sábado, 30 de abril de 2011

Teste rápido deteta autismo no 1º ano de vida

Um teste com 24 perguntas, que pode ser respondido em cinco minutos, identifica os primeiros sinais de autismo em crianças de um ano, conforme anuncia um estudo financiado pelos National Institutes of Health dos EUA e publicado esta semana no Journal of Pediatrics.
Os pais responderam ao questionário, com perguntas sobre gestos, o olhar do bebé, sons, palavras, objetos, compreensão e comunicação, e os pediatras avaliavam as respostas.
A pesquisa, feita por neurocientistas da Universidade da Califórnia, recrutou 137 pediatras para aplicar o teste a 10.479 crianças na consulta dos 12 meses de idade.
Ao todo, 184 das crianças que pontuaram abaixo da média foram acompanhadas nos meses seguintes. Delas, 32 receberam o diagnóstico precoce de autismo.
Segundo a pesquisa, isso corresponde a 75% de acerto no diagnóstico, levando em conta outros distúrbios, como atraso no desenvolvimento e na linguagem, também detetados pelo teste.
Pode saber mais sobre o "1-Year Well-Baby Check-Up Approach" clicando aqui

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Teste de cinco minutos pode ajudar a diagnosticar o autismo em bebes


CHICAGO - Um teste de cinco minutos pode ajudar a detectar autismo em bebês de 12 meses, segundo estudo divulgado nesta quinta-feira. Este é o primeiro estudo a mostrar que uma simples ferramenta de triagem pode ser usada para detectar o autismo, segundo a pesquisadora Lisa Gilotty, coordenadora do programa de autismo no Instituto Nacional de Saúde Mental, responsável pelo estudo.
- O benefício do estudo é que as crianças poderão iniciar o tratamento muito mais cedo - disse Karen Pierce, da Universidade da Califórnia, San Diego, que teve o estudo publicado no "Journal of Pediatrics".
O autismo é um distúrbio mental complexo e misterioso caracterizado por dificuldades emocionais e interpessoais de interação. No Brasil, o autismo atinge cerca de dois milhões de pessoas e, no mundo, segundo dados da ONU, já são 70 milhões. Nos EUA o distúrbio atinge uma a cada 110 crianças e afeta quatro vezes mais meninos que meninas.
Geralmente o diagnóstico acontece na primeira infância e, segundo estudos recentes, quanto mais cedo as crianças são diagnosticadas e tratadas, melhor.
Para o estudo, Pierce e seus colegas reuniram uma rede de 137 pediatras em San Diego, que sistematicamente começaram a testar todos os bebês durante um ano de exames. Como parte do programa, os pais responderam a uma pesquisa sobre os bebês, como "quando seu bebê brinca, ele/ela quer saber se você está olhando?" ou "seu filho sorri olhando para você?". Todos os bebês que falharam nos testes foram levados para o centro de autismo da universidade para mais testes periódicos a cada seis meses até os três anos de idade, quando eram mais propensos a mostrar sinais de autismo.
De mais de 10 mil bebês, 184 falharam nos testes iniciais e, desses, 75% tiveram algum problema de fato. Do total, 32 crianças tiveram o diagnóstico de autismo, 56 apresentaram atrasos na fala, nove tiveram atraso no comportamento e 36 foram classificados com outros problemas.
Depois do programa de triagem, todas as crianças diagnosticadas com autismo ou atraso de desenvolvimento e 89% daquelas com atraso de linguagem foram encaminhados para terapia comportamental por volta dos 17 meses e começaram a receber tratamento aos 19 meses.
A pediatra Chrystal de Freitas, que participou do estudo, disse que pais do programa passaram a prestar mais atenção no desenvolvimento dos filhos e isso ajudou a prepará-los para algumas más notícias.
- Isso permitiu que os pais participassem do processo e percebessem que seus filhos poderiam ter algum atraso de desenvolvimento ou autismo, uma mensagem que nenhum pai quer ouvir - disse ela.
Segundo Pierce, pesquisas com médicos antes do programa mostraram que a maioria não fazia nenhum tipo de teste sistemático para autismo, mas depois do estudo 96% disseram que continuaram usando a ferramenta de triagem.


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sábado, 9 de abril de 2011

Autismo ainda é uma síndrome cheia de mistérios


O Dia Mundial de Conscientização do Autismo foi no dia 2 de Abril. A síndrome ainda guarda muitos mistérios e é um desafio para a ciência. Ainda não existe cura, mas é possível melhorar a vida dos autistas. Conheça um pouco mais sobre este transtorno nesta reportagem especial.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Autismo: a importância da inclusão escolar

O que realmente se pode chamar de inclusão? Será que a inserção de crianças com necessidades especiais, como as que se encontram no espectro autista, em escolas regulares já é suficiente para intitularmos este processo como tal? Infelizmente, muitas escolas que “aceitam” receber essas crianças com autismo em ensino regular  não realizam, de facto, a inclusão social e escolar.
São inúmeras as que ainda se recusam, afirmando que não há vagas ou que não têm o preparo necessário para acolhê-las e passam por cima da Lei da Inclusão. Quando essas crianças são matriculadas, na maioria das vezes não encontram na escola a estrutura suficiente, ou seja, um olhar que tenha como real prioridade permitir que elas explorem ao máximo suas potencialidades neste ambiente tão rico de experiência social.
É neste contexto e com este objectivo que entra em cena o mediador ou facilitador escolar. Seu papel é direccionado a possibilitar que  o máximo de oportunidades sejam criadas e aproveitadas para que as crianças com necessidades especiais aprendam, não apenas o pedagógico, mas também o social. Assim, esse profissional tem como função mediar os conflitos e facilitar a comunicação entre a criança e seus colegas de sala e entre ela e os professores, ou seja, com o ambiente escolar como um todo. Seu papel não o é de tomar o lugar do professor, mas de permitir que seus ensinamentos sejam assimilados ao máximo pela criança, já que esta enfrenta barreiras que não fazem parte da vida de crianças sem o transtorno.  
Quando colocamos em ênfase o espectro autístico, podemos avaliar a importância do aprendizado das regras sociais, estas que são dominadas por crianças fora do espectro com muita naturalidade, de modo quase automático. Estas regras fazem parte do dia-a-dia de todos e nos mostra como o nosso mundo funciona. Qual ambiente seria mais propício para o treino dessas habilidades do que o escolar? É na escola onde a criança passa a maior parte do seu dia e é lá onde estão as maiores oportunidades de crescimento. 
Minha experiência com mediação escolar começou há seis anos, com L., diagnosticada aos 2 anos de idade com Síndrome de Asperger. Quando comecei a fazer este trabalho, ela tinha 6 anos e apresentava inúmeros problemas de comportamento, como episódios obsessivos-compulsivos, birras e muita resistência a seguir regras. Hoje, L. lê, escreve, brinca com as amigas no horário do recreio, faz canto lírico, além de muito dever de casa, provas como todas as crianças, mesmo que estas sejam adaptadas, pois sem adaptação curricular, não há inclusão verdadeira. Muito impulsiva, L. sempre teve dificuldades em esperar chegar a sua vez de participar em alguma actividade. Hoje, na maioria das vezes, L. levanta o dedo e espera... mesmo que às vezes tenha que apertar os lábios para não falar antes do tempo e interromper a professora ou algum amigo. Existem os dias em que a frustração é mais difícil de se aguentar. Apesar disso, a força de sua luta é inegável. Sem dúvida alguma, L. é uma semente com incrível potencial de crescimento. Com a ajuda de uma ponte, aquela água que é regada diariamente pode desabrochar numa linda rosa. Com a presença de uma mediadora escolar, muitas crianças do espectro autista podem, assim como L., aumentar imensamente suas possibilidades de sucesso na escola, que irá repercutir por toda sua vida.  
* Psicóloga Infantil,  mestranda em Saúde Mental Infantil pela Unifesp e colaboradora da ONG "Autismo e Realidade" (www.autismoerealidade.org)

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Cristo-Rei e Clérigos iluminados de azul




Dia Mundial do Autismo assinalado em todo o mundo com iniciativa ‘Light It Up Blue’ [Iluminem de Azul], que consiste em iluminar edifícios ou monumentos com esta cor. Portugal pinta de azul o Cristo-Rei, em Almada (Lisboa), e a Torre dos Clérigos, no Porto.

A campanha decorre entre hoje e amanhã, com a finalidade de alertar consciências para um problema que afeta 70 milhões de pessoas em todo o Mundo, segundo números da organização das Nações Unidas, e 70 mil em Portugal.

Desde 2007, os edifícios mais carismáticos iluminam-se de azul, nestes dois dias, numa iniciativa à escala global que consegue transformar a Casa Branca. Todos os anos, a residência oficial do Presidente dos Estados Unidos é Casa Azul a 1 e 2 de abril.

Em Portugal, duas cidades associaram-se ao evento, escolhendo os dois monumentos com maior simbolismo: o Cristo-Rei e a Torre dos Clérigos, que vão emitir raios de luz para a consciência.
Outras iniciativas de caráter local, noutras cidades do país, vão decorrer, com o mesmo objetivo e relevância. A Associação Vencer o Autismo vai realizar um jantar de beneficência, na Fundação Cupertino de Miranda, no Porto.

“Queremos, tal como acontece noutras partes do mundo, este dia seja marcado de forma expressiva, também em Portugal”, refere a associação, no lançamento do evento



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