terça-feira, 29 de junho de 2010

Vamos fazer jogos

Descobrimos um sítio onde podes fazer jogos muito divertidos. Se não souberes trabalhar sózinho no computador pedes ajuda a um adulto, mãe pai ou irmão. Vais-te divertir à grande.  

O Crespim responde: O que é o Autismo

Existem meninos e meninas que não vêem o mundo como tu. E não estamos a falar de não ver como os cegos, mas sim de não interpretar as coisas como tu fazes, de não conseguir associar alguém a chorar à dor ou tristeza, ou um riso à alegria, de não conseguir comunicar porque não liga as palavras ao que elas querem dizer. Estes meninos são autistas. Se calhar conheces algum ou tens um colega na escola que é autista.


Estes meninos precisam de ajuda para fazer coisas que para ti são simples, não porque não se consigam mexer ou falar, mas porque o cérebro deles não é capaz de processar a informação necessária para fazer estas coisas. Mas existem diversos níveis de autismo, e os meninos com um autismo ligeiro, podem, com ajuda e apoio, aprender a fazer quase tudo e levar uma vida normal.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Quais as manifestações mais comuns?


1.Isolamento
2.Ausência/alterações ao nível da linguagem
3.Evitamento do contacto visual
4.Desinteresse pelas pessoas e/ou jogos (brincar)
5.Medos pouco usuais
6.Uso inadequado de objectos
7.Resistência a aprendizagem
8.Girar obsessivamente objectos
9.Riso ou choro sem motivo aparente
10.Ausência da consciência do perigo
11.Inconsistência nas respostas aos sons
12.Ligação obsessiva a objectos
13.Rejeição do contacto físico
14.Resistência à mudança
15.Comportamentos e actividades repetitivas e estereotipadas

Isolamento
Crianças com autismo manifestam um aparente alheamento relativamente ao meio, não mostrando interesse no contacto com outras pessoas.
Não interage com outras crianças ou adultos, mas quando interagem fazem-no de forma inadequada.

Ausência/alterações ao nível da linguagem
Cerca de 50% das pessoas com autismo não desenvolvem a linguagem (às vezes este é o primeiro sinal de alarme para os pais).
Os que têm linguagem apresentam alterações significativas, nomeadamente dificuldade ou incapacidade de usar a linguagem na comunicação com o outro. Dificuldade ou incapacidade de falar na primeira pessoa (não dizem o “eu”, referem-se a si próprios na segunda ou terceira pessoa). Respondem repetindo a pergunta ou parte dela (ecolalia). Alterações no tom e ritmo do discurso. Dificuldades na compreensão da linguagem, interpretação no sentido literal, dificuldade em “apanhar o segundo sentido”, p.ex., um comentário do tipo “o ar hoje está pesado” é entendido no sentido literal, ou seja a criança entendeu que o ar pesa – Quilogramas.

Evitamento do contacto visual
Normalmente não estabelece contacto visual directo (olhos nos olhos) com as pessoas e/ou actividades do momento (p.ex., quando pintam não olham para o papel), dependendo mais do olhar periférico “pelo canto do olho”. Por vezes olham o outro mas aparentemente sem o ver (como se fosse Transparente).

Desinteresse pelas pessoas e/ou jogos
Crianças com autismo não têm capacidade espontânea para iniciar um jogo com significado que envolva a imaginação – jogo simbólico, faz de conta. Tendem a envolver-se em actividades repetitivas não interagindo com as outras crianças ou adultos, p.ex., preferem atirar uma bola contra a parede do que para outra pessoa. Preferem brincar sozinhas.

Medos pouco usuais
Crianças com autismo respondem aos estímulos sensoriais (visão, olfacto, tacto, paladar e audição) de maneira pouco previsível, p.ex., estímulos visuais com cores brilhantes podem fascinar algumas e provocar ansiedade ou medo irracional noutros. Estas crianças têm dificuldade em regular os estímulos sensoriais.

Uso inadequado de objectos
Crianças com autismo parecem fascinadas por partes de brinquedos, como as rodas de um carro, não mostrando interesse pelo brinquedo em si.
Com frequência desenvolvem uma ligação obsessiva com determinados objectos, podendo a perda destes causar um estado de grandes ansiedade e excitação.

Resistência a aprendizagem
Crianças com autismo têm grandes défices na área da comunicação, isto é dificuldades em compreender tanto as instruções verbais como não verbais, (gestos, mímica, expressões faciais, etc.)
Parecem mostrar pouco interesse e rejeitar as tentativas de aprendizagem, especialmente quando não há uma recompensa imediata.

Girar obsessivamente objectos
Objectos redondos e susceptíveis de poderem rodar produzem uma enorme atracção, p.ex., colocam um carro de perna para o ar e fazem rodar incessantemente as rodas.

Riso ou choro sem motivo aparente
Crianças com autismo podem rir, chorar ou gritar em situações inapropriadas e sem motivo aparente, p.ex., riem-se quando alguém grita ou ficam com medo quando alguém ri.
Em algumas crianças estas atitudes desajustadas prolongam-se criando situações de grande ansiedade, tanto para elas como para os pais.

Ausência da consciência do perigo
Ausência de receio de perigos reais e medo irracional de situações comuns. Isto poderá ser consequência da falta de compreensão das situações ou seja, não estabelecem a correlação entre causa e efeito.

Inconsistência nas respostas aos sons
Crianças com autismo podem ignorar sons altos e reagir a um murmúrio ou ao roçar das folhas de papel.
Em muitas circunstâncias poderá parecer que têm problemas de audição (surge então a hipótese da surdez).

Ligação obsessiva a objectos
Muitas crianças com autismo estabelecem ligações bizarras a certos objectos ou a partes de objectos, como pedras, peças de brinquedos, etc. Poderão ficar fascinados por objectos que produzam som (copos, campainhas, …). Os objectos são muitas vezes seleccionados por uma característica particular (cor, textura e forma) e são transportados para toda a parte. Ficam tensas ou mesmo em pânico se alguém pretende tirar-lhos.

Rejeição do contacto físico
Muitas crianças com autismo podem resistir ou mostrar desagrado a serem pegadas ou tocadas. Não é raro os pais dizerem “ele estava tão feliz quando estava sozinho, mas começou a gritar e a chorar quando o peguei ao colo”. Muitas crianças não exibem movimentos de antecipação para serem pegadas ao colo, adoptando a 2postura de boneco”. Com frequência, mesmo em situações geradoras de stress, não procuram o necessário conforto, ajuda ou segurança junto de adultos ou de outras crianças. A sua capacidade em mostrar empatia é invariavelmente deficiente, traduz-se numa perturbação da interacção social e dificuldades no estabelecimento de relações de amizade.

Resistência à mudança
Com muita frequência estas crianças aderem de forma inflexível a determinadas rotinas, geralmente não funcionais, e que assumem uma forma doentia, p.ex. quando vão para a escola têm de ir sempre pelo mesmo caminho e para se vestirem têm de seguir uma determinada sequência.
Há uma intolerância às mudanças de ambiente (pequenas mudanças verificadas no quarto poderão produzir uma grande irritabilidade).
As crianças com autismo sentem-se mais seguras e confortáveis em ambientes estruturados e previsíveis. Qualquer alteração ou desvio à rotina não planeada podem causar ansiedade e conduzir a comportamentos bizarros ou a um estado de extremo stress.

Comportamentos e actividades repetitivas e estereotipadas
Tendência a manterem-se em actividades repetitivas, estereotipadas e rotineiras. Podem tratar-se de rotinas simples ou extremamente complexas, p.ex., bater em superfícies, balancear, cheirar pessoas e coisas, abanar os braços, torcer os dedos, com os braços flectidos fazer batimentos repetitivos das mãos, coleccionar os mais diversos objectos/partes de objectos/lixos, alinhar objectos, etc.

Perturbações do espectro do Autismo

Autismo

Exercício ao ar livre

De vez em quando fazemos exercícios ao ar livre. O nosso túnel é muito divertido. Temos de entrar de gatas e percorrê-lo de um lado ao outro para sair. A principio parecia complicado, depois tornou-se fácil.
Ninguém ficou sem atravessar o túnel. até os mais medrosos foram.

Fomos à Escola Primária

Fomos visitar a Escola para onde vão os meninos que transitam no ano lectivo que vem aí.
Fizémos algumas actividades com os materiais que eles lá tinham.
E depois fomos todos comer um gelado: alunos e professores. Foi uma manhã bem passada e ficámos a conhecer os novos colegas e professores. Até para o ano!

terça-feira, 15 de junho de 2010

Livros sobre Autismo

Agora que se aproximam as férias , não queremos deixar de vos apresentar algumas sugestões de leitura. Assim  reenviamo-lo para este sítio onde poderá encontrar uma série de boas leituras que de certeza lhe agradarão. Resta-nos desejar boas descobertas. Até lá vão-nos seguindo e partilhe connosco algumas coisas.

Cantinho do Relaxamento

Este ano deram-nos esta tenda. Tem as mesmas cores da nossa sala e decidimos -la no cantinho do brincar. Tem funcionado como um espaço de relaxamento assim como de refúgio nos momentos de birra de algumas das nossas crianças. Curiosamente, não tendo sido planeado, resultou num espaço muito útil e bastante frequentado. 

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Eu...autista e a teoria da mente

...Quando criança eu não me preocupava com o que as outras crianças pensavam de mim. Se eu quisesse fazer tal coisa eu fazia. Eu cantava no ônibus da escola tanto na ida quanto na volta. Meus irmãos e irmãs ficavam muito envergonhados de mim, mas eu nem notava como era estranho eu ficar cantando ali. Eu me sentia bem e passava o tempo. Eu ficava muito excitado olhando as gotas de chuva na janela e assistindo quem ganharia a corrida. As outras crianças achavam isso esquisito.
....
Testemunho de um adulto relatado aqui

domingo, 13 de junho de 2010

Autista, quem...? Eu?

Autista, quem...? Eu?

Autor: Ana Martins

"Um romance arrebatador que nos revela, entre lágrimas e sorrisos, o mundo desconcertante do Autismo" (nota do editor).

Esta obra, meio caminho entre uma autobiografia e um romance, relata a experiência da mãe de um rapazinho com autismo mas junta episódios que se passaram com outras crianças e jovens. O livro é escrito com humor e carinho e lê-se com interesse do princípio ao fim. Ajuda a compreender a árdua luta de uma mãe que luta para que o seu filho tenha a melhor qualidade de vida num mundo que é de todos. Educar um filho com autismo é uma batalha que só é possível travar com muita sabedoria e coragem.

Edição: Novembro de 2006
ISBN 10:972-791-190-0 / 13: 978-972-791-190-5
CD_ROM + LIVRO

sábado, 12 de junho de 2010

Mais próximos de diagnosticar o Autismo


Estamos mais próximos de conseguir diagnosticar o autismo, pelo menos uma parte dos casos. Um consórcio internacional com participação portuguesa descobriu mutações associadas a genes raros que são mais frequentes em crianças com esta doença.
Ver mais aqui

terça-feira, 8 de junho de 2010

Um testemunho

Marie José Schmitt
Membro do Grupo Europeu para o Emprego da Pessoa com Deficiência Mental

Habitualmente digo que não existe nenhuma forma agradável de viver esta experiência tão difícil, como a de ser mãe de uma criança com deficiência. Também não existe nenhuma forma agradável de contar esta história, porque, como sabem, as pessoas são diferentes e a experiência de vida de cada um é única. Quando o meu filho nasceu fiquei muito orgulhosa desta terceira criança na família e o meu marido ainda ficou mais orgulhoso. Um rapaz depois de duas raparigas. Depois, quando ele tinha 18 meses, começaram a surgir as interrogações. Esta criança era tão parada, não queria comer, tinha brincadeiras tão pouco comuns, balançava-se o tempo inteiro e chorava quando ocorria alguma mudança no seu quotidiano. Não só chorava com raiva como também com uma profunda angústia que lentamente se instalou sobre nós. Haveria algo errado? Terei feito algo de errado? Nesse período nasceu um outro irmão. (...)

ler mais aqui

terça-feira, 1 de junho de 2010

Viver com Autismo

Inês Freitas é terapeuta da fala e o seu trabalho passa por um contacto directo e permanente com crianças autistas. Inês considera esta uma actividade de "grande emoção e expectativa constante, já que ainda há muito que descobrir sobre o autismo, o que torna o trabalho ainda mais fascinante". Tal implica "muita dedicação e calma, respeito e muita força de vontade" por parte dos terapeutas e das crianças.
Na APPDA-Norte estão muitos jovens institucionalizados e é Marta Colim quem os acompanha (com mais frequência no período nocturno). A responsável descreve as características destes jovens: "Não são doentes fáceis, não gostam que se quebrem as rotinas. Facilmente tornam-se obsessivos com algumas das actividades que realizamos."

Inês Freitas também refere estas diferenças: "Cada caso é um caso e para cada criança há uma história de vida diferente." Por isso, a terapeuta da fala elabora um plano terapêutico muito específico, pensado para cada criança. Para Inês, o seu trabalho, enquanto terapeuta da fala, "não se baseia no autismo em si, mas sim, na criança".

A evolução no autismo é feita de forma lenta, sem colocar demasiada ansiedade e pressão emocional em quem sofre desta perturbação. Inês Freitas não deixa de exaltar os pequenos passos no desenvolvimento, pois "qualquer evolução é significativa e irá ajudar [os jovens] a integrarem-se na sociedade".

A importância de uma aposta no desenvolvimento logo nos primeiros anos de vida é essencial para que os resultados sejam mais visíveis e permanentes. Tal implica um auxílio dos técnicos de saúde e de educação, de modo a que "mais potencialidades sejam dadas à criança para que esta se possa desenvolver da melhor maneira possível e envolver-se na sociedade", ressalva Inês Freitas.

Vamos fazer pesquisa

Às vezes é dificil encontrar informação sobre assuntos relacionados com autismo. Para facilitar a tarefa aqui se encontram vários links disponiveis e uteis.
Ponha-os nos seus favoritos e visite-os de vez em quando.