacto ocular.

Deve só dizer : “Vou começar a contar: 1… (pausa) a criança ou o jovem, continuarão a insistir na birra; 2 … (pausa)  começarão a perceber que não vale a pena continuar a testá-lo ou a manipulá-lo,  e começarão a enfraquecer a sua fúria, começam a organizar-se internamente e  quando chegar a 3 tudo deverá ter terminado.

Não há mais comentários. Será a “bonança depois da tormenta”.

Por: Zélia Parijs, psicóloga in Jornal de Notícias

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Actividade do dia


Hoje fizemos uma actividade em que treinámos a motricidade fina. Enrolámos papel crepe em forma de bolinhas pequeninas.


Depois das bolinhas todas feitas, colámo-las numa estrada que o nosso amigo vai percorrer com o seu carrinho de pedais. Com este tipo de actividades vamos treinando a nossa destreza manual e a pouco e pouco vamo-nos preparando para a escrita.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Desabafo de mãe

Quando nós pais recebemos um diagnóstico definitivo do problema neurológico que atinge nosso filho, confirmando aquilo que no fundo já suspeitávamos, é algo muito impactante, ninguém está preparado para um momento como este. É difícil demais, doloroso demais. A realidade passa a ter nome e sobrenome e é no mínimo assustadora.

Neste primeiro momento somos tomados por toda sorte de sentimentos negativos: revolta, raiva, depressão, medo, culpa, insegurança... Custa a crer que seja verdade, mas é. Atingir esta consciência pode variar no tempo, mas todos chegamos a ela.

Entramos então em uma segunda fase, não menos perigosa, de arregaçar as mangas em busca do tão sonhado milagre, somos como traças a “comer” toda e qualquer fonte de conhecimento sobre o assunto, livros, estudos, artigos, Internet. Nos tornamos verdadeiros “doutores” no assunto. Chegamos a achar que sabemos mais que os médicos. Desconfiamos de quase tudo e queremos discutir de igual para igual.

É claro que o tempo e a intensidade desses momentos variam de pessoa para pessoa, mas em regra sofremos com a realidade e sonhamos com um milagre.

E foi em busca dele, que assisti uma vez, em um seminário sobre Autismo e Asperger, o depoimento de um pai que abandonou sua profissão para voltar aos bancos da faculdade e freqüentar um curso na área de biomedicina, mudando totalmente sua vida e o seu perfil profissional porque ele não aceitava que a ciência médica, tão avançada, não tinha uma solução para o problema de seu filho e, se era assim, ele mesmo a encontraria.

Parece extremo e é, mas quem de nós não iria atrás daquele “pássaro azul no alto de uma montanha dourada nos confins da Terra” se isso salvasse o seu filho? Eu, com certeza, iria.

Acontece que com o passar do tempo nós também descobrimos que este tipo de milagre não existe. Não há pílula dourada ou varinha de condão. O milagre não esta relacionado à cura e sim a melhora evolutiva, às vezes imperceptível aos olhos da “normalidade”, mas que para nós e nossos filhos é como vencer o invencível.

Estas vitórias só vêm com muito esforço, trabalho, disciplina e entrega fruto do amor incondicional da qual só nós, os pais, é que somos detentores. Não espere que terceiros, por mais qualificados e dedicados que sejam, venham a suprir um lugar e um poder que é exclusivamente seu. É dele que seu filho se alimenta para evoluir.

Quando se trata do dia a dia, dos sentimentos, humores, percepções, o olhar treinado é o nosso, forjado no cotidiano. É nele que os médicos e terapeutas se baseiam para sustentar suas orientações.

Em quase toda consulta que fazemos ao neurologista costumamos renovar a esperança do milagre imediato e assim esquecemos que ele está diante de nossos olhos: basta comparar a evolução o ganho de desenvolvimento que já foi alcançado.

É, primordialmente, nesta disciplina e entrega irrestrita, só oferecida pelos pais, que o verdadeiro milagre diário acontece.

Às vezes é preciso que alguém nos diga isso claramente. É como levar um soco no estomago. Dói, paralisa, mas nos dá a consciência de que para seguir em frente é preciso deixar de almejar o “miraculoso, o ilusório, o imediatista” e passar a festejar essa evolução constante, verdadeira, e não menos brilhante e preciosa.

Roberta Haude

Como integrar autistas com não autistas


Orientação para crianças não autistas que convivem com autistas


- Explicar que existem crianças que querem brincar com outras crianças mas que não sabem como fazer isto. Elas não sabem como fazer amigos e não sabem falar muito bem. Por isto elas precisam de ajuda.

- Provavelmente as crianças dirão quem são estas crianças na turma.

- Orientar para caso eles vejam que esta criança está sozinha durante uma atividade ou recreio, podem tentar pegá-la pela mão para trazê-la até o grupo. Mas que é importante ser persistente pois a criança pode não responder prontamente.

- Para brincar com esta criança o ideal é tentar fazer inicialmente a mesma coisa que ela estiver fazendo e aos poucos tentar ir mudando para algo diferente que você quer fazer

- Falar devagar e com frases curtas. Brinque falando o que você está fazendo e o que pretende fazer.

- Oriente a ignorar os comportamentos estranhos como as estereotipias ou os gritos.

Brincar para crescer


O livro Brincar para Crescer contém 201 exemplos de atividades projetadas para ajudar crianças especiais a desenvolver habilidades sociais fundamentais. As atividades estão divididas de acordo com os 5 estágios do desenvolvimento descritos no Modelo de Desenvolvimento do Programa Son-Rise®, e cada atividade foi projetada para trabalhar uma habilidade específica dentro de um determinado estágio. Brincar para Crescer é um ótimo companheiro para pais e profissionais ligados a crianças de todo o espectro do autismo. O livro auxilia pais e profissionais a promover o desenvolvimento de habilidades de suas crianças enquanto estas se divertem brincando em motivadoras atividades interativas.


Brincar para Crescer
206 páginas
Dimensões: 30cm x 22cm
Língua portuguesa
ISBN: 978-85-7782-079-5

Brincar para Crescer, disponível pela 1ª vez no Brasil, está sendo distribuído pelo valor de R$60,00, mais o frete do correio. Utilize a ferramenta do Pagseguro para calcular o valor do frete para a sua cidade (Opção PAC: 5-10 dias úteis após o envio; Opção SEDEX: 2-3 dias úteis após o envio).

Como tirar a fralda a uma criança com autismo


O atraso de desenvolvimento presente no autismo dificulta a aquisição de habilidades, diferentemente de pessoas com desenvolvimento típico, que a medida que crescem desenvolvem maior independência de modo gradual e progressivo. Com isto, é necessário que seja ensinado às pessoas com autismo tudo, até mesmo o que parece uma habilidade simples que ao longo da vida aprende-se de forma espontânea, para eles tem que ser ensinada.
Um problema levantado pelos pais de pessoas com autismo é a dificuldade em tirar a fralda dos filhos.
Inicialmente, o mais importante para começar o desfralde de alguma criança com autismo é ter em mente que será necessário paciência, persistência e confiança, porque para obtermos sucesso no desfralde, é indicado iniciar quanto mais cedo possível, em torno de dois anos e meio e três anos de idade. E ao tomar a decisão de iniciar o desfralde, a fralda não deverá mais ser colocada novamente na criança em nenhum momento seja para dormir, passear de carro, ficar na escola.
Como já foi explicado anteriormente crianças com autismo são diferentes de crianças com desenvolvimento típico, sendo assim sua mente fica confusa, sem saber quando pode fazer as necessidades na fralda ou não.
Pode ocorrer de algumas crianças segurarem suas necessidades até o momento em que é colocada a fralda, por fazerem associação de que xixi e cocô é só na fralda. Por isso é necessário que ela associe as suas necessidades agora ao vaso sanitário e não seja mais colocada a fralda.
É recomendado levar a criança ao banheiro com frequência, inicialmente com pequenos intervalos de tempo, deixando sempre a criança no vaso sanitário um tempo também inicialmente reduzido.
Começamos com os pequenos intervalos de tempo que devem ser aumentados conforme o desenvolvimento do ensino. Exemplo: iniciou-se o treinamento com um intervalo de dez em dez minutos, deixando a criança de 30 segundos a um minuto no vaso sanitário, foi observado que a criança está fazendo várias vezes as suas necessidades no vaso sanitário, com isso pode-se aumentar o intervalo de tempo de idas ao banheiro para 15 em 15 minutos e assim sucessivamente.
Sugere-se também registrar os horários em que ocorrem o xixi e o cocô para ser possível ter uma noção de seus horários e lhe dar uma idéia do tempo de intervalo que pode ser praticado com a criança.
O tempo que se permanece no banheiro tem que ser prazeroso, deve-se levar brinquedos, música, algo que seja bom e que a criança goste, para que a ida ao vaso sanitário seja positiva e reforçadora a ela.
Lembrando das palavrinhas chaves: paciência, persistência e confiança, deve-se durante a noite acordar para levar a criança ao banheiro também. Recomenda-se que não dê muito líquido a ela no período da noite. Se não for possível acordar a criança durante a noite, devido a um distúrbio de sono, que seja colocada a fralda com ela dormindo e retirada antes de acordar.
Quando fizerem qualquer necessidade no vaso sanitário, deve-se elogiar e reforçar com algo que a criança gosta. A questão do reforço é algo muito bom para obtermos resultados positivos, pois motiva as crianças. Os reforços podem ser: receber um brinquedo, ouvir a música que gosta, ver o DVD que gosta, ganhar uma guloseima (um pedaço de chocolate, bala, salgadinho), cantar para ele ou apenas um elogio social (Muito bem! Parabéns!) entre outras coisas que a criança goste.
Esses reforços também aos poucos vão sendo retirados, assim que a criança começa a associar suas necessidades fisiológicas ao banheiro e começa a obter o controle esfincteriano. A retirada também deve diminuir aos poucos, em alguns momentos damos, em outros não.
É importante ter sempre em mente que não tem um tempo certo para a criança aprender, cada uma tem seu tempo.
Para obter sucesso é fundamental que todos que estejam envolvidos com a criança ajam igualmente com ela. Se apenas quando ela estiver com os pais ficar sem fralda, mas quando for para a escola ou para a casa dos avôs ficar de fralda, o treinamento será muito sofrido para a criança e a possibilidade de dar certo será menor.
Quando a criança obteve o controle esfincteriano e aprendeu a usar o banheiro, o próximo passo a ser ensinado deve ser ensinar-se a limpar-se com menos apoio.
Como em qualquer ensino, o importante para que a criança obtenha maior nível de independência e autonomia é não fazer nada por eles, e sim com eles, ou seja, para ensiná-los a limpar-se é necessário dar apoio para a criança se limpar, apoiando fisicamente sua mão e retirar essa ajuda gradativamente, aos poucos.
É possível que algumas pessoas com autismo necessite sempre de um pequeno apoio, mas é necessário que não desista de ensiná-los para que possam alcançar pelo menos um pequeno nível de independência.
Durante o desfralde, deve-se ficar atento a alguns sinais que podem vir a prejudicar a criança, como segurar muito tempo a urina ou prisão de ventre. Inicialmente é normal ocorrer prisão de ventre, porém, caso ocorra com freqüência, causando mal estar à criança, é aconselhável procurar orientação médica, tanto para prisão de ventre, quanto para segurar muito tempo a urina – para que não ocorra uma infecção urinária.
Tudo isso é fundamental para dar a chance das crianças desenvolverem suas habilidades de forma mais autônoma e independente, para uma melhor qualidade de vida presente e futura.

Carolina Dutra Ramos é pedagoga, com habilitação em educação especial e pós-graduada em Psicopedagogia, pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Trabalha na Associação Amigos do Autisa (AMA), de São Paulo, desde 2004, e atualmente é coordenadora pedagógica das unidades Lavapés e Luis Gama da instituição. E-mail: carol.dramos@uol.com.br

retirado  do BlogueCaminhos do Autismo

Uma Solução para o Autismo - O Ambiente

O meu amigo computador


Estou a aprender a escrever frases no computador. Decido com a minha professora o que quero escrever. Ela escreve num cartão em letra maíuscula a frase e põe na em frente do ecrã para eu a poder ver. Depois  eu procuro as teclas com as letras que ela vai nomeando e assim escrevo devagarinho todas as palavras para formar a frase.
No final, escolhemos uma imagem na Net e colamos no documento.
Ponho o meu nome e mando imprimir.


 Depois de imprimir, é só colorir o desenho que escolhemos. Também posso fazer outras coisas. Desta vez decidimos que íamos pintar. Preciso de treinar a motricidade fina e aprender a pintar dentro dos contornos.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Na minha salinha de actividades


Claro que nem sempre estou na Unidade. Só lá vou para actividades muito específicas. Passo muito tempo na minha salinha com os meus coleguinhas. Faço as mesmas actividades que eles fazem mas, as vezes preciso de ajuda e de um espaço mais reservado para me concentrar melhor. Distraio-me com alguma facilidade e perco-me com pequenas coisas. Então a minha educadora encontrou uma solução. Não preciso de sair da sala, nem de deixar os meus colegas, apenas me desloco para um sítio onde não há tanta coisa que me possa distrair. Assim, percebo melhor o que me dizem e pedem. Acabo mais depressa as actividades e posso ir brincar e fazer jogos com os meus amigos.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Um livro


Vivências Inclusivas de Alunos com Autismo
Categoria: Ciências Humanas e Sociais / Serviço Social


O debate atual na busca de uma definição conceitual para educação inclusiva compõe o cenário no qual a inclusão das crianças e adolescentes com autismo está sendo efetivada. Há atualmente uma demanda social de grande impacto que repercute, inclusive, em ações governamentais. Crianças com autismo estão tendo acesso às escolas regulares num contexto social e histórico bastante diverso daquele que foi palco das primeiras inserções em classes especiais.
O presente livro busca esclarecer questões conceituais visando elucidar pontos difusos com o objetivo de retratar e analisar as interações de dois alunos com suas professoras, colegas e demais integrantes das escolas, visando compreender as relações estabelecidas no seu interior

A viagem de Maria



No seu objectivo por difundir e fazer chegar ao conhecimento do Autismo à sociedade, a Fundação Orange produziu " A viagem de Maria", uma curta metragem de animação realizada por Miguel Gallardo, pai duma criança com autismo. A viagem de Maria é uma pequena incursão ao mundo interior duma adolescente com autismo, uma viagem cheia de cor, amor, criatividade e originalidade que nasce recorrendo aos pais que vem como a sua filha se comporta de uma maneira especial até confirmar o seu diagnóstico de autismo. 
Mais informções  aqui

Pais em Rede na SIC



Os Pais em Rede estiveram na SIC Mulher no dia 28 de Dezembro
Por Carmo Cotta e Luísa Beltrão