segunda-feira, 19 de julho de 2010

Diagnóstico precoce do autismo

Jeremy Nicholson

Cientistas descobriram teste para detectar a doença em crianças a partir dos seis meses de vida.
Uma em cada cem pessoas no mundo sofre autismo, o que significa que no Reino Unido há mais de 500 mil pessoas com a doença, que se manifesta com transtornos que vão desde leves problemas para interagir socialmente até graves dificuldades de comportamento, como mudez.
O diagnóstico do autismo sempre foi difícil, e a doença costuma permanecer irreconhecível até estados avançados, quando já é muito tarde para ser tratado, mas os pesquisadores do Imperial College de Londres descobriram uma forma de detectar a doença em crianças a partir dos seis meses de vida.
O autor do estudo, Jeremy Nicholson, explicou que as crianças autistas têm uma bactéria nos intestinos que pode ser detectada através de exame de urina, antes que apareçam os primeiros sintomas da doença. O teste custaria em torno de R$13 reais.
Esta descoberta torna possível uma intervenção precoce centrada na conduta social do paciente que poderia reduzir os danos psicológicos permanentes.
Atualmente, o grau de autismo é avaliado a partir de testes que exploram a integração social, a capacidade de comunicação e as aptidões imaginativas do paciente.
A equipe científica que realizou a pesquisa considera que a relação entre a bactéria intestinal e as dificuldades na aprendizagem pode abrir o caminho para tratamentos probióticos contra o autismo.
Os pesquisadores submeteram crianças de idades entre três e nove anos – 39 com autismo, 28 sem autismo, mas com um irmão que tinha, e 34 sem autismo e sem irmãos autistas – a ressonâncias magnéticas, endoscopias e análise químicas.
O estudo revelou que as crianças não autistas, mas com irmãos que tinham a doença, apresentavam uma análise química diferente dos que não tinham irmãos autistas, e a das crianças com autismo era diferente das dos outros dois grupos.

Artigo retirado daqui

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