quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
A todos um bom Natal
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Carta a todos os pais do mundo
• Não me dês tudo o que te peço. Às vezes peço apenas para saber qual é o máximo que consigo obter.
• Não me grites. Respeito-te menos quando fazes isso; e ensinas-me a gritar também. E eu não quero fazê-lo.
• Não me dês sempre ordens. Se em vez de dares ordens, as vezes me pedisses as coisas com um sorriso, eu faria tudo mais depressa e com mais gosto.
• Cumpre as promessas, boas ou más. Se me prometeres um prémio, dá-o; mas faz o mesmo se for um castigo.
• Não me compares com ninguém, especialmente com o meu irmão ou a minha irmã. Se me fizeres sentir melhor que os outros, alguém irá sofrer; e se me fizeres sentir pior que os outros, serei eu a sofrer.
• Não mudes frequentemente de opinião acerca daquilo que devo fazer. Decide, e depois mantém essa decisão.
• Deixa-me desembaraçar sozinho. Se fizeres tudo por mim, eu nunca poderei aprender.
• Não digas mentiras à minha frente, nem me peças que as diga por ti, mesmo que seja para te livrar de um sarilho. Fazes com que me sinta mal e perca a fé naquilo que me dizes.
• Quando eu fizer alguma coisa mal, não me exijas que te diga a razão porque o fiz. Às vezes, nem eu mesmo sei.
• Quando estiveres errado em algo, admite-o e será melhor a opinião que eu terei de ti. Assim, ensinar-me-ás a admitir os meus erros também.
• Trata-me com a mesma amabilidade e cordialidade com que tratas os teus amigos. Lá por sermos família, não quer dizer que não possamos também ser amigos.
• Não me digas para fazer uma coisa que tu não fazes. Eu aprenderei aquilo que tu fizeres, ainda que não me digas para fazer o mesmo: mas nunca farei o que tu me aconselhas e não fazes.
• Quando te contar um problema meu, não me digas “não tenho tempo para tolices”, ou “isso não tem importância”. Tenta compreender-me e ajudar-me.
• E gosta de mim. E diz-me que gostas de mim. Agrada-me ouvir-te dizer isso, mesmo que tu não aches necessário dizê-lo.
(Autor desconhecido)
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Pelo Natal, agradecer
Não fizemos, na nossa salinha, cartões de Natal para ninguém. No entanto achámos que este era o momento de agradecer às nossas professoras por tanto que fazem ao ajudarem-nos a ultrapassar as nossas dificuldades. Então decidimos oferecer-lhes um postalinho. Pintámos com esponja que molhámos em várias cores uma cartolina branca. Uma das nossas professoras imprimiu uma fotografia nossa onde escreveu uma frase que dizia assim: Obrigada por seres minha amiga e me dares atenção, por me ensinares e me dares a mão!
Colámos a fotografia na pintura que fizemos e depois agrafámos um lacinho.
Quando oferecemos à nossa professora do regular, ela ficou muito contente e deu-nos um abracinho!
Nós também achámos que ficou uma prenda muito bonita. Mas elas mereciam!
Colámos a fotografia na pintura que fizemos e depois agrafámos um lacinho.
Quando oferecemos à nossa professora do regular, ela ficou muito contente e deu-nos um abracinho!
Nós também achámos que ficou uma prenda muito bonita. Mas elas mereciam!
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Um dia na nossa Unidade
Eu gosto muito de fazer este jogo com letras. Já sei quase o nome de todas elas. A minha educadora vai-me dizendo nomes que posso fazer com elas e eu tento repetir. Depois encaixo as letras no sítio certo.
Depois das tarefas todas feitas está na hora de brincar. Hoje apeteceu-me telefonar ao pai. Não deve estar, não responde. Vou esperar mais um bocado. Até amanhã!
Outros espaços a visitar
Porque é importante visitar outros espaços, onde se divulgam e aprendem muitas coisas sobre este mundo imenso que é o autismo, recomendamos uma viagem ao Incluso . Percam o tempo que quiserem. Não o considerarão perdido. Voltarão com toda a certeza para outras viagens, a outros temas. É o que nós fazemos de vez em quando.
Cautela, pais!
Existem muitas e diferentes terapias às quais os pais podem e têm vindo a recorrer para dar resposta às necessidades dos seus filhos com autismo. Embora não exista uma terapia que seja a indicada para todos os casos, os especialistas estão de acordo em três aspectos, nomeadamente:
(1) A intervenção deve começar o mais cedo possível;
(2) A intervenção deve ser adaptada às necessidades específicas de cada criança e família;
(3) A intervenção deve ser reavaliada à medida que a criança se vai desenvolvendo.
Embora a investigação na área do autismo esteja em plena ascensão, existem muitas vertentes por explorar, estudos por confirmar, produtos e terapias a testar os seus resultados.
Todavia, existem metodologias de intervenção, nomeadamente, SON-RISE, ABA, TEACCH, DIR, Floor-time, Relation Play …, que são do conhecimento dos técnicos que intervêm nas pessoas com Autismo. Estas metodologias deverão ser utilizadas de forma articulada e conjugadas de acordo com as características e potencial de cada criança, jovem ou adulto, em cada fase do desenvolvimento. Daí ser importantíssima a avaliação interdisciplinar, a fim de se aferir quais as estratégias de cada método que melhor resultarão em determinada fase.
Os pais, com toda a legitimidade, estão em constante alerta, sempre dispostos a pôr à prova cada nova esperança.
No entanto, devem ser cautelosos!
É importante que os pais sejam meticulosos na avaliação de cada nova terapia e que existam evidências científicas acerca das mesmas.
Por outro lado, é imprescindível que os pais partilhem a informação com os médicos e terapeutas que acompanham o seu filho para que estes possam ajudá-los a ponderar se aquela terapia é pertinente e conciliável com as terapias que a criança já usufrui.
Frequentemente, têm surgido alguns produtos potencialmente perigosos, sem certificação e controlo. A Internet parece ser o meio mais eficaz para fazer chegar a informação aos pais que, desesperados, não olharão a meios para ajudar os seus filhos com autismo. No entanto, sem plena consciência disso, poderão estar a pôr em risco a saúde e o desenvolvimento dos seus filhos.
Sejam cautelosos! Partilhem e comprovem cada nova informação. A intervenção em equipa é fundamental para o desenvolvimento harmonioso dos vossos filhos!
Contactem a AMA, exponham as vossas esperanças e esclarecem as vossas dúvidas.
Este artigo foi elaborado pela Drª Cristina Nunes (Psicóloga, AMA) e retirado do site da AMA
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Um filme
O filme Amargo Pesadelo estava a ser rodado no interior dos Estados Unidos.
O director fez uma locação a um posto de gasolina nos confins do mundo, onde aconteceria uma cena entre vários actores contracenando com o proprietário do posto onde ele também morava com sua mulher e filho. Este último, autista, nunca saía do terreno da casa.
A equipa parou no posto de gasolina para abastecer e aconteceu a cena mais marcante que o director teve a felicidade de encaixar no filme.
Num dos cortes para refazer a cena do abastecimento, um dos actores que sendo músico andava sempre acompanhado do seu instrumento de cordas aproveitando o intervalo da gravação e já tendo percebido a presença de um garoto que dedilhava um banjo na varanda da casa aproximou-se e começou a repetir a sequência musical do garoto.
Como houve uma 'resposta musical" por parte do garoto, o director captou a importância da cena e mandou filmar.
A equipa parou no posto de gasolina para abastecer e aconteceu a cena mais marcante que o director teve a felicidade de encaixar no filme.
Num dos cortes para refazer a cena do abastecimento, um dos actores que sendo músico andava sempre acompanhado do seu instrumento de cordas aproveitando o intervalo da gravação e já tendo percebido a presença de um garoto que dedilhava um banjo na varanda da casa aproximou-se e começou a repetir a sequência musical do garoto.
Como houve uma 'resposta musical" por parte do garoto, o director captou a importância da cena e mandou filmar.
O restante vocês verão no vídeo.
Atentem para alguns detalhes:
- O garoto é verdadeiramente um autista;
- Ele não estava nos planos do filme;
- A alegria do pai curtindo o duelo dos banjos... dançando
- A felicidade da mãe captada numa janela da casa;
- A reacção autêntica de um autista quando o actor músico quer cumprimentá-lo.
Vale a pena o duelo, a beleza do momento e, mais que tudo, a alegria do garoto.
A sua expressão. No início está distante, mas, à medida que toca o seu banjo, ele cresce com a música e vai se deixando levar por ela, até transformar a sua expressão num sorriso contagiante, transmitindo a todos a sua alegria.
A alegria de um autista, que é resgatada por alguns momentos, graças a um violão forasteiro.
Atentem para alguns detalhes:
- O garoto é verdadeiramente um autista;
- Ele não estava nos planos do filme;
- A alegria do pai curtindo o duelo dos banjos... dançando
- A felicidade da mãe captada numa janela da casa;
- A reacção autêntica de um autista quando o actor músico quer cumprimentá-lo.
Vale a pena o duelo, a beleza do momento e, mais que tudo, a alegria do garoto.
A sua expressão. No início está distante, mas, à medida que toca o seu banjo, ele cresce com a música e vai se deixando levar por ela, até transformar a sua expressão num sorriso contagiante, transmitindo a todos a sua alegria.
A alegria de um autista, que é resgatada por alguns momentos, graças a um violão forasteiro.
O garoto brilha, cresce e exibe o sorriso preso nas dobras da sua deficiência, que a magia da música traz à superfície.
Depois, ele volta para dentro de si, deixando a sua parcela de beleza eternizada "por acaso" no filme "Amargo Pesadelo" (Ano: 1972).
Subscrever:
Mensagens (Atom)