Para que as crianças se tornem indivíduos independentes e seguros, elas precisam encarar seus temores. E o apoio dos pais é fundamental nesse desafio.
Os pais precisam transmitir segurança a seus filhos, aceitando seus medos e encorajando-os a enfrentá-los.
Medo todo mundo tem, não importa a idade. E é bom que seja
assim. Sem esse sentimento, não desenvolveríamos a noção de perigo e o
estado de alerta que nos salva de enrascadas. O medo faz parte de nosso
instinto de sobrevivência, por isso o experimentamos desde muito cedo.
No caso dos pequenos, o temor está relacionado à construção de
autonomia. Surge quando a criança se vê como desencadeadora de
acontecimentos. Ela começa a aprender a dimensionar os perigos, a se
proteger e a cuidar de si mesma. "Esse é o aspecto saudável do medo. Ele
só se torna um problema quando fica exagerado", afirma Luciana Barros
de Almeida, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia. O fato de ser algo natural, que faz parte do desenvolvimento infantil, não significa que o medo deva ser ignorado ou subestimado. Achar graça dos medos infantis ou simplesmente dizer para a criança que ela não tem motivo para ter medo, não ajuda em nada. Pelo contrário, pode até aumentar a angústia dos pequenos. Para que a criança aprenda a lidar de maneira saudável com seus receios, o papel dos pais é fundamental. Eles precisam transmitir segurança a seus filhos, aceitando seus medos e encorajando-os a enfrentá-los.
"Os pais devem fortalecer o diálogo e permitir que os filhos expressem seus temores", diz Susana Orio, psicóloga clínica e coordenadora da unidade infantil do colégio Madre Alix, em São Paulo. Ela explica que os adultos devem buscar explicações sinceras para as inseguranças dos filhos e, às vezes, até embarcar na fantasia para apresentar soluções que convençam os pequenos.
Sentir medo faz parte do desenvolvimento infantil. As crianças podem demonstrar temores diferentes de acordo com suas vivências, seu temperamento e até a influência de sua família, mas alguns receios costumam surgir com mais frequência em certas fases. Confira abaixo os medos mais comuns em cada idade e também dicas de como ajudar seu filho a superá-los.
Veja:
Veja a seguir respostas para as dúvidas mais comuns dos pais na hora de ajudar os filhos a lidar com o medo.
- Até 1 ano e meio: medo de pessoas, objetos e situações novas
- De 1 a 3 anos: medo de pessoas com máscaras e fantasias, como o Papai Noel
- De 3 a 5 anos: medo de monstros e fantasmas e de se perder
- A partir dos 5 anos: medo de ser deixado na escola e de ficar longe dos pais
- A partir dos 6 anos: medo da própria morte e da dos pais e outras pessoas próximas; de ladrão e violência em geral
Para ler, clique nos itens abaixo:
- 1. Como encorajar as crianças a enfrentar seus temores?
- 2. É correto evitar aquelas situações que causam temor nas crianças?
- 3. Como lidar com o medo de bruxas, fantasmas e vilões em geral?
- 4. Quais argumentos podem piorar a relação com o medo?
- 5. Como não transmitir as próprias inseguranças para os filhos?
- 6. Quando é o caso de procurar ajuda?
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Texto Gisleine Carvalho
em Educar para Crescer
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