quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Autismo: O que sabemos, o que nos falta saber

 
"Por quê?" "Por quê?" é a pergunta que os pais sempre me fazem. "Por que meu filho desenvolveu autismo?" Como pediatra, como geneticista, como pesquisadora, tento tratar essa questão.
Mas o autismo não é uma condição única. Na verdade é um espectro de distúrbios, um espectro que vai, por exemplo, de Justin, um menino de 13 anos que não fala, não consegue falar, e se comunica usando um iPad em que toca imagens para comunicar suas ideias e ansiedades, um menininho que, quando fica chateado, começa a se sacudir, e, por fim, quando muito incomodado, bate a cabeça chegando a se ferir seriamente, precisando levar pontos. Mas o mesmo diagnóstico de autismo também se aplica a Gabriel, outro menino de 13 anos que possui uma realidade bem diferente de desafios. Na verdade, ele é incrivelmente talentoso em matemática. Ele multiplica três números, por outros três números, de cabeça e com facilidade. Contudo, no que se refere a tentar manter uma conversa, ele tem muita dificuldade. Ele não faz contato visual. Ele tem dificuldades para puxar conversa, sente-se sem jeito e, quando fica nervoso, ele acaba se fechando. Mas esses dois meninos têm o mesmo diagnóstico de transtorno do espectro autista.

Uma das coisas que nos preocupam é se realmente existe ou não uma epidemia de autismo. Hoje em dia, uma em cada 88 crianças é diagnosticada como autista, e a pergunta é: por que este gráfico está assim? Será que esse número tem aumentado drasticamente com o passar do tempo? Ou será que hoje passamos a chamar esses indivíduos de autistas, simplesmente lhes dando esse diagnóstico, embora essas pessoas já existissem antes, mas simplesmente não eram chamadas assim? Na verdade, no fim da década de 1980 e início da década de 1990, foi aprovada lei que proporcionou aos indivíduos com autismo recursos, acesso a material educativo que os ajudaria. Com essa maior conscientização, mais pais, mais pediatras e mais educadores aprenderam a reconhecer as características do autismo. Consequentemente, mais indivíduos receberam o diagnóstico e tiveram acesso aos recursos de que precisavam. Além disso, mudamos nossa definição com o passar do tempo. Na verdade, ampliamos a definição do autismo, a que se deve, em parte, o aumento da prevalência que vemos.
 A outra pergunta que todo mundo faz é: o que causou o autismo? E uma concepção errônea comum é a de que as vacinas causam autismo. Mas permitam-me deixar bem claro: as vacinas não causam autismo. (Aplausos) Na verdade, o trabalho de pesquisa original que sugeriu que essa era a causa foi completamente fraudulento. Foi, na verdade, retirado do jornal Lancet, em que foi publicado, e o autor, um médico, perdeu sua licença de exercício da profissão. (Aplausos) O Instituto de Medicina, o Centro para Controle de Doenças, investigou isso repetidas vezes e não há evidência palpável de que as vacinas causem autismo. Além disso, um dos ingredientes das vacinas, chamado timerosal, era considerado como sendo a causa do autismo. Na verdade, ele foi removido das vacinas em 1992, e é possível perceber que ele não tinha nada a ver com o que acontecia com a prevalência do autismo. Então, mais uma vez, não há evidência alguma de que esta seja a resposta. Então, a pergunta permanece: o que causa o autismo?
Na verdade, provavelmente não existe uma única resposta. Assim como o autismo é um espectro, há um espectro de etiologias, um espectro de causas. Com base em dados epidemiológicos, sabemos que uma das causas ou uma das associações, devo dizer, é a idade avançada do genitor, ou seja, a idade avançada do pai à época da concepção. Além disso, outro período crítico e de vulnerabilidade em termos de desenvolvimento é quando a mãe está grávida. Durante esse período, enquanto o cérebro do feto se desenvolve, sabemos que a exposição a alguns agentes pode, na verdade, aumentar o risco de autismo. Em particular, existe um medicamento, o ácido valproico, que mães com epilepsia às vezes tomam, e que sabemos que pode aumentar o risco de autismo. Além disso, pode haver alguns agentes infecciosos que também podem causar autismo.

E uma das coisas em que vou passar muito tempo me concentrando são os genes que podem causar o autismo. Este é o meu foco não porque os genes sejam a única causa do autismo, mas é uma das causas do autismo que podemos prontamente definir e ser capazes de compreender melhor a biologia e como o cérebro funciona, para que possamos pensar em estratégias para podermos intervir. Um dos fatores genéticos que não compreendemos, entretanto, é a diferença que vemos entre homens e mulheres. Os homens são afetados pelo autismo a uma razão de 4 por 1, comparados às mulheres, e realmente não entendemos por quê.
Uma das formas de entendermos que a genética é um fator é analisando algo chamado de taxa de concordância. Em outras palavras, se um irmão é autista, qual a probabilidade de outro irmão nessa família ser autista? E podemos analisar, em particular, três tipos de irmãos: gêmeos univitelinos, gêmeos que compartilham 100% de sua informação genética e que compartilharam do mesmo ambiente intrauterino; gêmeos bivitelinos, gêmeos que compartilham 50% de sua informação genética; e irmãos comuns, irmão-irmã, irmã-irmã, que também compartilham 50% de sua informação genética, embora não compartilhem do mesmo ambiente intrauterino. E quando analisamos essas taxas de concordância, uma das coisas mais impressionantes que vemos é que, em gêmeos univitelinos, essa taxa de concordância é de 77%. Mas, notavelmente, não é de 100%. Não que os genes sejam responsáveis por todo o risco de autismo, mas são responsáveis por boa parte do risco, porque, quando analisamos os gêmeos bivitelinos, essa taxa de concordância é de apenas 31%. Por outro lado, há uma diferença entre os gêmeos bivitelinos e os irmãos comuns, o que sugere que há exposições em comum para os gêmeos bivitelinos que podem não ser compartilhadas de forma tão comum em irmãos comuns.
Então, isso nos fornece alguma informação de que o autismo é genético. Bem, genético até que ponto? Quando comparado a outras condições que conhecemos, coisas como o câncer, doenças do coração, diabetes, na verdade, a genética possui um papel bem maior no autismo do que em qualquer dessas outras condições. Mas com isso, não sabemos quais genes. Nem sabemos, em qualquer criança: é um gene apenas, ou potencialmente uma combinação de genes? Então, na verdade, em alguns indivíduos com autismo, é genético! Ou seja, é um único gene, poderoso e determinístico, que causa o autismo. Contudo, em outros indivíduos, é genético, ou seja, é, na verdade, uma combinação de genes, em parte com o processo de desenvolvimento, que, por fim, determina o risco de autismo. Não sabemos em nenhuma pessoa, necessariamente, qual dessas duas respostas é a correta, até começarmos a nos aprofundar.
Então, a pergunta se torna: como podemos começar a identificar exatamente quais são esses genes? Deixem-me colocar algo que talvez não seja intuitivo. Certos indivíduos podem ter autismo por uma razão genética, mas, mesmo assim, não porque o autismo ocorra na família. Isso porque alguns indivíduos podem ter mudanças ou mutações genéticas que não são transmitidas pela mãe nem pelo pai, mas, na verdade, são mutações novas nesses indivíduos, mutações que estão presentes no óvulo ou no esperma no momento da concepção, mas que não foram passadas de geração a geração na família. E podemos usar essa estratégia para hoje entender e identificar esses genes que causam o autismo nesses indivíduos.


Então, na verdade, na Fundação Simons, pegamos 2.600 indivíduos que não tinham histórico algum de autismo na família, e pegamos a criança, a mãe e o pai e tentamos entender quais eram os genes que causavam o autismo nesses casos. Para isso, tivemos que, de forma abrangente, ser capazes de analisar toda essa informação genética e determinar quais eram as diferenças entre a mãe, o pai e a criança. Fazendo isso, peço desculpas, vou usar uma analogia fora de moda, de enciclopédias em vez de Wikipedia, mas vou fazer isso para tentar ajudar a explicar que, quando fizemos esse inventário, precisávamos analisar quantidades enormes de informação.
Nossa informação genética é organizada em uma serie de 46 volumes, e, quando fizemos isso, tivemos de dar conta de cada um desses 46 volumes, porque, em alguns casos de autismo, na verdade, falta um volume inteiro. Mas tínhamos que ser mais minuciosos que isso. Para isso, tínhamos que começar a abrir esses livros e, em alguns casos, a mudança genética era mais sutil. Talvez fosse um único parágrafo faltando, ou, ainda mais sutil que isso, uma única letra, uma entre três bilhões de letras que estivesse modificada, alterada, e, mesmo assim, tivesse efeitos profundos em termos de como o cérebro funciona e afeta o comportamento. Fazendo isso com essas famílias, conseguimos dar conta de aproximadamente 25% dos indivíduos e determinar que havia um único e poderoso fator genético que causava o autismo nessas famílias. Por outro lado, há 75% que ainda não compreendemos.
Mas, fazermos isso foi realmente impressionante, porque percebemos que não havia apenas um gene para o autismo. Na verdade, as estimativas atuais são de que haja de 200 a 400 genes diferentes que podem causar o autismo. E isso explica, em parte, por que vemos um espectro tão amplo em termos de seus efeitos. Embora existam todos esses genes, existe um método na loucura. Não é simplesmente randômico 200, 400 genes diferentes, mas, na verdade, eles se encaixam. Eles se encaixam em um trajeto. Eles se encaixam em uma rede que está começando a ser compreendida hoje, em termos de como o cérebro funciona.
Estamos começando a ter uma abordagem ascendente, em que estamos identificando esses genes, essas proteínas, essas moléculas, entendendo como interagem entre si para fazer esse neurônio funcionar, entendendo como esses neurônios interagem para fazer os circuitos funcionarem, e entender como esses circuitos funcionam para controlar o comportamento e entender isso tanto em indivíduos com autismo quanto em indivíduos que possuem cognição normal. Mas o diagnóstico precoce é fundamental para nós. Ser capaz de fazer esse diagnóstico em alguém que é suscetível em um momento no tempo em que podemos transformar, impactar um cérebro que está crescendo e se desenvolvendo é crucial.
Por isso, pessoas como Ami Klin desenvolveram métodos para conseguir levar crianças, bebês, e poder usar biomarcadores, neste caso, o contato ocular e o rastreamento ocular, para identificar uma criança em risco. Essa criança em particular, vocês podem ver, fazendo um contato visual muito bom com essa mulher enquanto ela canta "A Dona Aranha", na verdade não vai desenvolver autismo. Sabemos que esse bebê vai estar livre disso. Por outro lado, esse outro bebê vai desenvolver autismo. Nesta criança em particular, pode-se ver que ela não faz bom contato visual. Em vez de os olhos terem foco e de terem uma conexão social, estão olhando para a boca, para o nariz, olhando para outra direção, mas novamente não se conectando socialmente, e sendo capaz de fazer isso em escala muito grande, examinar os bebês, examinar as crianças para ver se têm autismo, através de algo bem robusto, bem confiável, será bem útil em termos de conseguirmos intervir em um estágio precoce, em que podemos causar o maior impacto.
Como vamos intervir? Provavelmente será uma combinação de fatores. Em parte, em alguns indivíduos, vamos tentar usar medicamentos. Então, na verdade, identificar os genes do autismo é importante para nós para identificarmos os alvos dos medicamentos, para identificarmos coisas que possamos impactar e termos certeza de que é realmente aquilo que precisamos fazer no autismo. Mas essa não será a única resposta. Além de apenas medicamentos, vamos usar estratégias educacionais.
Alguns indivíduos com autismo têm uma programação cerebral um pouquinho diferente. Eles aprendem de forma diferente. Eles absorvem o que está ao redor de forma diferente, e precisamos conseguir educá-los de forma mais eficiente para eles. Além disso, há muitos indivíduos nesta sala que têm grandes ideias em termos de novas tecnologias que possamos usar, tudo, desde dispositivos que podemos usar para treinar o cérebro para torná-lo mais eficiente e conseguir compensar as áreas em que ele tenha algum probleminha, até coisas como o Google Glass.
Vocês podem imaginar, por exemplo, que o Gabriel, com sua estranheza social, possa usar um Google Glass com um fone de ouvido em sua orelha, possibilitando que um treinador o ajude a pensar em conversas, em como puxar conversas, sendo capaz até de, um dia, convidar uma moça para um encontro.
Todas essas novas tecnologias oferecem oportunidades tremendas para que consigamos impactar os indivíduos com autismo, mas ainda temos um longo caminho pela frente. Mesmo sabendo tanto, há muito mais que ainda não sabemos, e, por isso, convido todos vocês a nos ajudarem a pensar em como fazer isso de forma melhor, em como usar, enquanto comunidade, nossa sabedoria coletiva para conseguirmos fazer a diferença, e, em particular, para os indivíduos e famílias com autismo, eu convido vocês a se juntarem à Rede Interativa do Autismo, a serem parte da solução, porque realmente serão necessários muitos de nós para pensar no que é importante, no que vai fazer uma diferença significativa.
Ao pensarmos em algo que seja potencialmente uma solução, vai funcionar bem? É algo que realmente vai fazer a diferença em suas vidas, enquanto indivíduos, enquanto família com autismo? Vamos precisar de indivíduos de todas as idades, dos jovens aos idosos, e de todas as formas e tamanhos do transtorno do espectro autista, para garantir que causemos impacto. Então, convido todos vocês a se juntarem à missão e a ajudar a conseguir tornar as vidas de indivíduos com autismo muito melhor e muito mais rica."

Pode ver o vídeo aqui

Tradução integral da palestra de Wendy Chung proferida no TED
Diretora do setor de pesquisas clínicas da Simons Foundation Autism Research Initiative, a médica Wendy Chung é uma autoridade mundial em matéria dos aspectos genéticos do autismo. 

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Venham à nossa aula!





Duas pequenas amostras duma aula de educação fisica adaptada com os  nossos alunos  pelo professor Ricardo .
Todos estes materiais são arrumados no fim pelos nossos meninos. É que nós somos todos muito arrumadinhos.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Deficiência intelectual e autismo podem ter causa comum


"Doenças como a deficiência intelectual e os transtornos do espectro autista podem ter como causa alterações na mesma via molecular. O resultado de pesquisa foi divulgado no artigo “Molecular Convergence of Neurodevelopmental Disorders”, publicado em outubro com destaque no American Journal of Human Genetics e abre possibilidade de novas abordagens para a forma como entendemos essas enfermidades conhecidas como doenças de neurodesenvolvimento.
“Ao se definir completamente a principal via molecular pela qual essas síndromes ocorrem, uma opção viável é posteriormente focar o tratamento nessa via”, disse Elizabeth Suchi Chen, professora do Departamento de Morfologia e Genética da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Com a pós-doutoranda Carolina de Oliveira Gigek, da mesma instituição, Chen divide a autoria principal do artigo. A professora contou com apoio FAPESP na modalidade Bolsa de Pesquisa no Exterior para realizar a investigação na McGill University, em Montreal, no Canadá.
Essas doenças são relacionadas a alterações moleculares das células neuronais, que formam o sistema nervoso e o cérebro humano, no momento em que o embrião está se desenvolvendo. Para estudar esses efeitos, as pesquisadoras trabalharam com células neuronais fetais de linhagem comercial, produzidas para fins de pesquisa por empresas especializadas.
A equipe também utilizou linhagens de células desenvolvidas no próprio laboratório. Fibroblastos, células da pele, foram reprogramados para se transformar em células precursoras neuronais. Esse trabalho foi executado pela equipe do professor Carl Ernst, do Departamento de Psiquiatria da universidade canadense, que também assina o artigo.
A diferenciação em neurônios teve de ser reproduzida em laboratório e parte das células investigadas teve reduzida a expressão de dois genes específicos, o TCF4 e o EHMT1. “Nos pacientes com doenças agrupadas como síndrome do neurodesenvolvimento, é observada a redução de cerca de 50% da expressão desses genes; por isso, modificamos as linhagens para apresentarem redução semelhante”, disse Gigek.
Após a diferenciação, as células com redução de expressão foram comparadas ao grupo controle, que não sofreu modificações nos genes, para se analisar quais modificações moleculares haviam ocorrido. Para isso, a equipe lançou mão de tecnologia de sequenciamento de última geração.
“O objetivo foi saber quais alterações moleculares seriam decorrentes da redução da expressão desses genes nas células neuronais”, disse Chen. A descoberta foi que, alterados separadamente, esses genes provocaram alterações moleculares semelhantes nessas células. Isso levou à conclusão de que, isoladamente, tanto o TCF4 como o EHMT1 podem gerar alterações moleculares que levam a doenças do neurodesenvolvimento similares. Além disso, observou-se que uma mesma modificação celular pode provocar diferentes enfermidades desse tipo.
De acordo com Chen, até a pesquisa, o que se sabia era que diversas alterações em diferentes genes estavam associadas a doenças do neurodesenvolvimento. “No entanto, observamos que a redução da expressão nesses dois genes levou a uma convergência de alterações moleculares”, disse.
Diferenciação celular prematura
Outra descoberta importante do trabalho foi a relação entre a redução de expressão dos genes estudados nas células neuronais e o fato de elas iniciarem mais precocemente o seu processo de diferenciação.
“As células alteradas parecem apresentar uma diferenciação prematura em relação ao desenvolvimento celular normal, o que poderia ser uma causa do problema”, disse Gigek. A diferenciação celular é o processo em que a célula-tronco adquire as características que definirão sua função no organismo.
O gatilho dessa diferenciação precoce da célula, todavia, não pôde ser confirmado na pesquisa. As pesquisadoras desconfiam que alguns RNAs e microRNAs possam estar envolvidos. “Com base na função do gene, isso pode ser sugerido; porém, serão necessárias outras pesquisas para que a causa seja levantada”, disse a pós-doutoranda.
Os microRNAs associados ao desenvolvimento celular, de acordo com Chen, são um foco interessante para um futuro estudo.
As pesquisadoras explicam que, caso sejam comprovadas a relação deles com a diferenciação prematura e as consequentes doenças de neurodesenvolvimento, poderão ser abertas alternativas de terapias moleculares.
“Caso o problema seja provocado pela superexpressão do RNA, por exemplo, poderiam ser ministrados inibidores para que a célula não seja estimulada a se diferenciar cedo”, exemplificou Gigek. Ela ressaltou, no entanto, que tal terapia ainda dependerá de muito trabalho de pesquisa.
Agora, as pesquisadoras pretendem validar os resultados em outras linhagens de células neuronais, para confirmar os resultados. Também é preciso saber se as alterações moleculares no desenvolvimento humano comportam-se da mesma maneira que as culturas estudadas isoladamente nos modelos. “Por isso, é preciso ainda muito trabalho de pesquisa para confirmar as descobertas, mas o avanço obtido foi considerável”, disse Chen."

in  http://www.ebc.com.br

sábado, 6 de dezembro de 2014

Como comunicar


nota:clique na foto para ler melhor

Temos árvore de natal!


A nossa menina está encantada com a beleza dos corações que as avós pintaram para decorar as paredes do Hospital Pediátrico de Coimbra e do nosso Jardim. Qual ficará connosco?


Chegou a altura de decorar a árvore enorme que está ansiosa de se ver coberta pelos ponpons que todos os meninos fizeram. Os ponpons enchem o saco à espera de voar para os seus ramos. Um a um vão colocar os ponpons. A primeira vai ser a Catarina.


 E pronto. Trabalho terminado.


É altura de cantar uma canção de natal e apreciar o pinheiro decorado. Até que ficou bem bonito!

Natal com muito amor no coração


Lembram-se dos ponpons que fizémos? E de vos ter falado da Associação Coração Feliz? E das árvores de Natal que íamos enfeitar?
Pois aqui está uma delas: a do Hospital Pediátrico de Coimbra. Ao lado um belíssimo coração pintado por duas fantásticas avós. Na nossa escolinha, temos outro. Depois mostramos.


Com amor tudo se faz! E natal não é mais que isso.

Dois irmãos inseparáveis

Há histórias que vale a pena ouvir. Recomendo-lhe que ouça e veja esta. A história de dois irmãos inseparáveis. Fique aqui um bocadinho.

A aventura do cocó e do xixi

Sabemos que retirar a fralda pode ser uma verdadeira maratona e algumas vezes bem comprida!! Deixamos algumas notas que podem ajudar.
 1 - A nossa atitude é tudo!! Devemos falar animadamente sobre o Xixi e sobre o coco! Não podemos esperar que os nossos filhos vejam esta experiencia de ir á casa de banho como divertida se nós próprios a vemos como negativa.Por norma sempre que mudamos um fralda fazemos expressoes de desagrado e muito verbalizamos coisas tipo: "Pewwwww, que cheirete!!" " Que horror! Que cheiro"; ou seja para a criança o acto fisiológico de fazer necessidades básicas é uma experiencia desagradavel!
 2 - Especialmente para estes miudos é importante passar a experiencia como divertida! Mostrar-lhes que quando vamos ao WC sentimo-nos bem, que é bom para nós e para o nosso corpo, sempre que for ao WC festeje o facto, verbalize como se sentes melhor...faça uma festa sempre que alguem em casa use o WC, torne a experiencia de ir ao WC como algo MARAVILHOSO
3 - Sempre que lhe apeteça ir partilhe isso com ele, diga-lhe o que sente, e faça-o de forma entusiasta e divertida! leve-o consigo, tem que ser o modelo dele...festeje com ele....o facto de o estar a fazer....combine com ele puxarem o autoclismo .....exagere tudo .....estes menimos especiais necessitam de antecipacao...de saber todos os passos....de sentir que o modelo que têm faz da ida ao WC um momento divertido e agradavel.
 4 -Pode também colocar na sanita coisas divertidas para o motivar a ir...por exemplo utilizar alguma coisa que seja motivatora para ele....pex se ele gosta de bolas arranja imagens (autocolantes) de diferentes bolas e coloca-as na parede interior da sanita e ele enquanto faz o xixi tem que acertas nas bolas!! se gosta de algum boneco em especial pode também utilizar.....vê quais são as motivaçoes dele e tenta adaptar!!
5 - nunca desista.....mantenha uma atitude positiva, festeja cada xixi e cada coco....mostre-lhe como o faz e que divertido é usar o wc!! Abraços e sorrisos!!

Dos restos, se faz natal!


Ainda antes de vos mostrar a árvore enfeitadinha com os ponpons que fizémos vamos mostrar-vos como aproveitámos os cartões e montámos a nossa árvore
na nossa salinha.
Pois é voltámos à pintura. Os da árvore ficaram verdes e os da grinalda ficaram de muitas cores.



Depois de montada a árvore decidimos colar embalagens de iogurtes que temos juntado desde o príncipio do ano. Tudo escolhido a dedo e com a ajuda preciosa dos meninos. ( pena que nem todos tenham autorização para aparecer)


 Que acham, não ficou bonita?




A nossa Garagem


Todos os meninos da Unidade gostam de carros. Achamos até que são os brinquedos preferidos no cantinho das brincadeiras livres. decidimos então construir uma garagem onde os pudessem arrumar de forma ordenada depois de fazrem as suas brincadeiras.
E como eles gostam de pintar, ajudaram-nos na primeira parte do projeto. Olhem só que mãozinhas habilidosas!


Depois de term pintado todos os elementos, nós só aplicámos os algarismos e os últimos detalhes.
Ficou prontinha para a brincadeira.
Ah e anda já outro projeto no ar. Depois contamos.

Cortes no apoio acrianças com deficiência

 
Está instalada a confusão [na educação] especial. Pais e professores dão conta de critérios pouco transparentes por parte da tutela, que além de gerarem ansiedade nas famílias não permitem perceber por que motivos algumas crianças têm apoio e outras não. A isto junta-se escolas sem atividades extracurriculares adaptadas, que leva as famílias a terem de ir buscar os filhos mais cedo.
David Rodrigues, presidente da Associação Nacional de Docentes de Educação Especial, admite que a desvantagem destas crianças tem vindo a agravar. O docente estima que este ano tenham sido colocados menos 400 professores nesta área, quando nada sugere que o número de crianças com necessidades especiais tenha diminuído "Temos casos de professores que ficaram responsáveis por 25 crianças", denuncia.
A Federação Nacional de Cooperativas de Solidariedade Social, que representa instituições com contrato com o Estado para fornecer apoios como terapia da fala ou ocupacional a escolas sem técnicos, já apontou para uma redução de 40% nas crianças apoiadas através dos chamados Centros de Recursos para a Inclusão. Este ano, a tutela passou a indicar nominalmente que crianças devem receber apoios, o que excluiu alguns alunos. Queixas de pais terão motivado a alteração, mas não houve explicação às famílias que perderam os apoios, diz Judite Paulo, da associação Pais em Rede.
TERRA DE NINGUÉM 
Desde 2008 que [a educação] especial tem nova legislação. Pressupõe o acompanhamento individualizado dos alunos, que no 1.º ciclo têm direito à escola "a tempo inteiro", ou seja, horário até às 17h30, 30% ocupado com atividades de enriquecimento curricular (AEC) como modalidades desportivas ou artísticas. Nas aulas, podem estar em turmas normais ou em unidades multideficiência (turmas especiais), devendo em ambos os casos ter acompanhamento de professores de Educação Especial. Neste período, os técnicos da escola ou dos CRI fazem a sua intervenção, garantindo as horas de terapias. Se aqui a cobertura das crianças nunca foi ao encontro das perspetivas dos educadores nesta área, que defendem a intervenção precoce, Rodrigues salienta que nas AEC o cenário tem vindo a deteriorar-se. São contratadas pelas autarquias e associações de pais e, em algumas escolas, não aceitam crianças com deficiência pois os técnicos não têm formação para tal. "Pedagogicamente são um pouco terra de ninguém, porque não é a direção da escola que contrata ou supervisiona", explica. E se há escolas com este problema, outras nem AEC oferecem. É o caso da sua filha, de 10 anos: quatro dias por semana sai às 13h30. Está num ATL mas nas famílias com crianças com necessidades especiais, isso nem sempre é possível: "Muitos ATL, pelo simples facto de serem no segundo andar sem elevador, não admitem crianças de cadeira de rodas", explica.
No ano letivo 2013/2014 a tutela contabilizou 65 mil alunos com necessidades especiais na escola pública. Foram apoiadas por 5300 professores, 1362 técnicos contratados e 1769 técnicos de CRI. Este ano ainda não há dados. (...)
Fonte: Jornal I por indicação de Livresco

O nosso projeto de natal


Inspirado na nossa pequenina, este ano solidarizamo-nos com todas as crianças e famílias com problemas de coração. Aliámo-nos à mãe e contribuímos com a nossa pequena ajuda, construindo pompons de tule em vermelho e branco para enfeitar duas árvores de natal em hospitais pediátricos diferentes e também a nossa escola.


Todos trabalhámos. Da maneira que sabíamos e podíamos. Dos mais pequenos aos maiores. Até alguns pais colaboraram.

Depois de desfeita a árvore os pompons serão simbólicamente vendidos e a receita reverterá para a Associação de Proteção e Apoio a Crianças com Doença Cardiaca Coração Feliz.
Esperem pelo resultado!

sábado, 22 de novembro de 2014

Pai leva balanço portátil a diversas paisagens para fotografar filho autista e romper preconceitos

"Para que o menino experimente novos ambientes, mas mantenha a segurança que o balanço lhe dá, o pai teve uma ideia que já rendeu muitas alegrias. Proprietário de uma empresa de telecomunicação móvel com sede em Guaíba, Pablo mandou fabricar um brinquedo portátil. Feito de ferro, o balanço possui 2,8 metros de comprimento e 2,2 metros de altura. Pode ser desmontado em cinco partes e, por isso, é transportado na caminhonete da família."


ler artigo completo aqui

Adaptador para a escrita

Uma ideia simples pode favorecer a preensão (o ato de pegar no lápis) de adultos e crianças com disfunção motora: usar a mola de roupa!
Não precisa de mais nada, basta a mola:


Encorajar a usar linguagem expressiva

Um jogo divertido para ajudar as nossas crianças a expressar a sua própria opinião sobre alguma coisa.

Bom dia!


O Outono


Pedimos aos papás que fossem connosco recolher objetos na natureza que lembrassem o Outono.

 

Na escola tínhamos pintado uma caixinha para guardar todos esses objetos: queríamos fazer a nossa caixa do Outono. Sempre que para lá olhássemos veríamos todas as coisas que lembravam o Outono


No final ficou assim. Todos os dias quando marcamos as nossas presenças e vimos como está o tempo falamos da nossa caixinha e de tudo o que lá está.
Quando vier o Inverno fazemos outra caixinha. Pensem bem no que lá iremos por!

As nossas aulas de Ginástica



Agora temos aulas de ginástica só para nós. Em pequeno grupo, tudo se torna mais fácil. fazemos exercícios com atenção mais personalizada e com muito carinho. Estas fotografias foram feitas nas primeiras sessões.


Agora já fazemos os percursos e os exercícios de forma mais independente e o nosso professor já nota progressos.
Para dizer a verdade, ficamos muito felizes quando chega a quinta-feira!

Sensorial Fit- Vestuário a pensar nas nossas crianças



É bem mais do que vestuário infantil. A sensorialFiTnasceu para promover o bem-estar global de todas as crianças, traduzindo o seu conceito em peças funcionais, interativas e customizáveis. Fáceis de vestir/despir, estas roupas estimulam a autonomia e o desenvolvimento sensório-motor, sendo por isso ideais para crianças com necessidades especiais. Eis então uma marca socialmente comprometida, com um design inclusivo.

A ideia partiu de Ângela Pires, designer de moda sensível a uma realidade que pede um olhar atento: as dificuldades de movimento de crianças com atrasos de desenvolvimento psicomotor. Para além da dependência de terceiros no seu dia a dia, designadamente para se vestirem, estas crianças têm uma necessidade constante de acompanhamento terapêutico e estimulação sensorial. SensorialFIT surge, então, com uma marca amiga, determinada em levar ao mercado coleções exclusivas criadas em conjunto com profissionais da saúde e da educação.

O projeto conta com peças-base, elaboradas em tecidos resistentes e confortáveis, a que são acrescentados acessórios geralmente utilizados em objetos e brinquedos terapêuticos. Surge assim uma roupa-brinquedo, customizada com elementos escondidos, modulares e de carácter lúdico, que convidam à descoberta ativa. De forma suave e interativa, decorre a estimulação sensorial, o trabalho da motricidade fina e o desenvolvimento das capacidades cognitivas.
Por tudo o que integra, e ainda que particularmente pensada para meninos com necessidades especiais, a roupa da SensorialFIT pode ser usada por todas as crianças. Elas agradecem.

Veja a entrevista aqui

Também estão no Facebook https://www.facebook.com/sensorialFIT

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

O menino de Deus

"Sinto que tenho de dizer ao mundo que, na verdade, os olhos veem, os ouvidos ouvem e o coração sente."
O João Carlos é um menino com autismo que, para surpresa de muitos, incluindo familiares e terapeutas, comunica recorrendo à escrita. Fá-lo sempre com papel e lápis, e com a ajuda da mãe que lhe ampara o braço.
Poderão adquirir o livro aqui.
Também está disponível nas livrarias. Apenas em Portugal.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Birras: como atuar

 

Comunicar o que se quer de uma maneira calma e clara é uma qualidade social importante, especialmente nas relações com a família, com os amigos, na escola, no trabalho, etc.

1. É apenas comunicação: Lembre-se que quando o seu filho chora ou faz birra está, pura e simplesmente, a usar isto como uma ferramenta para lhe dar a entender que quer que algo aconteça (por exemplo: lhe dê uma bolacha, um vídeo, ir dar uma volta de carro, etc.) ou que algo deixe de acontecer (por exemplo: ser retirado de um local demasiado estimulante; fazer com que outros, que estão a interferir com a sua estereotipia, deixem de interromper a sua actividade, etc.)

2. Não pareça uma árvore de natal toda iluminada! Se ficar aflito e correr a dar ao seu filho o que ele quer quando ele chora ou faz uma birra, está a ensinar-lhe que essa é a melhor maneira de ele conseguir o que quer. Este tipo de reacção é parecido com o acender as luzes de uma árvore de natal, é exuberante, luminoso e fácil de recordar! Esse comportamento mostra-lhe que o facto de ele chorar e fazer birra é muito importante para si, que você “para e ouve-o”, correndo rapidamente a ir buscar o que ele quer. O seu filho perceberá rapidamente que essa é a maneira de comunicar quando a sua vontade não é imediatamente satisfeita ou que, aparentemente, não vai obter o que quer.

3. Atitude: Mantenha-se o mais calma e mais à-vontade possível. A aflição funciona como a energia que a pode iluminar que nem uma árvore de natal fazendo com que se movimente mais depressa o que vem reforçar a ideia para o seu filho de que chorar e fazer birra é a maneira mais eficaz de obter o que quer. Reconheça que é maravilhoso o seu filho ter essa motivação e determinação e que pode ajudá-lo a utilizar essas mesmas qualidades para falar, interagir e socializar mais.

4. Mexa-se devagar e mantenha a calma: em vez de parecer uma árvore de natal, aflita e a mexer-se rapidamente, aja como uma pessoa a andar na lua. Movimente-se devagar e fale com calma ao ajudar o seu filho a obter o que quer. Se ainda não for uma criança verbal, apresente-lhe alternativas e só ao fim da terceira ou quarta alternativa é que lhe dá o que pensa ser o que ele quer. Se for verbal, diga-lhe que não consegue perceber porque ele está a chorar e que, se falasse em vez de chorar, podia ajudá-lo mais rapidamente.

5. Não ceda - Apresente alternativas: a criança pode estar a chorar ou a fazer birra por ter decidido não lhe dar uma determinada coisa (mais bolachas; não o deixar sair por estar a chover; usar o computador ou ver TV, etc.). Nesta situação, deve mais uma vez manter a calma e não se apressar, explicando-lhe que mesmo que chore ou faça birra não vai conseguir obter o que quer. Explique isto de uma maneira suave e simpática e não zangada e frustrada. Apresente-lhe calmamente alternativas (por exemplo, ofereça-lhe um bocado de fruta ou um bolo de arroz em vez de uma bolacha, etc.). Se a criança continuar a chorar, diga-lhe que não faz mal se quiser continuar a chorar e depois vá fazer outra coisa qualquer (ler um livro, lavar a louça, etc.) e deixe-a a chorar, sempre de olho nela para garantir que não se magoa nem a ninguém que esteja por perto(irmãos, por exemplo). Lembre-se que o seu filho não é frágil, aguenta bem quando não consegue algo que quer. Além do mais, você também não é frágil, consegue aguentar vê-lo chorar e gritar.

6. Celebre quando consegue obter o que queria: se o seu filho não chora nem faz birra quando você não lhe dá o que ele quer, celebre esse facto, dizendo-lhe como é maravilhoso ele estar calmo e sem problemas.

Não se esqueça que estas ideias são apenas linhas de orientação e, ao aplicá-las, use sempre o bom senso (por exemplo, se o seu filho se magoar e chorar, é evidente que deve apressar-se a ajudá-lo).

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Guia de orientações ao professor para lidar com criança autista


Ser sociável

Um tema específico que é muitas vezes discutido é o ensino de “por favor” e “obrigado/a”, dizer “olá” à tia Maria quando ela está de visita, etc. – essencialmente a polidez da interacção social. Sim, é importante quando há interacção, porém não tão importante como ajudar as crianças com Autismo de Alto Funcionamento ou Asperger a aprenderem a ser mais flexíveis, espontâneas e usufruírem mais profundamente da interacção social com todos os indivíduos com quem se encontram ao longo do dia.

Por isso, quando estão a trabalhar com o vosso filho/criança, ponham em primeiro lugar ajudá-los a serem sociáveis, a gostarem de interagir com outros, a serem flexíveis e espontâneos, etc. Isto pode significar que o vosso filho, à medida que desenvolve as suas capacidades sociais, se torne também num Príncipe ou numa Princesa! Uma vez que estejam neste ponto, então podem poli-los socialmente orientando-os a dizer “por favor” e “obrigado”, a abrir as portas a terceiros, etc.

Mantenham-se focados no que é mais importante – ajudar o vosso filho/criança a adorar interagir com os outros – mãe, pai, irmãos, colegas, professores, etc.

sábado, 20 de setembro de 2014

5 Razões Pelas Quais as Mães de Crianças com Autismo São Fantásticas!


As palavras que mudam a sua vida… “O seu filho tem autismo”. Elas ligam mães de uma forma que outras pessoas não conseguem entender. Devido ao facto do autismo atravessar todas as fronteiras sociais, económicas e culturais, as mães de crianças autistas vêm de todos os paises do mundo e de todos os percursos de vida. Conheci mães no Facebook, em reuniões de apoio ao autismo e na escola. Algumas são conhecidas, e outras sinto-me honrada de lhes chamar grandes amigas. Sou atingida pelo amor que elas têm pelos seus filhos e famílias, e sou continuamente inspirada por elas.

Desde organizarem grupos de apoio a advogar em  nome das nossas crianças, estas mulheres são apaixonadas, destimidas e uma força a ser reconhecida. Quando olho para mães de crianças autistas eu sei, é fácil ver semelhanças, apesar das suas várias diferenças. Então minhas Companheiras Mães de Crianças Autistas, aqui fica o meu top 5 de razões pelas quais  somos fantásticas:

1.Temos garra
Na vida, não existe mulher mais forte do que aquela que aparece para proteger a sua criança. Seja cuidados de saúde ou educação, as mães de crianças autistas são super conscientes daquilo que está a acontecer com a sua criança, seja bom ou mau. Elas são apaixonadas por ajudarem as suas crianças e por se apoiarem umas às outras. Estas “mães guerreiras”, como muitas foram chamadas, lutam por serviços, pelos direitos das suas crianças receberem uma educação adequada e terem a liberdade de tomarem decisões de saúde para as suas famílias. Elas procuram factos, a verdade e desafiam regularmente o status quo
Sentem-se numa mesa com mães de crianças autistas, e vão ouvi-las contar histórias de guerra. Nós podemos entrar em batalhas sozinhas, mas sabemos que há uma mãe algures que passou pelo mesmo e nos pode ajudar e apoiar. Através das suas vozes e conversas, vão ouvir a devoção imparavável para com as suas crianças e famílias. Estas mamãs com garra não aceitarão nem devem aceitar nada de ânimo leve no que toca ao bem-estar das  suas crianças.
Então, quer concorde ou discorde sobre um tema particular com uma mãe de uma criança autista, eu dou-lhe o meu respeito. Ela trava as suas próprias batalhas. Ela vive a sua vida. Ela protege as suas crianças e a sua família. Chamem-lhe força. Chamem-lhe o que quiserem. Mas nunca substimen uma mãe de uma criança com autismo.  Nós nunca deixamos as nossas crianças desprotegidas.

2. Temos força dentro de nós
Enquanto as mães de crianças autistas se focam, muitas vezes, em como o autismo mudou as suas vidas, reconhecemos rapidamente a força que este caminho nos deu. Dito isto, não sei se concordo com a seguinte frase, “ O que não nos mata torna-nos mais fortes”. Sim, às vezes, o autismo torna as mães em pessoas mais fortes. Mas também pode fazer uma mãe sentir-se muito em baixo. O autismo tem uma forma de endurecer até as mães mais macias . Nós vivemos uma vida cheia de stress, muitas vezes num estado de “fugir ou lutar”. Mas, independentemente das emoções com que têm de lidar, as mães de crianças autistas aprendem a fazê-lo juntas e a tornarem-se mais fortes,  porque isso é o que a criança precisa que nós sejamos.
As mães de crianças autistas sabem que haverão muitas batalhas pelo caminho... com escolas, médicos, companhias de seguros, o governo, a intolerância, etc. Nunca sabemos quem poderá, directa ou indirectamente, atacar a nossa criança  ou tentar magoá-la. Como soldado de batalha cansado lançamos as nossas barreiras emocionais para nos protegermos da dor. Nós usamos o nosso escudo sem nunca saber que inimigo pode atacar amanhã. E mesmo quando ganhamos uma pequena batalha, tal como ter uma reunião fantástica, nós sabemos que a guerra não acabou. Então aproveitamos o nosso tempo com as nossas familias e amigos, mas as guardas que nós construímos à nossa volta nunca recuam verdadeiramente. Porque sabemos que, a qualquer momento, o sapato pode cair de novo e estamos de volta à batalha, mais uma vez. É por isto que as mães de crianças autistas são muitas vezes, das mulheres mais fortes que conheço.

3. Somos Super Inteligentes
Uma vez que recebem o diagnóstico, cedo reparam que têm de ser gestoras, doutoras, advogadas e professoras, tudo numa só. Posso estar a exagerar um pouco, mas há alguma verdade na minha frase. As mães de crianças com autismo fazem muitas vezes a coordenação da equipa da criança e tomam decisões importantes diariamente.
Muitas mães são forçadas a aprender não apenas o que o autismo significa para a sua criança, mas também passam horas a ler as últimas investigações sobre o autismo. Se é suposto concordarmos com as recomendações físicas, devemos aprender sobre esses aspectos que que dizem respeito aos nossos filhos. Sentam-se num grupo de apoio a ouvir discussões sobre tratamentos biomédicos e intervenções, problemas de sono, problemas de motricidade fina, sensorial, curriculum de capacidades sociais, etc.
Quando a vossa criança entra no sistema escolar, as mães de crianças autistas tornam-se muito conscientes de precisam de começar a aprender sobre as leis que governam os sistemas educacionais. Se os pais querem assegurar que as suas crianças têm uma educação pública apropriada, aprender as bases da lei da educação especial e de como isso afecta as suas crianças é o melhor. Algumas destas “mães-advogadas” que conheci podem estar cara-a-cara com o melhor administrador de educação especial e encontrar um educação que seja completamente adequada à sua criança. E quando as mães de crianças com autismo não sabem o que fazer, sabem que outras mães as poderão ajudar a encontrar uma solução.
Educadas. Persistentes. Inteligentes. As mães de crianças com autismo não têm a lúxuria de ser nada menos que isso. E, continuo a maravilhar-me com estas mães, que fazem tudo para ajudarem as suas crianças.

4. Nunca Tomamos nada como Garantido
A capacidade de comunicar, andar de bicicleta, dançar, comer o que se quer ou ter uma amizade. São tudo marcos e actividades que muitos pais têm como garantido. Ainda assim, pais de crianças com autismo não têm esse privilégio. Talvez a criança ande de bicicleta sozinha, ou talvez não. Com intervenção poderá aprender a criar e manter uma amizade. Ou talvez a criança não tenha amigos e nós vamos lutar para ajudar a nossas criança em relação à capacidades sociais e amizades. Qualquer que seja o marco, pequeno ou minimo, as mães não tomam as pequenas coisas como garantidas.
Durante a vida das nossas crianças, os marcos alcançados tornam-se milagres a celebrar e não apenas registos na lista do médico. As mães de crianças com autismo levam um dia de cada vez e emocionam-se com coisas que para os outros parecem fáceis de alcançar. Eu lembro-me de dizer à minha própria mãe, “Eu gostava que ele dissesse ‘mamã’”. Tão básica a necessidade de comunicar, mas às vezes tão remota que só conseguimos ver um pouquinho dela. E agora que o meu filho consegue dizer “mamã” várias vezes ao dia, eu sei o quão abençoado o meu filho é por ser capaz de fazer que todos os dias as pessoas vêem como garantido.
Apreciação. Gratidão. Agradecimento. Na verdade nenhuma destas palavras consegue expressar o sentimento de alegria que sentimos quando os nossos filhos atingem os seus objectivos. E, talvez, isso seja a razão pela qual as mães de crianças com autismo não precisam que lhes digam para abrandarem e apreciarem as coisas. Elas vivem o autismo e nunca esquecem que não podem ter as coisas como  garantidas, elas aprendem lições diárias com os seus filhos.

5. Não temos barreiras no que toca ao Amor
As mães de crianças com autismo amam as suas crianças além das palavras. Ouvirão várias vezes mães dizerem que ainda que não gostem do autismo, amam as suas crianças. E é verdade. Não importa os comportamentos ou dificuldades, estas mulheres expressam abertamente o seu amor profundo de serem mães e o quanto amam a sua criança com autismo.
As mães de crianças autistas muitas vezes passam por grandes sacrificios emocionais e financeiros para poderem ajudar os seus filhos a fazerem progressos. Sabemos que não há muito espaço para erros. As nossas crianças estão já a começar em desvantagem, por isso muitas vezes sentimos uma necessidade esmagadora de conseguir fazer tudo bem à primeira tentativa.
As mães de crianças autistas sabem aceitar as suas crianças por aquilo que elas são sem nunca parar de ajudá-las a atingir os seus objectivos. O amor é verdadeiramente paciente e carinhoso e não há barreiras ou condições.
Amor é...criar uma criança com autismo.

Mães com uma Causa
O mais engraçado em relação a este artigo é que foi feito especialmente para o dia da Mãe. Mas tipicamente, o mês de Maio é recheado com o fim das actividades anuais dos meu filhos... então não consegui fazê-lo a tempo. E enquanto este tributo às mães de crianças autistas está uns meses atrasado, estas mães deveriam saber o quão especial são durante todo o ano.
Muitas mães de crianças autistas enfrentam desafios todos os meses com graça e apoiam-se umas às outras de um forma que eu nunca tinha visto. Quando uma de nós cai, como às vezes acontece,  estas mulheres estão aí para pegar em cada uma de nós, abanar-nos e colocar-nos de novo no nosso caminho. Não há forma de descrever esta irmandade de autismo, mas sinto que nós estamos todas mudadas pelo diagnóstico. Estamos melhor? Talvez sim, talvez não... dependendo do dia ou da pessoa com quem falamos. Às vezes somos fortes. Às vezes quebramos. Somos lutadoras e protectoras das nossas famílias e crianças.

Resumindo, as mães de crianças com autismo inspiram-me a ser uma pessoa melhor… a tentar fazer do mundo um lugar melhor para as nossas crianças. A continuar a lutar. A ultrapassar mais um dia, mês, ano. Sempre que me sinto um pouco triste, facilmente encontro outra mãe a criar uma criança autista que me consegue mostrar a “força”. Ela consegue mostrar-me o caminho para me ajudar a travar mais uma batalha. Ela consegue levantar o meu espírito e mostrar-me a compreensão que apenas uma mãe de uma criança autista consegue. Sim, elas são, de facto, fantásticas!

 As palavras que mudam a sua vida… “O seu filho tem autismo”. Escrito por Kymberly Grosso em Autism in Real Life

*Setembro pode ser um mês dificil para pais de crianças que têm autismo e estão a começar a escola... Então, se conhece uma mãe de criança autista com a qual se preocupa, passe-lhe este artigo para relembrá-la do quanto ela é especial! Não precisa de ser Maio para celebrar o facto ser ser Mãe.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Subsídio para Alunos de Educação Especial 2014/2015


A Segurança Social publicou recentemente um aviso sobre o Subsídio para Alunos de Educação Especial dando a indicação de que já é possível requerer o referido apoio.
Estão disponíveis os impressos de requisição do subsídio e de apresentação da declaração médica bem como indicações úteis sobre como atuar para completar o processo de requisição de acordo com cada grupo etário do jovem envolvido.
Reproduzimos em baixo a informação apresentada para maior comodidade dos nossos leitores:

         Subsídio por Frequência de Estabelecimento de Educação Especial

Formulário de requerimento para o ano letivo 2014/2015

Os formulários para requerimento do Subsidio por Frequência de Estabelecimento de Educação Especial, para o ano letivo 2014/2015, já se encontram disponíveis no Portal da Segurança Social:

Onde são entregues os requerimentos com a declaração médica:

Crianças dos 0 aos 6 anos
Nas Equipas Locais de Intervenção do Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância.
Os contactos podem ser obtidos no microsite do Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância selecionando a opção “Rede de Serviços”.
Nos concelhos sem cobertura da Rede de Serviços do Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância, os requerimentos devem ser entregues nos Serviços da Segurança Social, exceto nos casos de crianças dos 3 aos 6 anos, que frequentem estabelecimentos de educação pré-escolar da rede pública.
Nestes casos, crianças dos 3 aos 6 anos que frequentem estabelecimentos de educação pré-escolar da rede pública, os requerimentos devem ser apresentados no respetivo agrupamento escolar.
  
Crianças e Jovens dos 6 aos 18 anos
No respetivo agrupamento escolar.
  
Jovens dos 18 aos 24 anos
Nos Serviços da Segurança Social.

sábado, 9 de agosto de 2014

Como modificar aulas para alunos com autismo

Alunos autistas geralmente possuem uma linguagem limitada e habilidades sociais pobres. Eles também apresentam comportamentos inapropriados e repetitivos, resistem à mudança, e dão reações extremas a estímulos sensoriais. Se esses alunos estiverem incluídos na sala de aula, os professores precisarão modificar suas instruções, conteúdo da lição e estrutura da sala de aula. Todos os alunos se beneficiarão de algumas dessas modificações, assim como do contato deles com alunos de capacidades diferentes.
   
Do que precisa:
  • Figuras de itens relevantes às aulas
  • Pequenos itens para os alunos manipularem
  • Adesivos, símbolos e outros itens desejados pelo aluno

Instruções:



  1. Construa sobre os pontos fortes e interesses do aluno. Se a aula for sobre pessoas famosas dos anos 90, e um aluno autista na classe for interessado em aviões, peça ao aluno para falar sobre Lindbergh. Se ele tiver habilidades de linguagem limitadas, mas excelente habilidade para trabalhos manuais com madeira, peça-o para construir um modelo do Spirit of St. Louis.

  2. Consiga a atenção da criança antes de falar com ela. Use uma linguagem simples e direta, ao invés de expressões e linguagem figurativa. Se a aula for sobre um poema ou outro trabalho com conteúdo essencial não-literal, faça o seguinte: dê ao aluno uma lista de formas não-literais com seus significados literais; peça a outro aluno ou auxilie na explicação de cada forma não-literal ao aluno; ou discuta cada uma das formas não-literais e seus significados em aula.

  3. Avise os alunos sobre quaisquer transições por vir. Por exemplo, avise-os que a aula está para acabar com 5 ou 10 minutos de antecedência. Designe alguém para ajudar o aluno no começo de uma atividade nova ou inesperada, como um alarme de incêndio.

  4. Use auxílios visuais para instruir, organizar, instigar e motivar o aluno autista. Os alunos podem precisar de objetos manipulatórios para completar problemas de matemática, como quantas maçãs sobram se você tiver 10 e comer 6. Use adesivos ou desenhos simples para representar cada aula no horário do aluno. Descreva como completar tarefas complexas - como encontrar um livro na biblioteca ou um programa em um computador - listando e ilustrando os passos necessários. Professores também podem motivar os alunos representando o objetivo da aula de maneira relevante e desejada - por exemplo, usando a foto de um carro para representar problemas matemáticos envolvendo quilômetros por litro. Gradualmente, elimine esses estímulos visuais conforme os alunos melhoram.

  5. Alunos autistas podem requerer um tempo maior para completar uma tarefa. Regule o tempo das suas aulas para que os alunos não se apressem.

  6. Reaja constantemente ao comportamento do aluno com reforço positivo pelo comportamento adequado. Negue reforços positivos para comportamento inadequado. Reforços incluem adesivos, fichas, louvor e tempo envolvido em uma atividade. Reforços positivos devem ser dados após a conclusão de uma tarefa difícil e após a conclusão de cada etapa de um processo complexo. Reforços devem ser negados consistentemente para acessos de raiva, extensos devaneios e outras atividades inadequadas.

    Escrito por jo pick | Traduzido por ana carolina cardoso bedenik

domingo, 3 de agosto de 2014

Campos de férias


Os pais queixam-se de não terem respostas para os seus filhos quando estes têm necessidades educativas especiais.
Esta é uma questão que "num plano de direitos humanos e do ponto de vista social e cultural já não é aceitável”, diz Sara Martins, membro da direcção da Dar Resposta e mãe do Guilherme, um jovem de 13 anos com autismo. Embora a oferta para os tempos livres dos mais novos cresça, as férias das crianças com necessidades educativas especiais (NEE) continuam a ser uma realidade à parte. E o problema é "essencialmente cultural", reforça a mãe.
“Há pessoas que acham que entre as necessidades especiais não constam os campos de férias”, diz o psicólogo e docente do IPSA- Instituto Universitário José Morgado, já com experiência de 40 anos em educação inclusiva. Ponto com o qual Sara Martins concorda relembrando que actualmente se assiste “a uma falta de consciencialização de que estas crianças e jovens têm o mesmo direito que os outros a aceder a este tipo de pedidos”, para além do facto de que problemas logísticos nas férias todos os pais têm.
Então, por que têm de perguntar os pais destas crianças se aceitam os seus filhos quando nenhum outro pai o tem de fazer? “A dificuldade da inclusão numa actividade de Verão é proporcionalmente directa à dificuldade que nós, pais, vivemos no reivindicar e fazer valer a inclusão dos nossos filhos noutros contextos”, como por exemplo, na escola, explica Sara Martins.

Armazéns sem inclusão

Ainda assim, David Rodrigues, docente na Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa e presidente da Pró-Inclusão – Associação Nacional de Docentes de Educação Especial, relembra que a organização de actividades por parte de associações que lidem com a deficiência é a “comprovação da dificuldade que os pais têm em colocar os filhos em contextos inclusivos”. E esta oferta é a solução que estas entidades encontram para aliviar os pais, acabando por ser, muitas vezes, as únicas hipóteses que têm.
Contudo, chegadas as férias, as famílias continuam a perguntar às organizações das actividades e campos de férias se aceitam os seus filhos e a resposta continua a ser um redondo “não”. Grande parte desta não-aceitação deve-se ao facto de as entidades pensarem tanto numa readaptação do seu plano de actividades como na inclusão de exercícios terapêuticos. E, no exacto momento em que estas mudanças são feitas, a actividade deixa de ser inclusiva.
Poderá ser necessária uma mudança de pensamento, que actualmente já é visível em algumas iniciativas. O jovem Guilherme já esteve num campo de férias onde fez canoagem, slide, rappel e outras actividades. "Se calhar não fez a quantidade de vezes que os outros fizeram, mas houve o cuidado de criar o ambiente propício para que experimentasse. A adequação muitas vezes passa por isto, não passa por ter actividades diferentes”, conta a mãe Sara Martins, dizendo ainda que não se pode esperar que as crianças, com ou sem necessidades especiais, experienciem as actividades da mesma forma.
Vera Fernandes, membro da administração da sede da UPAJE- União para a Acção Cultural e Juvenil Educativa, menciona que nos campos de férias por eles organizados, sempre que possível, estas crianças fazem as mesmas actividades que todas as outras. “Claro que com um maior número de adultos a apoiar as crianças”, acrescenta.

 Por Patrícia Pinto da Silva em  Público,pt

sábado, 2 de agosto de 2014

Meu filho, meu mundo




A fantástica e inspiradora vida de Samahria e Bears Kaufman com a primeira criança recuperada pelo The Son-Rise Program,Raun K. Kaufman

Comportamentos indesejados: como agir

O seu filho gosta de morder ou bater? Veja como a Kate e o Gert nos dão estratégias para melhorar as nossas abordagens no playroom com os nossos filhos!

Jogos para as férias em família

"Na mãozinha esquerda, aquela que está mais perto do coração, brilhava o arco-íris como a querer lembrar que o Menino, cada Menino, é, e tem dentro de si, um tesouro especial e único."
Graça Gonçalves



GOSTARzinho é um jogo de tabuleiro, onde, pelo caminho da afetividade, são abordadas as seguintes áreas: Autoconhecimento, Autoestima e Autoconfiança; Comunicação, Família, Grupo e Amizade; Criatividade, Imaginação e Brincadeira; Emoções e Sentimentos; Decisões, Escolhas e Resolução de Conflitos.
Neste jogo pretende-se, de uma maneira saudável e divertida, ajudar a preparar os caminhos que serão determinantes, na idade das escolhas e decisões, para prevenir os comportamentos de risco. (A partir dos 6 anos)

RECOMENDAÇÕES
Núcleo de Psicologia do Desenvolvimento da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra;
Programa de Promoção e Educação para a Saúde.


À venda aqui