quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
A todos um bom Natal
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Carta a todos os pais do mundo
• Não me dês tudo o que te peço. Às vezes peço apenas para saber qual é o máximo que consigo obter.
• Não me grites. Respeito-te menos quando fazes isso; e ensinas-me a gritar também. E eu não quero fazê-lo.
• Não me dês sempre ordens. Se em vez de dares ordens, as vezes me pedisses as coisas com um sorriso, eu faria tudo mais depressa e com mais gosto.
• Cumpre as promessas, boas ou más. Se me prometeres um prémio, dá-o; mas faz o mesmo se for um castigo.
• Não me compares com ninguém, especialmente com o meu irmão ou a minha irmã. Se me fizeres sentir melhor que os outros, alguém irá sofrer; e se me fizeres sentir pior que os outros, serei eu a sofrer.
• Não mudes frequentemente de opinião acerca daquilo que devo fazer. Decide, e depois mantém essa decisão.
• Deixa-me desembaraçar sozinho. Se fizeres tudo por mim, eu nunca poderei aprender.
• Não digas mentiras à minha frente, nem me peças que as diga por ti, mesmo que seja para te livrar de um sarilho. Fazes com que me sinta mal e perca a fé naquilo que me dizes.
• Quando eu fizer alguma coisa mal, não me exijas que te diga a razão porque o fiz. Às vezes, nem eu mesmo sei.
• Quando estiveres errado em algo, admite-o e será melhor a opinião que eu terei de ti. Assim, ensinar-me-ás a admitir os meus erros também.
• Trata-me com a mesma amabilidade e cordialidade com que tratas os teus amigos. Lá por sermos família, não quer dizer que não possamos também ser amigos.
• Não me digas para fazer uma coisa que tu não fazes. Eu aprenderei aquilo que tu fizeres, ainda que não me digas para fazer o mesmo: mas nunca farei o que tu me aconselhas e não fazes.
• Quando te contar um problema meu, não me digas “não tenho tempo para tolices”, ou “isso não tem importância”. Tenta compreender-me e ajudar-me.
• E gosta de mim. E diz-me que gostas de mim. Agrada-me ouvir-te dizer isso, mesmo que tu não aches necessário dizê-lo.
(Autor desconhecido)
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Pelo Natal, agradecer
Não fizemos, na nossa salinha, cartões de Natal para ninguém. No entanto achámos que este era o momento de agradecer às nossas professoras por tanto que fazem ao ajudarem-nos a ultrapassar as nossas dificuldades. Então decidimos oferecer-lhes um postalinho. Pintámos com esponja que molhámos em várias cores uma cartolina branca. Uma das nossas professoras imprimiu uma fotografia nossa onde escreveu uma frase que dizia assim: Obrigada por seres minha amiga e me dares atenção, por me ensinares e me dares a mão!
Colámos a fotografia na pintura que fizemos e depois agrafámos um lacinho.
Quando oferecemos à nossa professora do regular, ela ficou muito contente e deu-nos um abracinho!
Nós também achámos que ficou uma prenda muito bonita. Mas elas mereciam!
Colámos a fotografia na pintura que fizemos e depois agrafámos um lacinho.
Quando oferecemos à nossa professora do regular, ela ficou muito contente e deu-nos um abracinho!
Nós também achámos que ficou uma prenda muito bonita. Mas elas mereciam!
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Um dia na nossa Unidade
Eu gosto muito de fazer este jogo com letras. Já sei quase o nome de todas elas. A minha educadora vai-me dizendo nomes que posso fazer com elas e eu tento repetir. Depois encaixo as letras no sítio certo.
Depois das tarefas todas feitas está na hora de brincar. Hoje apeteceu-me telefonar ao pai. Não deve estar, não responde. Vou esperar mais um bocado. Até amanhã!
Outros espaços a visitar
Porque é importante visitar outros espaços, onde se divulgam e aprendem muitas coisas sobre este mundo imenso que é o autismo, recomendamos uma viagem ao Incluso . Percam o tempo que quiserem. Não o considerarão perdido. Voltarão com toda a certeza para outras viagens, a outros temas. É o que nós fazemos de vez em quando.
Cautela, pais!
Existem muitas e diferentes terapias às quais os pais podem e têm vindo a recorrer para dar resposta às necessidades dos seus filhos com autismo. Embora não exista uma terapia que seja a indicada para todos os casos, os especialistas estão de acordo em três aspectos, nomeadamente:
(1) A intervenção deve começar o mais cedo possível;
(2) A intervenção deve ser adaptada às necessidades específicas de cada criança e família;
(3) A intervenção deve ser reavaliada à medida que a criança se vai desenvolvendo.
Embora a investigação na área do autismo esteja em plena ascensão, existem muitas vertentes por explorar, estudos por confirmar, produtos e terapias a testar os seus resultados.
Todavia, existem metodologias de intervenção, nomeadamente, SON-RISE, ABA, TEACCH, DIR, Floor-time, Relation Play …, que são do conhecimento dos técnicos que intervêm nas pessoas com Autismo. Estas metodologias deverão ser utilizadas de forma articulada e conjugadas de acordo com as características e potencial de cada criança, jovem ou adulto, em cada fase do desenvolvimento. Daí ser importantíssima a avaliação interdisciplinar, a fim de se aferir quais as estratégias de cada método que melhor resultarão em determinada fase.
Os pais, com toda a legitimidade, estão em constante alerta, sempre dispostos a pôr à prova cada nova esperança.
No entanto, devem ser cautelosos!
É importante que os pais sejam meticulosos na avaliação de cada nova terapia e que existam evidências científicas acerca das mesmas.
Por outro lado, é imprescindível que os pais partilhem a informação com os médicos e terapeutas que acompanham o seu filho para que estes possam ajudá-los a ponderar se aquela terapia é pertinente e conciliável com as terapias que a criança já usufrui.
Frequentemente, têm surgido alguns produtos potencialmente perigosos, sem certificação e controlo. A Internet parece ser o meio mais eficaz para fazer chegar a informação aos pais que, desesperados, não olharão a meios para ajudar os seus filhos com autismo. No entanto, sem plena consciência disso, poderão estar a pôr em risco a saúde e o desenvolvimento dos seus filhos.
Sejam cautelosos! Partilhem e comprovem cada nova informação. A intervenção em equipa é fundamental para o desenvolvimento harmonioso dos vossos filhos!
Contactem a AMA, exponham as vossas esperanças e esclarecem as vossas dúvidas.
Este artigo foi elaborado pela Drª Cristina Nunes (Psicóloga, AMA) e retirado do site da AMA
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Um filme
O filme Amargo Pesadelo estava a ser rodado no interior dos Estados Unidos.
O director fez uma locação a um posto de gasolina nos confins do mundo, onde aconteceria uma cena entre vários actores contracenando com o proprietário do posto onde ele também morava com sua mulher e filho. Este último, autista, nunca saía do terreno da casa.
A equipa parou no posto de gasolina para abastecer e aconteceu a cena mais marcante que o director teve a felicidade de encaixar no filme.
Num dos cortes para refazer a cena do abastecimento, um dos actores que sendo músico andava sempre acompanhado do seu instrumento de cordas aproveitando o intervalo da gravação e já tendo percebido a presença de um garoto que dedilhava um banjo na varanda da casa aproximou-se e começou a repetir a sequência musical do garoto.
Como houve uma 'resposta musical" por parte do garoto, o director captou a importância da cena e mandou filmar.
A equipa parou no posto de gasolina para abastecer e aconteceu a cena mais marcante que o director teve a felicidade de encaixar no filme.
Num dos cortes para refazer a cena do abastecimento, um dos actores que sendo músico andava sempre acompanhado do seu instrumento de cordas aproveitando o intervalo da gravação e já tendo percebido a presença de um garoto que dedilhava um banjo na varanda da casa aproximou-se e começou a repetir a sequência musical do garoto.
Como houve uma 'resposta musical" por parte do garoto, o director captou a importância da cena e mandou filmar.
O restante vocês verão no vídeo.
Atentem para alguns detalhes:
- O garoto é verdadeiramente um autista;
- Ele não estava nos planos do filme;
- A alegria do pai curtindo o duelo dos banjos... dançando
- A felicidade da mãe captada numa janela da casa;
- A reacção autêntica de um autista quando o actor músico quer cumprimentá-lo.
Vale a pena o duelo, a beleza do momento e, mais que tudo, a alegria do garoto.
A sua expressão. No início está distante, mas, à medida que toca o seu banjo, ele cresce com a música e vai se deixando levar por ela, até transformar a sua expressão num sorriso contagiante, transmitindo a todos a sua alegria.
A alegria de um autista, que é resgatada por alguns momentos, graças a um violão forasteiro.
Atentem para alguns detalhes:
- O garoto é verdadeiramente um autista;
- Ele não estava nos planos do filme;
- A alegria do pai curtindo o duelo dos banjos... dançando
- A felicidade da mãe captada numa janela da casa;
- A reacção autêntica de um autista quando o actor músico quer cumprimentá-lo.
Vale a pena o duelo, a beleza do momento e, mais que tudo, a alegria do garoto.
A sua expressão. No início está distante, mas, à medida que toca o seu banjo, ele cresce com a música e vai se deixando levar por ela, até transformar a sua expressão num sorriso contagiante, transmitindo a todos a sua alegria.
A alegria de um autista, que é resgatada por alguns momentos, graças a um violão forasteiro.
O garoto brilha, cresce e exibe o sorriso preso nas dobras da sua deficiência, que a magia da música traz à superfície.
Depois, ele volta para dentro de si, deixando a sua parcela de beleza eternizada "por acaso" no filme "Amargo Pesadelo" (Ano: 1972).
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Terapia precoce pode ajudar a prevenir autismo
"No fundo, o que podemos fazer é evitar que uma certa proporção de autismo ocorra," explica David Mandell, director adjunto do Centro de Pesquisas de Autismo do Hospital Pediátrico da Filadélfia.
"Eu não estou dizendo que estas crianças estão sendo curadas, mas podemos estar alterando suas trajectórias de desenvolvimento ao intervir precocemente, para que elas nunca sigam o caminho que leve à síndrome.
É impossível conseguir isso se ficarmos esperando o completo surgimento da doença." Sally Rogers, a cientista do Instituto MIND que acompanha a família Aguilar, conta que já enfrentou muitos desafios na adaptação da terapia de crianças de mais de um ano para os bebés. Mesmo os bebés com desenvolvimento normal para a idade ainda não podem falar ou gesticular, muito menos fingir. Em vez disso, Rogers pede que os pais prestem atenção no balbuciar e nas interacções sociais simples que ocorrem durante as rotinas normais de alimentar, vestir, dar banho e trocar o bebé. Durante a primeira sessão com Emilio, de 7 meses, Sally demonstrou aos pais Carmen e Saul jogos de esconde-esconde, cócegas e outras brincadeiras de interacção com pessoas. Ela falou sobre as 12 semanas seguintes e como eles fariam para que Emilio trocasse sorrisos, atendesse pelo nome e balbuciasse, começando com uma única sílaba ("ma"), depois passando para duas ("gaga") e mais adiante para combinações mais complexas ("maga").
"A maioria dos bebés vem ao mundo com uma espécie de ímã embutido que atrai as pessoas", explica Sally.
"Uma coisa que sabemos sobre o autismo é que ele enfraquece esse ímã. Não é que não se interessem, mas eles têm um pouco menos de atracção pelas pessoas. Então, como podemos aumentar nosso apelo magnético para chamar sua atenção? " A lição número um foi o contacto visual. Sally pediu que os pais se revezassem para brincar com Emilio, incentivando-os a ficar cara a cara com o bebé e permanecer na sua linha de visão. Carmen Aguilar inclinou-se sobre o cobertor azul e sacudiu um brinquedo. "Emilio? Onde está o Emilio? Do outro lado do espelho de duas faces, um pesquisador acompanhava a sessão e um assistente monitorizava três câmaras de vídeo na sala. Sally Ozonoff, que foi a primeira a escolher Emilio para o estudo, parou para observar.
"Ele está olhando apenas para o objeto, embora o rosto de sua mãe esteja a oito centímetros de distância", disse ela. "Ele tem um rosto muito sóbrio e tranquilo". Saul Aguilar foi o próximo a tentar. Ele colocou Emilio em uma cadeira vermelha feita de um saco de sementes e dobrou os lados sobre o bebê.
"Chuá, chuá, chuá!", fez Saul. Nenhuma resposta.
Ele levantou Emilio para cima de sua cabeça e imitou um avião. Emilio olhou para o teto. Então Saul colocou o bebê de volta na cadeira e pegou um lobo de pelúcia. Pôs o lobo sobre a cabeça e deixou-o cair em suas mãos. "Pschooo! Uuooó! Finalmente, Emilio olhou. "Isso foi ótimo", disse Sally Rogers ao pai do bebê. "Você colocou o brinquedo sobre a cabeça e ele foi atraído para o seu rosto. Você usou o brinquedo para melhorar a interacção social. Ao trazê-lo até o seu rosto, Emilio percebe você." Embora as causas do autismo ainda sejam um mistério, os cientistas concordam que existe algum factor genético ou biológico envolvido.
Tratamentos experimentais como o "Infant Start" visam abordar o ambiente social em que o bebê vive, para descobrir se as mudanças em casa podem alterar o desenvolvimento biológico da doença. "As experiências formam os cérebros dos bebês de uma maneira muito física", explica Sally. "As experiências determinam as sinapses; algumas são construídas e outras são dissolvidas." Na teoria, se um bebê prefere objetos em vez de rostos, uma "cascata de desenvolvimento" pode começar: os circuitos cerebrais que nasceram para a leitura facial são usados para outro fim, como o processamento da luz ou de objetos. Assim, os bebês perdem a capacidade de entender os sinais emocionais transmitidos pela observação de expressões faciais. Quanto mais tempo o cérebro de um bebê seguir este curso de desenvolvimento, mais difícil torna-se a intervenção. Entretanto, o esforço de frear o autismo através de intervenções antecipadas apresenta um problema científico.
Como não existe um diagnóstico formal de autismo antes dos 2 anos, é impossível distinguir entre os bebês que são ajudados pela intervenção e os que jamais teriam desenvolvido autismo. Os pesquisadores precisam obter uma série de avanços com bebês como Emilio antes de fazer um estudo aleatório, comparando os bebês que recebem o tratamento com aqueles que não o recebem. Os pais de Emilio estão felizes por seu filho participar da primeira fase do programa piloto.
Eles viram o filho mais velho, Diego, progredir tanto na terapia comportamental entre as idades de 3 e 5, que ficam muito esperançosos com o que poderá acontecer com o mais novo. Saul Aguilar largou o emprego em uma empresa de telecomunicações para cuidar de Emilio e trabalhar em seus objectivos todos os dias. Carmen Aguilar havia deixado seu emprego de assistente social quando o primeiro filho recebeu o diagnóstico. Mas os planos para o futuro tiveram que ser revistos depois da avaliação de 6 meses de Emílio.
"Eu sou a primeira pessoa da minha família a ir para a universidade," diz Carmen Aguilar. "Meu pensamento foi: 'agora já preparei o futuro de meu filho." Mas, depois de saber que Emilio também pode ter autismo, ela diz que "você para de olhar para tão longe no futuro; somos forçados a pensar um dia de cada vez."
fonte
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Sons emitidos pelo bebê podem auxiliar diagnóstico de autismo
Tecnologia para análise vocal distinguiu crianças autistas das normais com 86% de precisão comparando padrões de vocalizações.
Cientistas americanos acreditam ser capazes de distinguir bebês autistas a partir dos sons que eles produzem.
Usando tecnologia para análise das vocalizações emitidas por 232 crianças com idades entre dez meses e quatro anos, os especialistas da University of Kansas identificaram diferenças nos sons emitidos pelas que foram diagnosticadas como sendo autistas.
A tecnologia permitiu diagnósticos corretos em 86% dos casos.
Estudos anteriores indicaram uma associação entre características vocais e autismo, mas, até hoje, o critério voz nunca foi usado no diagnóstico da condição.
O estudo americano foi publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences.
Autismo é o nome dado a um grupo ou "espectro" de condições caracterizadas pela inabilidade de comunicação ou empatia com o outro, falta de traquejo social, traços obsessivos e comportamentos repetitivos.
Os cientistas americanos analisaram quase 1.500 gravações com um dia de duração feitas através de aparelhos fixados nas roupas das crianças.
Mais de três milhões de sons infantis foram usados na pesquisa, diz o estudo.
Os pesquisadores se concentraram em 12 parâmetros específicos associados ao desenvolvimento vocal do bebê.
Entre eles, o mais importante foi a habilidade da criança emitir sílabas bem formadas a partir de rápidos movimentos da mandíbula e língua.
Os especialistas acreditam que esses sons constituem as fundações das palavras.
Nas crianças autistas com até quatro anos de idade, o desenvolvimento nesse parâmetro é mais lento.
"Essa tecnologia poderia ajudar pediatras a fazer testes de autismo para determinar se o bebê deve ser examinado por um especialista para diagnóstico", disse o pesquisador Steven Warren, da University of Kansas, um dos envolvidos no estudo.
Ele explicou que a nova técnica pode identificar sinais de autismo aos 18 meses de idade. Atualmente, a média de idade das crianças diagnosticadas com a condição nos Estados Unidos é 5,7 anos.
E quanto mais cedo é feito o diagnóstico, mais eficazes são os tratamentos, acrescentou o especialista.
Outro ponto forte da tecnologia, ele explica, é que ela se baseia em padrões sonoros ao invés de palavras e pode ser usada para testar crianças de qualquer país.
"Pelo que sabemos, os aspectos físicos da fala humana são os mesmos em todas as pessoas", disse Warren.
retirado daquil
Lápis de cor
Uma sugestão para colorir o tempo em dias de chuva e, para diversificar, vale a pena experimentar uns lápis aguareláveis que dão um resultado simples e bonito. Encontrei por acaso e como o que é bonito e gratuito é para ser partilhado. Segue... :)) Brincadeiras com os filhotes nunca são demais !
Lápis de cor um jogo divertido!
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Um dia diferente
Hoje tivemos um dia cheio de actividades. Para além do habitual decidimos fazer pinturas no cavalete,
descobrir os livros novos que adquirimos para a nossa biblioteca e de seguida...
fomos brincar com os triciclos que os papás nos ofereceram.
descobrir os livros novos que adquirimos para a nossa biblioteca e de seguida...
fomos brincar com os triciclos que os papás nos ofereceram.
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Pesquisa de brasileiros traz esperança para a cura do autismo
Os cientistas testaram um remédio que deixou normal um neurônio de uma criança autista.
O Jornal Nacional noticiou nesta quinta uma descoberta promissora para as pessoas que têm autismo: uma disfunção que afeta a capacidade motora, de comunicação e de relacionamento do ser humano. Nesta sexta, o correspondente Rodrigo Bocardi conversou com o cientista brasileiro que chefiou a pesquisa para saber mais sobre essa descoberta.
A criança não se comunica direito. O convívio com as pessoas é limitado. E quando os pais se dão conta, percebem que o filho é portador de um transtorno neurológico: o autismo.
A doença até hoje se mostrou incurável e fez muitos pais se cobrarem achando que não deram o amor necessário ao filho. De San Diego, na Costa Oeste dos Estados Unidos, o pesquisador Alysson Muotri contesta.
"O estigma não deve existir mais. Não é culpa dos pais. Isso é um problema genético e a gente tem que trabalhar em cima disso".
Alysson chegou a essa conclusão depois de coordenar um estudo com mais dois brasileiros, Cassiano Carromeu e Carol Marchetto, na Universidade da Califórnia.
Para entender o cérebro de um autista, eles coletaram pedaços de pele de quatro crianças com a doença e de cinco sem. No laboratório, separaram as células da pele e as reprogramaram para se tornar neurônios.
Resultado: viram que os núcleos das células de crianças com autismo eram maiores e as ramificações de ligação com outros neurônios eram mais curtas e em menor número do que nas crianças sem o transtorno.
O próximo passo foi tentar resolver os problemas dos neurônios com sinais da doença. Os pesquisadores recorreram a diversos remédios. Um deles funcionou, deixou o neurônio normal. Isso deu esperanças de que o autismo possa ser curado.
Se foi possível alterar uma célula, é possível alterar todos os neurônios do cérebro, dizem os pesquisadores.
A questão é que o remédio foi eficiente para tratar uma célula em laboratório. Em doses maiores traz efeitos colaterais graves.
"O grande desafio agora é fazer uma triagem de novas drogas na esperança de conseguir descobrir um novo remédio que seja menos tóxico e que seja muito mais efeito do que o que a gente tem como prova de princípio hoje. Mas tudo pode acontecer. Pode ser que a gente tenha uma descoberta fenomenal e as coisas acelerem muito mais", finalizou Alysson.
Ver publicação de onde foi retirado.
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Eu e o meu mundo
vídeo retirado do canal SIC
O programa Boa Tarde entrevistou duas mães com filhos diagnosticados com Perturbações do Espectro do Autismo. Vale a pena ouvir.
Poema duma mãe
Se...
Se eu pudesse,
de bom grado me deixaria guiar pela tua mão
nos labirintos misteriosos do teu ser
me fundiria em cada célula tua
e, sangue do meu sangue
iria em busca de te conhecer.
Então,
poderia ver o mundo através dos olhos teus
entender o teu Sol e a tua Lua
descodificar os sons
os cheiros
as sensações
do teu jeito
dentro do teu peito.
Perceber porque
choras sem motivo aparente
o que te leva a sorrir de contente
porque te guardas e escondes
de que te defendes?
é assim tão mau o mundo que te dei?
Sei que
guardas para ti
as palavras
as emoções
os pensamentos
os desejos
as paixões
as frustrações
as ilusões
o conhecimento
o entendimento
e talvez não entendas
porque não te entendemos.
O que é tão óbvio
que não enxergamos?
Queria ouvir-te acordado
sem medo de errar
sem medo de não ser perdoado
Teria o trabalho facilitado.
Assim,
resta-me acompanhar-te
nas lágrimas que não entendo
nos sorrisos
na linguagem do olhar
da cumplicidade
e do amor.
Proteger-te
com a própria vida
se preciso for.
Tentar perceber-te
nos gestos
nas posturas e expressões
acertando o bater dos nossos corações.
Com os meus monólogos
dou-te a conhecer o meu mundo
enquanto o teu
permanece mistério
bem guardado lá no fundo.
Ai, se eu pudesse
ver, tocar o bicho papão
há muito te teria resgatado
para o meu abraço
para este mundo
que para ti não está preparado.
És a minha obra mais completa
mais complexa
mais fascinante e especial
e, não consigo entender
porque a impotência
sempre sobressai no final.
retirado deste blogue
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Autismo em bebês - parte 1 de 2
Um alerta aos pais de bebés e profissionais, feito pela FHEMIG. Vídeo que mostra os subtis sinais do autismo em bebés, muito útil não só para pais de bebés, como também para profissionais que trabalham com crianças -- autistas ou não. Foi produzido pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG) - Hospital João Paulo II - Ambulatório de Transtornos Complexos do Desenvolvimento em Setembro de 2009
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Colóquio Internacional- A Força dos Pais
Em Portugal, é a 1ª vez que se realiza um congresso desta natureza, centrado na perspectiva da pessoa e da família.
Um congresso organizado por pais com a ajuda de técnicos.
É que o tema em debate é a construção de um novo PARADIGMA, a INCLUSÃO social das pessoas com deficiência e a valorização do papel das suas famílias.
A abertura solene do colóquio será feita pela Sr.ª Dr.ª Maria Cavaco Silva.
Faça já a sua inscrição porque a adesão está a ser enorme e no auditório 2 apenas há 300 lugares, depois do que terá de ser aberto o auditório ao lado (com videoconferência) para todos os outros.
Veja aqui o programa
É no site dos pais em rede que pode ver toda a informação e consultar outros acontecimentos. Vá-o visitando. Juntos podemos fazer mais!
Stacey Kramer: O melhor presente ao qual sobrevivi
Stacey Kramer oferece uma emocionante parábola pessoal de 3 minutos que mostra como uma experiência indesejada -- medonha, traumática e dispendiosa -- pode acabar sendo um presente inestimável.
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Vasco - Contar a Cantar (Peixes do Rio e do Mar)
A nossa salinha foi com todos meninos do Jardim de Infância visitar uma exposição itinerante do Oceanário . O Vasco estava à nossa espera para nos ensinar a cuidar do mar e dos peixinhos que lá vivem. Depois ensinou-nos algumas canções. Foi muito divertido . Deixamos aqui esta cantiga para que a aprendam e cantem junto com o Vasco e connosco.
Autismo - um convite à esperança
A criança não balbucia uma palavra, não aponta objetos, não olha nos olhos das pessoas. São sinais típicos do autismo, doença que não tem cura e é vista por muitos como uma sentença definitiva. Veronica Bird, 42 anos, brasileira radicada nos Estados Unidos e mãe de um garoto com o problema, também achava que autismo era o fim de tudo. Não acredita mais nisso — e ninguém acreditaria mesmo, ao ver seu filho Ramsey, 7anos. “Ele vai à escola, tem amigos, faz esportes, é super amoroso”, conta Veronica, ex-atriz que decidiu assumir grandes papéis na vida: cuidar do filho e da Veronica Bird Charitable Foundation, entidade divulgadora do autismo, com escritório também no Brasil, no Rio de Janeiro. Nesta entrevista a CRESCER, ela explica sua visão do problema e conta sua experiência.
Crescer: Quando você soube que seu filho era autista?
Verônica: Quando Ramsey tinha quase 2 anos de idade, de repente, ficou diferente: parou de falar, não olhava para mim, parecia totalmente surdo e batia os bracinhos como se fossem as asinhas de um beija-flor. Levei-o a três pediatras e ninguém descobria o que ele tinha. Um desses médicos, porém, achou que Ramsey tinha uma quantidade de secreção anormal nos ouvidos e por isso não escutava. Receitou para ele um antinflamatório. Depois das primeiras doses, ele disparou a falar. Achei estranho e consultei um médico otorrino, que não encontrou nada no ouvido do meu filho. Aí, fui parar no chefão do setor de pediatria neurológica de um famoso hospital, o Johns Hopkins Medical School. Esse neurologista fez vários exames em Ramsey e diagnosticou o autismo regressivo, uma forma da doença que faz a criança perder habilidades que já tinha. Ele disse que o antinflamatório que Ramsey havia tomado, chamado prednisona, estava em estudos para o tratamento de crianças autistas, que essa droga as fazia falar. O remédio tinha funcionado no meu filho. Como você reagiu à notícia? Chorei muito. Ao mesmo tempo, acho que liguei um piloto automático e comecei a agir. Minha família deu apoio, mas meu marido e a família dele não admitiam o problema. Nos Estados Unidos, tudo que se refere à saúde mental é tabu. As pessoas fazem segredinhos. Eu, ao contrário, decidi aprender tudo sobre autismo e fui constatando que essa doença não é o fim de tudo.
Crescer: Como Ramsey foi tratado?
Verônica: Após o diagnóstico, ele passou a freqüentar uma sala de educação especial com outras crianças autistas. E tomou a prednisona por cinco meses. Começou a falar e a escutar. Melhorava cada vez mais. Era a primeira vez que se usava o remédio numa criança com a idade dele, 2 anos na época. Algumas crianças autistas reagem bem a essa droga, mas ela ainda não foi aprovada para o tratamento da doença. Ninguém sabe por que funciona, e o remédio pode ter efeitos colaterais graves e levar à morte. Jamais deve ser tomado sem indicação médica. O que funcionou mais, o remédioou a educação especial? Provavelmente, a combinação das duas coisas. Com os progressos do meu filho, descobri que o autismo é o resultado de uma desordem neurológica que afeta o desenvolvimento do cérebro. Por exemplo, uma criança de 3 anos aprende automaticamente a falar, comprimentar os outros, ir ao banheiro. Se tem autismo, não aprende assim, porque seu cérebro não está se desenvolvendo como deveria. É essencial que ela tenha uma educação especial intensiva, como o Applied Behavior Analysis (ABA) ou o Lovass. São métodos que induzem a uma forma de comportamento. Quando a criança faz o que se pede, ganha uma recompensa. O ABA é utilizado no Brasil pela Associação de Amigos do Autista (AMA) e pelo Centro de Referência e Apoio às Desordens do Desenvolvimento (CRADD). A criança com autismo precisa aprender tudo desse jeito e pela repetição, nem que seja fazendo cem vezes a mesma coisa. Como está seu filho hoje? Ramsey não precisa mais de tratamento. Tem limitações mínimas, puramente sociais. Por exemplo, tem amigos, mas nunca inicia uma amizade. Só fala do que interessa a ele, pois não percebe que o outro tem interesses. Mas é um garoto feliz, à maneira dele. Faz tudo sozinho. Estuda, lê e resolve cálculos melhor que outras crianças. Ele e meu outro filho, o Ryan, que tem 8 anos, têm uma professora de português. O Ramsey está aprendendo mais rápido, e o Ryan reclamou. Eu disse a ele: “Você faz tanta coisa a mais do que seu irmão. Porque ele não pode fazer também?”. Seu envolvimento com o autismo ajudou seu filho? Foi tão importante quanto o apoio clínico e educacional. E também o fato de o diagnóstico ter sido precoce e ele ter tido acesso a um colégio apropriado já aos 2 anos de idade. Isso é essencial para a criança autista progredir, pois seu cérebro está se desenvolvendo até os 5 anos. Se todas as crianças autistas tivessem essa chance, muitas delas estariam mil vezes melhor. Se vocês conhecessem meu filho, não perceberiam nada. Tecnicamente, não posso dizer que ele está curado, pois o autismo não tem cura. Mas me dêem o nome de dez pediatras para eu levá-lo a uma consulta e, garanto, todos vão dizer que ele não tem nenhum problema.
Filme da vida real
Veronica Bird registrou em vídeo a evolução do tratamento do seu filho Ramsey. A produção deu origem ao filme The different shades of autism(As diferentes formas de autismo),feito para orientar médicos, pais e psicólogos a reconhecer os primeiros sinais da doença. O trabalho foi aprovado pela academia pediátrica norte-americana, ganhou vários prêmios e tornou-se um recurso adicional de ensino nas escolas de medicina. “No Brasil, estou buscando uma parceria com o governo federal para reprodução e distribuição do filme em português. Meu objetivo é que, em menos de um ano, ele esteja nas universidades e bibliotecas, com os pediatras e pais”, diz Veronica.
Para saber mais:
Fundação Veronica Bird, Avenida dasAméricas,700,sala 229,bloco 6,Citta America, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, RJ,CEP 22640-100,(21)3803-8080 /3803-7765 /3803-7145,e-mail vbcf@citta-america.com, http://www.aheadwithautism.com/ (com versão traduzida para o português).
retirado da revista CRESCER
Crescer: Quando você soube que seu filho era autista?
Verônica: Quando Ramsey tinha quase 2 anos de idade, de repente, ficou diferente: parou de falar, não olhava para mim, parecia totalmente surdo e batia os bracinhos como se fossem as asinhas de um beija-flor. Levei-o a três pediatras e ninguém descobria o que ele tinha. Um desses médicos, porém, achou que Ramsey tinha uma quantidade de secreção anormal nos ouvidos e por isso não escutava. Receitou para ele um antinflamatório. Depois das primeiras doses, ele disparou a falar. Achei estranho e consultei um médico otorrino, que não encontrou nada no ouvido do meu filho. Aí, fui parar no chefão do setor de pediatria neurológica de um famoso hospital, o Johns Hopkins Medical School. Esse neurologista fez vários exames em Ramsey e diagnosticou o autismo regressivo, uma forma da doença que faz a criança perder habilidades que já tinha. Ele disse que o antinflamatório que Ramsey havia tomado, chamado prednisona, estava em estudos para o tratamento de crianças autistas, que essa droga as fazia falar. O remédio tinha funcionado no meu filho. Como você reagiu à notícia? Chorei muito. Ao mesmo tempo, acho que liguei um piloto automático e comecei a agir. Minha família deu apoio, mas meu marido e a família dele não admitiam o problema. Nos Estados Unidos, tudo que se refere à saúde mental é tabu. As pessoas fazem segredinhos. Eu, ao contrário, decidi aprender tudo sobre autismo e fui constatando que essa doença não é o fim de tudo.
Crescer: Como Ramsey foi tratado?
Verônica: Após o diagnóstico, ele passou a freqüentar uma sala de educação especial com outras crianças autistas. E tomou a prednisona por cinco meses. Começou a falar e a escutar. Melhorava cada vez mais. Era a primeira vez que se usava o remédio numa criança com a idade dele, 2 anos na época. Algumas crianças autistas reagem bem a essa droga, mas ela ainda não foi aprovada para o tratamento da doença. Ninguém sabe por que funciona, e o remédio pode ter efeitos colaterais graves e levar à morte. Jamais deve ser tomado sem indicação médica. O que funcionou mais, o remédioou a educação especial? Provavelmente, a combinação das duas coisas. Com os progressos do meu filho, descobri que o autismo é o resultado de uma desordem neurológica que afeta o desenvolvimento do cérebro. Por exemplo, uma criança de 3 anos aprende automaticamente a falar, comprimentar os outros, ir ao banheiro. Se tem autismo, não aprende assim, porque seu cérebro não está se desenvolvendo como deveria. É essencial que ela tenha uma educação especial intensiva, como o Applied Behavior Analysis (ABA) ou o Lovass. São métodos que induzem a uma forma de comportamento. Quando a criança faz o que se pede, ganha uma recompensa. O ABA é utilizado no Brasil pela Associação de Amigos do Autista (AMA) e pelo Centro de Referência e Apoio às Desordens do Desenvolvimento (CRADD). A criança com autismo precisa aprender tudo desse jeito e pela repetição, nem que seja fazendo cem vezes a mesma coisa. Como está seu filho hoje? Ramsey não precisa mais de tratamento. Tem limitações mínimas, puramente sociais. Por exemplo, tem amigos, mas nunca inicia uma amizade. Só fala do que interessa a ele, pois não percebe que o outro tem interesses. Mas é um garoto feliz, à maneira dele. Faz tudo sozinho. Estuda, lê e resolve cálculos melhor que outras crianças. Ele e meu outro filho, o Ryan, que tem 8 anos, têm uma professora de português. O Ramsey está aprendendo mais rápido, e o Ryan reclamou. Eu disse a ele: “Você faz tanta coisa a mais do que seu irmão. Porque ele não pode fazer também?”. Seu envolvimento com o autismo ajudou seu filho? Foi tão importante quanto o apoio clínico e educacional. E também o fato de o diagnóstico ter sido precoce e ele ter tido acesso a um colégio apropriado já aos 2 anos de idade. Isso é essencial para a criança autista progredir, pois seu cérebro está se desenvolvendo até os 5 anos. Se todas as crianças autistas tivessem essa chance, muitas delas estariam mil vezes melhor. Se vocês conhecessem meu filho, não perceberiam nada. Tecnicamente, não posso dizer que ele está curado, pois o autismo não tem cura. Mas me dêem o nome de dez pediatras para eu levá-lo a uma consulta e, garanto, todos vão dizer que ele não tem nenhum problema.
Filme da vida real
Veronica Bird registrou em vídeo a evolução do tratamento do seu filho Ramsey. A produção deu origem ao filme The different shades of autism(As diferentes formas de autismo),feito para orientar médicos, pais e psicólogos a reconhecer os primeiros sinais da doença. O trabalho foi aprovado pela academia pediátrica norte-americana, ganhou vários prêmios e tornou-se um recurso adicional de ensino nas escolas de medicina. “No Brasil, estou buscando uma parceria com o governo federal para reprodução e distribuição do filme em português. Meu objetivo é que, em menos de um ano, ele esteja nas universidades e bibliotecas, com os pediatras e pais”, diz Veronica.
Para saber mais:
Fundação Veronica Bird, Avenida dasAméricas,700,sala 229,bloco 6,Citta America, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, RJ,CEP 22640-100,(21)3803-8080 /3803-7765 /3803-7145,e-mail vbcf@citta-america.com, http://www.aheadwithautism.com/ (com versão traduzida para o português).
retirado da revista CRESCER
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Uma actividade inter-activa "Pega-pega surpresa"
Meta: Estimular um maior contacto visual (olho no olho).
Motivações / Interesses: Pega-pega ou cócegas; fantasias ou chapéus.
Preparação: Providencie uma sacola cheia de fantasias, chapéus, máscaras, asas, etc. Separe um pedaço grande de papelão ou um lençol que você possa pendurar no tecto para funcionar como um biombo. Corte um ou dois buracos no papelão ou lençol no nível dos olhos da criança.
Início da Actividade: Quando a criança oferecer um Sinal Verde, apresente a actividade correndo atrás da criança de forma divertida. Adapte a actividade para incluir os interesses de sua criança. Por exemplo, se ela gosta de cócegas, corra atrás dela e faça cócegas no final.
Construção da Interacção – Aumentando o Nível de Motivação: Se a criança demonstrar que quer que você corra e faça cócegas de novo, corra para trás do papel ou lençol e esconda-se enquanto veste um chapéu ou uma peruca. Apareça com a nova fantasia e corra atrás da criança. Repita esta rotina vestindo cada vez uma fantasia diferente. Você pode fingir ser um personagem diferente com cada fantasia. Cada personagem tem uma aparência, voz, jeito de falar, de correr e de fazer cocega diferente dos outros personagens. Isto trará variação, dinamismo e suspense à actividade, tornando-a ainda mais divertida para sua criança.
Solicitação: Quando você já tiver corrido com diferentes fantasias algumas vezes e a criança estiver altamente motivada para mais corridas suas, você pode começar a solicitar. Vá para trás do papelão ou lençol para trocar de fantasia e, antes de sair para mostrar a nova fantasia, coloque seus olhos no buraco do “biombo” e peça para a criança olhar para os seus olhos através do buraco. Assim que ela olhar, pule para fora do biombo e corra atrás dela. A cada vez que você se esconder atrás do biombo para trocar de fantasia, solicite que a criança olhe nos seus olhos através do buraco antes de você aparecer.
retirado deste sítio onde pode escolher mais actividades
Motivações / Interesses: Pega-pega ou cócegas; fantasias ou chapéus.
Preparação: Providencie uma sacola cheia de fantasias, chapéus, máscaras, asas, etc. Separe um pedaço grande de papelão ou um lençol que você possa pendurar no tecto para funcionar como um biombo. Corte um ou dois buracos no papelão ou lençol no nível dos olhos da criança.
Início da Actividade: Quando a criança oferecer um Sinal Verde, apresente a actividade correndo atrás da criança de forma divertida. Adapte a actividade para incluir os interesses de sua criança. Por exemplo, se ela gosta de cócegas, corra atrás dela e faça cócegas no final.
Construção da Interacção – Aumentando o Nível de Motivação: Se a criança demonstrar que quer que você corra e faça cócegas de novo, corra para trás do papel ou lençol e esconda-se enquanto veste um chapéu ou uma peruca. Apareça com a nova fantasia e corra atrás da criança. Repita esta rotina vestindo cada vez uma fantasia diferente. Você pode fingir ser um personagem diferente com cada fantasia. Cada personagem tem uma aparência, voz, jeito de falar, de correr e de fazer cocega diferente dos outros personagens. Isto trará variação, dinamismo e suspense à actividade, tornando-a ainda mais divertida para sua criança.
Solicitação: Quando você já tiver corrido com diferentes fantasias algumas vezes e a criança estiver altamente motivada para mais corridas suas, você pode começar a solicitar. Vá para trás do papelão ou lençol para trocar de fantasia e, antes de sair para mostrar a nova fantasia, coloque seus olhos no buraco do “biombo” e peça para a criança olhar para os seus olhos através do buraco. Assim que ela olhar, pule para fora do biombo e corra atrás dela. A cada vez que você se esconder atrás do biombo para trocar de fantasia, solicite que a criança olhe nos seus olhos através do buraco antes de você aparecer.
retirado deste sítio onde pode escolher mais actividades
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
O Piolho Zarolho e o Arco -Iris da amizade
O Projecto “O Piolho Zarolho e o Arco-íris da Amizade” é propriedade da APPACDM de Coimbra – Unidade Funcional de Montemor-o-Velho, do qual resultou a publicação de um livro com o mesmo título, da autoria de Lurdes Breda e Lina Carregã.
Este livro foi escrito, pelos utentes dessa unidade utilizando Escrita com símbolos, software inclusivo de comunicação aumentativa e alternativa.
Público-alvo:
•Ensino Pré-Escolar, 1º Ciclo do Ensino Básico e pessoas com Necessidades Educativas Especiais
Objectivos:
•Facilitar a descoberta da criança e a sua compreensão do mundo, tendo em consideração a diversidade étnica, religiosa, regional e cultural;
•Fomentar atitudes inclusivas e de cidadania;
•Ajudar a criança a escolher, descobrir e testar uma escala de valores: justiça, paz, liberdade, igualdade e solidariedade.
•Desenvolver a criatividade e o mundo imaginário.
•Proporcionar às pessoas incapazes de prover às suas próprias necessidades diárias de comunicação, através de meios naturais como a fala, o gesto ou a escrita, sistemas alternativos ou aumentativos de expressão.
Ver software
Este livro foi escrito, pelos utentes dessa unidade utilizando Escrita com símbolos, software inclusivo de comunicação aumentativa e alternativa.
Público-alvo:
•Ensino Pré-Escolar, 1º Ciclo do Ensino Básico e pessoas com Necessidades Educativas Especiais
Objectivos:
•Facilitar a descoberta da criança e a sua compreensão do mundo, tendo em consideração a diversidade étnica, religiosa, regional e cultural;
•Fomentar atitudes inclusivas e de cidadania;
•Ajudar a criança a escolher, descobrir e testar uma escala de valores: justiça, paz, liberdade, igualdade e solidariedade.
•Desenvolver a criatividade e o mundo imaginário.
•Proporcionar às pessoas incapazes de prover às suas próprias necessidades diárias de comunicação, através de meios naturais como a fala, o gesto ou a escrita, sistemas alternativos ou aumentativos de expressão.
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domingo, 19 de setembro de 2010
Saberes e atitudes de alunos com deficiência
A cada novo conteúdo a ser ensinado, de acordo com seu planejamento, você se depara com a tarefa de sondar quanto a turma já sabe sobre aquilo para determinar como levá-la a avançar. Quando há uma criança com deficiência na sala, a história não deve ser diferente. É preciso verificar também o que ela já conhece e seguir em frente com a etapas previstas. Mais do que se basear num diagnóstico médico que limite as possibilidades dela, proponha situações de aprendizagem desafiadoras para descobrir até onde ela pode chegar.
Colocando o foco no aprendizado e considerando cada criança em suas particularidades, você evita a preocupação demasiada com os sintomas ou com a adequação do comportamento dela. “É muito complicado transportar um diagnóstico médico para a sala de aula. Ele ajuda, mas não pode ser um rótulo que se tenha de carregar e impeça o aprendizado”, afirma Simone Kubric, educadora do Trapézio – Grupo de Apoio à Escolarização, em São Paulo. Não são raras as ocasiões em que o aluno supera as expectativas criadas pelos médicos, surpreendendo a todos com seu desempenho.
Para investigar o que os alunos com algum tipo de deficiência já sabem, você pode usar as mesmas estratégias que prepara para os demais, desde que adote diferenciações adequadas a cada necessidade da criança. O importante é colocar todos os estudantes em contato com aquilo que pretende ensinar.
A estratégia escolhida deve permitir que eles usem, durante a sondagem, informações e práticas já conhecidas. Os resultados dão uma ideia dos conhecimentos prévios de cada um, evitando que você proponha situações fáceis demais – e, portanto, desmotivantes – ou apresente algo exageradamente complexo, que os alunos, naquele momento específico, ainda não têm condição de se apropriar.
Dada a aula, você tem pela frente a tarefa de avaliar o que todos aprenderam. Aqui é preciso evitar o erro de comparar crianças diferentes, ou querer nivelar o desenvolvimento da turma. Isso vale para crianças com e sem deficiência. O desempenho de cada aluno deve ser confrontado com o conhecimento prévio que ele tinha, levando em conta suas possibilidades individuais. “O correto é comparar cada aluno com ele mesmo”, diz Silvana Lucena Drago, responsável pelo setor de Educação Especial da Diretoria de Orientação Técnica da prefeitura de São Paulo.
Avaliação de atitudes
Colocando o foco no aprendizado e considerando cada criança em suas particularidades, você evita a preocupação demasiada com os sintomas ou com a adequação do comportamento dela. “É muito complicado transportar um diagnóstico médico para a sala de aula. Ele ajuda, mas não pode ser um rótulo que se tenha de carregar e impeça o aprendizado”, afirma Simone Kubric, educadora do Trapézio – Grupo de Apoio à Escolarização, em São Paulo. Não são raras as ocasiões em que o aluno supera as expectativas criadas pelos médicos, surpreendendo a todos com seu desempenho.
Para investigar o que os alunos com algum tipo de deficiência já sabem, você pode usar as mesmas estratégias que prepara para os demais, desde que adote diferenciações adequadas a cada necessidade da criança. O importante é colocar todos os estudantes em contato com aquilo que pretende ensinar.
A estratégia escolhida deve permitir que eles usem, durante a sondagem, informações e práticas já conhecidas. Os resultados dão uma ideia dos conhecimentos prévios de cada um, evitando que você proponha situações fáceis demais – e, portanto, desmotivantes – ou apresente algo exageradamente complexo, que os alunos, naquele momento específico, ainda não têm condição de se apropriar.
Dada a aula, você tem pela frente a tarefa de avaliar o que todos aprenderam. Aqui é preciso evitar o erro de comparar crianças diferentes, ou querer nivelar o desenvolvimento da turma. Isso vale para crianças com e sem deficiência. O desempenho de cada aluno deve ser confrontado com o conhecimento prévio que ele tinha, levando em conta suas possibilidades individuais. “O correto é comparar cada aluno com ele mesmo”, diz Silvana Lucena Drago, responsável pelo setor de Educação Especial da Diretoria de Orientação Técnica da prefeitura de São Paulo.
Avaliação de atitudes
Para que a avaliação do aluno com deficiência saia a contento, é importante ter em mente o que se quer que ele aprenda, quais são os objetivos que ele deve atingir e os conteúdos a dominar. Outra tarefa é determinar as metodologias e estratégias que serão adotadas. Nesse sentido, vale lembrar que todas as atividades oferecem elementos para avaliação. Atitudes muito simples, como se reunir em grupo, permanecer sentado na carteira, se alimentar, cuidar da higiene pessoal sozinho e utilizar os materiais escolares corretamente podem ser considerados grandes avanços para estudantes com deficiência intelectual. A observação de todos no dia a dia é sempre de grande valia para o professor.
"O educador não pode apenas procurar o que está errado no aluno. O importante é verificar o que ele foi capaz de aprender", diz Maria Tereza Esteban, da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense (UFF), do Rio de Janeiro. E, no caso das crianças e dos jovens com deficiência, pequenas atitudes são sempre indícios de progressos, mesmo que eles não apreendam todo o conteúdo que você tentou ensinar na sua disciplina.
Para acompanhar a aprendizagem das crianças, é preciso fazer registros diários sobre o desempenho delas e compilar os trabalhos que realizam em sala. Esse material pode ser transformado num portfólio (arquivo da produção dos alunos). A periodicidade com que esses registros são transformados em notas depende da política educacional de cada escola. Pode ser bimestral ou trimestral.
O importante é que esses progressos sirvam de instrumento para que você verifique o que cada um aprendeu e, especialmente no caso dos alunos com deficiência, planeje estratégias diferenciadas para que eles não parem de avançar. Essa verificação também servirá para o planejamento dos objetivos seguintes. Assim você sempre poderá determinar com mais segurança o que ensinar a cada etapa e qual a maneira mais apropriada de fazer isso.
Comportamento nas provas
"O educador não pode apenas procurar o que está errado no aluno. O importante é verificar o que ele foi capaz de aprender", diz Maria Tereza Esteban, da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense (UFF), do Rio de Janeiro. E, no caso das crianças e dos jovens com deficiência, pequenas atitudes são sempre indícios de progressos, mesmo que eles não apreendam todo o conteúdo que você tentou ensinar na sua disciplina.
Para acompanhar a aprendizagem das crianças, é preciso fazer registros diários sobre o desempenho delas e compilar os trabalhos que realizam em sala. Esse material pode ser transformado num portfólio (arquivo da produção dos alunos). A periodicidade com que esses registros são transformados em notas depende da política educacional de cada escola. Pode ser bimestral ou trimestral.
O importante é que esses progressos sirvam de instrumento para que você verifique o que cada um aprendeu e, especialmente no caso dos alunos com deficiência, planeje estratégias diferenciadas para que eles não parem de avançar. Essa verificação também servirá para o planejamento dos objetivos seguintes. Assim você sempre poderá determinar com mais segurança o que ensinar a cada etapa e qual a maneira mais apropriada de fazer isso.
Comportamento nas provas
A forma de se comportar no ambiente escolar, além de ser ensinada, precisa ser também avaliada. Um aspecto particularmente importante é como se portar durante uma prova. Nesses tempos em que as avaliações de sistemas estão se tornando cada vez mais frequentes, trabalhar essa questão com aqueles que apresentam deficiência ganha importância.
Alunos com deficiência das escolas municipais da capital paulista, por exemplo, já são submetidos à Prova São Paulo, que avalia os estudantes do Ensino Fundamental em Língua Portuguesa e Matemática. Para participar, os alunos com autismo, por exemplo, contam com a ajuda de um professor com quem tenham mais afinidade. As crianças com deficiência visual severa recebem a prova em braile ou fazem o exame com a ajuda de ledor e escriba.
Na Rede Estadual de São Paulo, todos os alunos participam do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp), que serve de base para o Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (Idesp). Mas algumas flexibilizações são contempladas, como no caso dos alunos com deficiência intelectual. Eles fazem a prova como os demais, na perspectiva da inclusão, mas as notas alcançadas por eles não são contabilizadas no resultado final do exame.
Alunos com deficiência das escolas municipais da capital paulista, por exemplo, já são submetidos à Prova São Paulo, que avalia os estudantes do Ensino Fundamental em Língua Portuguesa e Matemática. Para participar, os alunos com autismo, por exemplo, contam com a ajuda de um professor com quem tenham mais afinidade. As crianças com deficiência visual severa recebem a prova em braile ou fazem o exame com a ajuda de ledor e escriba.
Na Rede Estadual de São Paulo, todos os alunos participam do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp), que serve de base para o Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (Idesp). Mas algumas flexibilizações são contempladas, como no caso dos alunos com deficiência intelectual. Eles fazem a prova como os demais, na perspectiva da inclusão, mas as notas alcançadas por eles não são contabilizadas no resultado final do exame.
Carla Soares Martin
Revista Nova Escola
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Calendário escolar 2009/2010
As actividades lectivas do pré-escolar começam dia 13 de Setembro. A 5 de Julho de 2011, os jardins-de-infância voltam a fechar depois de mais um ano lectivo. As primeiras férias, as de Natal, estão marcadas de 20 a 31 de Dezembro, a segunda paragem de 7 a 9 de Março e a terceira, na Páscoa, de 11 a 21 de Abril.
sábado, 11 de setembro de 2010
O controle dos esfincteres
Já saiu das fraldinhas! Assim dizem os pais, muito eufóricos, quando o seu filho já solicita o uso da sanita. É um motivo de comemoração, por ser entendido como mais um passinho no sentido do crescimento do bebé.
E é verdade!
Esta nova fase de "bebê sequinho", que tanto encanta aos pais, ocorre, em sua maioria, em torno dos 2 ou 3 anos de idade, alguns mais cedo, outros um pouco mais tarde, mas sempre por volta desta faixa etária.
Muito cedo pode ser prejudicial
Muitos pais se questionam sobre a forma correta para dar início a este novo ensinamento.
É importante saber a época do inicio; treinos muito precoces acabam não sendo benéficos, stressam a criança e os pais; e nem sempre têm um resultado final positivo.
Início do treino
O período em que se pode iniciar é, em geral, logo depois que o bebê já sabe correr com certa segurança e autoconfiança. Esta é uma etapa do desenvolvimento neuro-psico-motor em que a coordenação motora já está melhor estabelecida. Pode-se então começar, a partir daí, o treino do controle dos esfíncteres de forma mais criteriosa, não só sob o ponto de vista orgânico, mas também emocional - esta é também uma fase em que o bebê já está inserido na Linguagem. A comunicação se faz assim de forma mais adequada.
Primeiro se treina o controle do esfíncter anal, depois o controle do esfíncter urinário. Primeiro durante o dia e depois durante a noite.
Todo o treinamento deve ser feito de forma bem tranqüila, sem pressão e/ou chantagem, para que entre na rotina sem angústia, sem culpa e sem receio.
Deve ser comemorado cada sucesso, mas sem grandes alardes para não dar a conotação de que são os pais os únicos interessados neste sucesso. Lembre-se de que crianças são os melhores leitores das emoções paternas e maternas e sabem lidar com a emoção dos pais muito sagazmente e sabiamente! E daí a inverter a situação é um pulo.
Quando a criança entende, com tranqüilidade, o significado desta nova etapa, ela passa, então, a solicitar ajuda à mãe, ao pai ou à babá e deve ser sempre atendida de forma mais imediata possível, mas sem exageros para evitar parecer uma situação emergencial. Por mais inconveniente que seja o momento da solicitação, evite ao máximo sugerir fazer "nas fraldinhas mesmo, agora pode". Ela ficará insegura diante desta resposta e acabará por se deixar envolver pelo clima de ambigüidade e desistência, tornando-se muito mais difícil depois resgatar esta etapa.
Quando é necessário um retrocesso
Quando em situações extremas como, por exemplo, uma doença diarréica, fica, por certo, mais complicado administrar toda a situação, em especial se ocorrer em período de treino recente. É muito importante, no entanto, que seja explicado que é por causa da doença e que logo, logo, quando sarar, vai poderdeitar fora de novo as fraldinhas. E cumprir e estimular o combinado!
Privacidade é necessário
É importante também que ele tenha seu "espacinho" - principalmente no início do treino. Valorizar a privacidade faz parte da orientação. Pode ser um peniquinho colocado ao lado da sanita para que ela possa, junto com o adulto que a acompanha, despejar e dar a descarga.
Lembro-me de uma criança de 3 anos de idade que não conseguia ir ao banheiro e quando forçado a sentar na sanita ficava apavorado. Tremia e gritava a um ponto que era necessário sair casa de banho e ser aconchegado para se acalmar. Um dia, eledisse, chorando muito, que tinha medo de ser engolido pela descarga.
As fantasias infantis são inúmeras e é sempre conveniente estar atento a situações de medo e de recusa a novos hábitos. Por trás de muitos "medinhos" se esconde uma fantasia que até para os adultos podem ser assustadores.
Acidentes podem acontecer, e lá um belo dia, depois de muito acerto, lá se vai um xixi na roupa ou na cama. Não se assuste nem seja muito rigorosa na pontuação do erro. Isto é possível e passível de acontecer nesta fase inicial, em especial num dia de muito cansaço ou de muita agitação. O ideal é ser compreensivo e entender o ato como um fcato acidental. Isso o deixará mais tranqüilo para continuar em seu ritmo já estabelecido.
O controle dos esfíncteres é uma das etapas em que todos participam de forma direta ou indireta, desde pais e familiares, até os cuidadores em creches e escolinhas.
Todas as etapas do desenvolvimento de uma criança são sempre gratificantes. Todos ficam felizes com o bom desempenho e a criança também.
Os comentários em volta dela: "não usa mais fraldinhas" a deixa em posição privilegiada e de destaque. Ela sente isso, ela sente o progresso e o seu próprio caminhar em direção ao mundo dos adultos. Sente-se mais independente e se regozija junto com quem a orienta. Cuide então, para que esta etapa seja vencida de forma suave, tranqüila, com o mínimo de preocupação e o máximo de alegria por ter sido bem apreendida.
Ver dicas
E é verdade!
Esta nova fase de "bebê sequinho", que tanto encanta aos pais, ocorre, em sua maioria, em torno dos 2 ou 3 anos de idade, alguns mais cedo, outros um pouco mais tarde, mas sempre por volta desta faixa etária.
Muito cedo pode ser prejudicial
Muitos pais se questionam sobre a forma correta para dar início a este novo ensinamento.
É importante saber a época do inicio; treinos muito precoces acabam não sendo benéficos, stressam a criança e os pais; e nem sempre têm um resultado final positivo.
Início do treino
O período em que se pode iniciar é, em geral, logo depois que o bebê já sabe correr com certa segurança e autoconfiança. Esta é uma etapa do desenvolvimento neuro-psico-motor em que a coordenação motora já está melhor estabelecida. Pode-se então começar, a partir daí, o treino do controle dos esfíncteres de forma mais criteriosa, não só sob o ponto de vista orgânico, mas também emocional - esta é também uma fase em que o bebê já está inserido na Linguagem. A comunicação se faz assim de forma mais adequada.
Primeiro se treina o controle do esfíncter anal, depois o controle do esfíncter urinário. Primeiro durante o dia e depois durante a noite.
Todo o treinamento deve ser feito de forma bem tranqüila, sem pressão e/ou chantagem, para que entre na rotina sem angústia, sem culpa e sem receio.
Deve ser comemorado cada sucesso, mas sem grandes alardes para não dar a conotação de que são os pais os únicos interessados neste sucesso. Lembre-se de que crianças são os melhores leitores das emoções paternas e maternas e sabem lidar com a emoção dos pais muito sagazmente e sabiamente! E daí a inverter a situação é um pulo.
Quando a criança entende, com tranqüilidade, o significado desta nova etapa, ela passa, então, a solicitar ajuda à mãe, ao pai ou à babá e deve ser sempre atendida de forma mais imediata possível, mas sem exageros para evitar parecer uma situação emergencial. Por mais inconveniente que seja o momento da solicitação, evite ao máximo sugerir fazer "nas fraldinhas mesmo, agora pode". Ela ficará insegura diante desta resposta e acabará por se deixar envolver pelo clima de ambigüidade e desistência, tornando-se muito mais difícil depois resgatar esta etapa.
Quando é necessário um retrocesso
Quando em situações extremas como, por exemplo, uma doença diarréica, fica, por certo, mais complicado administrar toda a situação, em especial se ocorrer em período de treino recente. É muito importante, no entanto, que seja explicado que é por causa da doença e que logo, logo, quando sarar, vai poderdeitar fora de novo as fraldinhas. E cumprir e estimular o combinado!
Privacidade é necessário
É importante também que ele tenha seu "espacinho" - principalmente no início do treino. Valorizar a privacidade faz parte da orientação. Pode ser um peniquinho colocado ao lado da sanita para que ela possa, junto com o adulto que a acompanha, despejar e dar a descarga.
Lembro-me de uma criança de 3 anos de idade que não conseguia ir ao banheiro e quando forçado a sentar na sanita ficava apavorado. Tremia e gritava a um ponto que era necessário sair casa de banho e ser aconchegado para se acalmar. Um dia, eledisse, chorando muito, que tinha medo de ser engolido pela descarga.
As fantasias infantis são inúmeras e é sempre conveniente estar atento a situações de medo e de recusa a novos hábitos. Por trás de muitos "medinhos" se esconde uma fantasia que até para os adultos podem ser assustadores.
Acidentes podem acontecer, e lá um belo dia, depois de muito acerto, lá se vai um xixi na roupa ou na cama. Não se assuste nem seja muito rigorosa na pontuação do erro. Isto é possível e passível de acontecer nesta fase inicial, em especial num dia de muito cansaço ou de muita agitação. O ideal é ser compreensivo e entender o ato como um fcato acidental. Isso o deixará mais tranqüilo para continuar em seu ritmo já estabelecido.
O controle dos esfíncteres é uma das etapas em que todos participam de forma direta ou indireta, desde pais e familiares, até os cuidadores em creches e escolinhas.
Todas as etapas do desenvolvimento de uma criança são sempre gratificantes. Todos ficam felizes com o bom desempenho e a criança também.
Os comentários em volta dela: "não usa mais fraldinhas" a deixa em posição privilegiada e de destaque. Ela sente isso, ela sente o progresso e o seu próprio caminhar em direção ao mundo dos adultos. Sente-se mais independente e se regozija junto com quem a orienta. Cuide então, para que esta etapa seja vencida de forma suave, tranqüila, com o mínimo de preocupação e o máximo de alegria por ter sido bem apreendida.
Ver dicas
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
O que muda não é a diferença. São os olhos.
Existe uma história que foi construída em torno da dor da diferença: a criança que se sente não bem igual às outras, por alguma marca no seu corpo, na maneira de ser… Esta, eu bem sei, é estória para ser contada também para os pais. Eles também sentem a dor dentro dos olhos. Alguns dos diálogos foram tirados da vida real. Ela lida com algo que dói muito: não é a diferença, em si mesma, mas o ar de espanto que a criança percebe nos olhos dos outros [...] O medo dos olhos dos outros é sentimento universal. Todos gostaríamos de olhos mansos… A diferença não é resolvida de forma triunfante, como na estória do Patinho Feio. O que muda não é a diferença. São os olhos…
Ruben Alves
Retirado deste site
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Carta dos direitos para pessoas com autismo
As pessoas com autismo devem poder partilhar dos mesmos direitos e privilégios de toda a população
europeia na medida das suas possibilidades e tomando em consideração os seus melhores interesses.
Estes direitos devem ser realçados, protegidos e postos em vigor por uma legislação apropriada em cada
estado.
As declarações das Nações Unidas sobre os Direitos do Deficiente Mental (1971) e sobre os Direitos das
Pessoas Deficientes (1975) tal como outras declarações relevantes sobre os Direitos do Homem devem ser
tomadas em consideração e, em particular, no que diz respeito às pessoas com autismo, devem ser
incluídos os seguintes:
1. O DIREITO de as pessoas com autismo viverem uma vida independente e completa até ao
limite das suas potencialidades.
2. O DIREITO de as pessoas com autismo terem um diagnóstico e uma avaliação clínica precisos,
acessíveis e livres de preconceitos.
3. O DIREITO de as pessoas com autismo receberem uma educação acessível e apropriada.
4. O DIREITO de as pessoas com autismo (e seus representantes) serem implicadas em todas as
decisões que afectem o seu futuro; os desejos do indivíduo devem, na medida do possível, ser
reconhecidos e respeitados.
5. O DIREITO de as pessoas com autismo terem uma habitação acessível e adequada.
6. O DIREITO de as pessoas com autismo terem equipamentos, assistência e serviços de apoio
necessários a uma vida plenamente produtiva, digna e independente.
7. O DIREITO de as pessoas com autismo receberem um rendimento ou um salário suficientes
para uma alimentação, vestuário e habitação adequados tal como para as outras necessidades
vitais.
8. O DIREITO de as pessoas com autismo participarem, tanto quanto possível, no
desenvolvimento e na administração dos serviços criados para o seu bem estar.
9. O DIREITO de as pessoas com autismo terem acesso a aconselhamento e cuidados
apropriados à sua saúde mental e física e à sua vida espiritual. Isto inclui a acessibilidade a
tratamentos de qualidade e a medicamentação administrada somente no seu melhor interesse e
tomadas todas as medidas de protecção necessárias.
10. O DIREITO de as pessoas com autismo a um emprego significativo e formação vocacional
sem discriminação ou estereotipo; a formação e o emprego devem respeitar as capacidades e
escolhas do indivíduo.
11. O DIREITO de as pessoas com autismo terem acessibilidade ao transporte e liberdade de
movimentos.
12. O DIREITO de as pessoas com autismo terem acesso à cultura, ao lazer, às actividades
recriativas e desportivas e de nelas participarem plenamente.
13. O DIREITO de as pessoas com autismo terem igual acesso a todos os equipamentos, serviços
e actividades da comunidade e poderem utilizá-los.
14. O DIREITO de as pessoas com autismo terem relações sexuais e outras, incluindo o
casamento, sem a elas serem forçados ou nelas explorados.
15. O DIREITO de as pessoas com autismo (e os seus representantes) terem representação legal
e assistência jurídica assim como a completa protecção de todos os seus direitos legais.
16. O DIREITO de as pessoas com autismo não serem submetidas ao medo e à ameaça de um
internamento compulsivo em hospitais psiquiátricos ou outras instituições restritivas da sua
liberdade.
17. O DIREITO de as pessoas com autismo a não serem submetidas a tratamentos físicos
abusivos ou a negligência de cuidados.
18. O DIREITO de as pessoas com autismo a não serem submetidas ao uso abusivo ou
inadequado de farmacologia.
19. O DIREITO de as pessoas com autismo (ou os seus representantes) ao acesso a todas as
informações contidas nos seus relatórios pessoais, médicos, psicológicos, psiquiátricos e
educacionais.
Apresentada no 4º Congresso Autism-Europe, Haia, 10 de Maio de 1992.
Adoptada sob forma de Declaração Escrita pelo Parlamento Europeu, 9 de Maio de 1996
Autisme-Europe AISBL, Rue Montoyer, 39, bte 11, B-1000 Bruxelas, Bélgica
Tel.: +32.2.675.75.05 Fax: +32.2.675.72.70
Seminário Direito, Inclusão e Deficiência
Os diversos aspectos de natureza jurídica do fenómeno da deficiência são um tema que raramente é tratado de forma integrada. Consciente desse aspecto, a APSA convidou um painel de juristas, das mais diversas profissões (Juízes, Docentes, Advogados) e ainda o Neuropediatra Nuno Lobo Antunes, a quem pediu que abordassem a temática da deficiência em diversas áreas do direito e da ética.
Pensamos ser um seminário do maior interesse para todos os que lidam com a deficiência, de forma a aprofundar o conhecimento da realidade jurídica e ética que a envolve.
Para mais informações, programa e acesso a ficha de inscrição consulte esta página
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Diagnóstico precoce do autismo
Jeremy Nicholson
Cientistas descobriram teste para detectar a doença em crianças a partir dos seis meses de vida.
Uma em cada cem pessoas no mundo sofre autismo, o que significa que no Reino Unido há mais de 500 mil pessoas com a doença, que se manifesta com transtornos que vão desde leves problemas para interagir socialmente até graves dificuldades de comportamento, como mudez.
O diagnóstico do autismo sempre foi difícil, e a doença costuma permanecer irreconhecível até estados avançados, quando já é muito tarde para ser tratado, mas os pesquisadores do Imperial College de Londres descobriram uma forma de detectar a doença em crianças a partir dos seis meses de vida.
O autor do estudo, Jeremy Nicholson, explicou que as crianças autistas têm uma bactéria nos intestinos que pode ser detectada através de exame de urina, antes que apareçam os primeiros sintomas da doença. O teste custaria em torno de R$13 reais.
Esta descoberta torna possível uma intervenção precoce centrada na conduta social do paciente que poderia reduzir os danos psicológicos permanentes.
Atualmente, o grau de autismo é avaliado a partir de testes que exploram a integração social, a capacidade de comunicação e as aptidões imaginativas do paciente.
A equipe científica que realizou a pesquisa considera que a relação entre a bactéria intestinal e as dificuldades na aprendizagem pode abrir o caminho para tratamentos probióticos contra o autismo.
Os pesquisadores submeteram crianças de idades entre três e nove anos – 39 com autismo, 28 sem autismo, mas com um irmão que tinha, e 34 sem autismo e sem irmãos autistas – a ressonâncias magnéticas, endoscopias e análise químicas.
O estudo revelou que as crianças não autistas, mas com irmãos que tinham a doença, apresentavam uma análise química diferente dos que não tinham irmãos autistas, e a das crianças com autismo era diferente das dos outros dois grupos.
Artigo retirado daqui
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Software inclusivo
Actualmente defendemos e praticamos o conceito de Software Inclusivo. Mas o que é isso de um software ser inclusivo? Quais as características que um software inclusivo deve ter? Quais as vantagens em utilizar um software inclusivo?
Entende-se por software inclusivo "todo aquele que é concebido, desenvolvido e comercializado, de modo a ser acessível ao maior número possível de utilizadores, incluindo pessoas com deficiência. Software inclusivo é também aquele que atende aos diferentes tipos de inteligência de cada um e proporciona acessos multicanal." [CORREIA, Secundino ( 2009), "Tecnologias para a educação da pessoa com habilidades diferentes", in Gomes, Márcio (org.), "Construindo as Trilhas para a Inclusão", Ed. Vozes, Petrópóolis, RJ]
O que caracteriza então um software inclusivo?
- É concebido para se adaptar às diferentes capacidades de cada um;
- Permite uma configuração personalizada, para se poder adaptar às necessidades de cada utilizador;
- É concebido com base num desenho universal e permite acessibilidade através de diferentess periféricos: rato (mouse), ratos adaptados (ratos de bola, joysticks, ratos de cabeça), comutadores (acionadores), teclados de conceitos ou expandidos;
- Possibilita ouvir tudo o que se escreve, normalmente através de um sintetizador de voz integrado;
- Pode utilizar símbolos, imagens e/ou fotos, sejam elas internas ou externas ao programa.
Desenvolver software inclusivo exige atenção a múltiplas variáveis e é uma tarefa sempre inacabada. A cnotinfor tem procurado trilhar este caminho e apresenta alguns títulos de software inclusivo. Saiba mais sobre eles, acedendo às suas páginas.
Entende-se por software inclusivo "todo aquele que é concebido, desenvolvido e comercializado, de modo a ser acessível ao maior número possível de utilizadores, incluindo pessoas com deficiência. Software inclusivo é também aquele que atende aos diferentes tipos de inteligência de cada um e proporciona acessos multicanal." [CORREIA, Secundino ( 2009), "Tecnologias para a educação da pessoa com habilidades diferentes", in Gomes, Márcio (org.), "Construindo as Trilhas para a Inclusão", Ed. Vozes, Petrópóolis, RJ]
O que caracteriza então um software inclusivo?
- É concebido para se adaptar às diferentes capacidades de cada um;
- Permite uma configuração personalizada, para se poder adaptar às necessidades de cada utilizador;
- É concebido com base num desenho universal e permite acessibilidade através de diferentess periféricos: rato (mouse), ratos adaptados (ratos de bola, joysticks, ratos de cabeça), comutadores (acionadores), teclados de conceitos ou expandidos;
- Possibilita ouvir tudo o que se escreve, normalmente através de um sintetizador de voz integrado;
- Pode utilizar símbolos, imagens e/ou fotos, sejam elas internas ou externas ao programa.
Desenvolver software inclusivo exige atenção a múltiplas variáveis e é uma tarefa sempre inacabada. A cnotinfor tem procurado trilhar este caminho e apresenta alguns títulos de software inclusivo. Saiba mais sobre eles, acedendo às suas páginas.
Avaliação dos alunos com necessidades educativas especiais
A avaliação dos alunos com necessidades educativas especiais, abrangidos pelo Decreto-Lei n.º 3/2008, de 07/01, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 21/2008, de 12/05, são avaliados, regra geral, pelas normas definidas pelo Decreto Regulamentar n.º 1/2005, de 05/01, com as alterações introduzidas pelo Decreto Regulamentar n.º 18/2006, de 14/03, e pelo Decreto Regulamentar n.º 5/2007, de 10/01.
O n.º 77 refere que "Os alunos abrangidos pela modalidade de educação especial serão avaliados, salvo o disposto no número seguinte, de acordo com o regime de avaliação definido no presente diploma."
O número seguinte, embora desactualizado na nomenclatura, refere que os alunos com adequações no processo de avaliação, devidamente explicitadas e fundamentadas, serão avaliados nos termos definidos no programa educativo individual.
Acrescenta, ainda, que os alunos que beneficiavam do antigo currículo alternativo, actual currículo específico individual, ficam dispensados da realização dos exames nacionais do 9º ano. Para estes alunos, o currículo específico individual, atendendo à sua especificidade e ao provável ou possível desvio do currículo comum, deve definir os critérios, as modalidades e os intrumentos de avaliação a aplicar.
Para uma análise mais completa, ver o texto no Blogue Incluso
O n.º 77 refere que "Os alunos abrangidos pela modalidade de educação especial serão avaliados, salvo o disposto no número seguinte, de acordo com o regime de avaliação definido no presente diploma."
O número seguinte, embora desactualizado na nomenclatura, refere que os alunos com adequações no processo de avaliação, devidamente explicitadas e fundamentadas, serão avaliados nos termos definidos no programa educativo individual.
Acrescenta, ainda, que os alunos que beneficiavam do antigo currículo alternativo, actual currículo específico individual, ficam dispensados da realização dos exames nacionais do 9º ano. Para estes alunos, o currículo específico individual, atendendo à sua especificidade e ao provável ou possível desvio do currículo comum, deve definir os critérios, as modalidades e os intrumentos de avaliação a aplicar.
Para uma análise mais completa, ver o texto no Blogue Incluso
Salas estruturadas nas escolas ajudam crianças autistas
Martim tem nove anos e é autista. Uma em cada mil crianças em Portugal sofre desta síndroma, estimam os especialistas. Porém, a mãe de Martim quer que o filho seja mais que uma simples estatística e luta para que seja cada vez mais autónomo. A criança frequenta uma das 187 unidades de apoio especializado para estes alunos, dividindo o tempo com uma turma "normal" na escola no Alto de Santo Amaro, em Lisboa.
É numa sala estruturada, "estupidamente organizada" (como diz com humor a mãe, Isabel Pedroso), que Martim aprende com a professora Nélia Martins as funções básicas de interacção social e a conquista de autonomia.
Martim apenas diz algumas palavras, "mas percebe tudo". Um dos objectivos é aprender a comunicar, algo que faz através de associações. "Tem um livro com imagens dos alimentos, da casa de banho, símbolos dos jogos e outras coisas. Assim, ele diz-me o que quer fazer. Ganhou iniciativa", salienta. Aos nove anos, ainda não aprendeu o "socialmente correcto". "Vai ao supermercado e começa a arrancar as etiquetas de promoções que encontra", contou. Mas Isabel diz que ele fez progressos. "Ele era muito impaciente quando tinha de esperar para comer. Agora já sabe sentar-se à mesa, esperar, ir buscar o prato..."
Isabel sabe que o filho terá sempre uma autonomia limitada, mas nem todos os casos são assim. A professora Nélia Martins diz ter um aluno que é muito evoluído e que se continuar com um bom trabalho poderá até ter um emprego: "Ainda que terá sempre de ser acompanhado."
Mas independentemente do grau de autismo, há pontos em comum nas salas estruturadas. Quer ao nível da organização quer da rotina de aprendizagem, em que lembram salas do pré-escolar.
"Têm os espaços delineados com fitas de cor. Há a área de grupo, da música, para brincar, área do aprender e do trabalho, entre outros espaços", explica Inês Larcher, terapeuta da fala da Associação de Pais e Amigos da Criança Deficiente Mental (APPACDM) de Lisboa, formadora no método.
É na área de aprender que os alunos começam a dar os primeiros passos rumo aos objectivos. Estão apenas acompanhados pela professora e só quando esta considerar que já adquiriu os conhecimentos, o aluno passa para a de trabalho, onde terá de fazer o que aprendeu sozinho: o início da autonomia ambicionada.
"Estas crianças eram vistas como não educáveis. Com esta metodologia percebeu-se que com uma estrutura rígida é possível mais tarde o autista ganhar autonomia", disse ao DN. E como diz Nélia Martins "são os miúdos das mil vezes", ou seja, são precisas muitas repetições para se concretizar um objectivo.
"Comer, vestir, ir à casa de banho, as relações com colegas e adultos são algumas das aprendizagens por que todos passam", afirma a professora. Depois há que aprender a ler os números, emparelhar - como juntar 1+1 - e resolver pequenos problemas de matemática, entre outros exemplos. Nélia Martins explica que para todos os alunos autistas são estabelecidos objectivos, depois de analisado clinicamente, que vão sendo alterados lentamente durante a evolução.
Os autistas não reagem bem a mudanças. Precisam de um horário rígido, com tudo organizado: "Se, por exemplo, vai faltar a terapeuta da fala, eu tenho de antecipar essa situação. Não lhe posso dizer que vai ter a sessão e depois mudar, a reacção pode ser má a nível comportamental."
O ideal para estes alunos é conseguirem estar o maior tempo possível com a turma "normal", e as salas estruturadas começarem a serem vistas como "explicações". Martim ainda passa grande parte do dia na sala estruturada, mas há alunos que já inverteram a situação.
Estas unidades estruturadas têm a metodologia TEACCH, que foi desenvolvida nos anos 70 pelo norte-americano Eric Shopler e que é cada vez mais usada. Actualmente, são mais as salas estruturadas no 1.º ciclo. Porém, começaram a surgir as de 2.º e 3.º para que as crianças continuem o trabalho.
No Agrupamento de Escolas de Buarcos já funciona há 2 anos uma sala no 2º ciclo.
in Diário de Notícias
É numa sala estruturada, "estupidamente organizada" (como diz com humor a mãe, Isabel Pedroso), que Martim aprende com a professora Nélia Martins as funções básicas de interacção social e a conquista de autonomia.
Martim apenas diz algumas palavras, "mas percebe tudo". Um dos objectivos é aprender a comunicar, algo que faz através de associações. "Tem um livro com imagens dos alimentos, da casa de banho, símbolos dos jogos e outras coisas. Assim, ele diz-me o que quer fazer. Ganhou iniciativa", salienta. Aos nove anos, ainda não aprendeu o "socialmente correcto". "Vai ao supermercado e começa a arrancar as etiquetas de promoções que encontra", contou. Mas Isabel diz que ele fez progressos. "Ele era muito impaciente quando tinha de esperar para comer. Agora já sabe sentar-se à mesa, esperar, ir buscar o prato..."
Isabel sabe que o filho terá sempre uma autonomia limitada, mas nem todos os casos são assim. A professora Nélia Martins diz ter um aluno que é muito evoluído e que se continuar com um bom trabalho poderá até ter um emprego: "Ainda que terá sempre de ser acompanhado."
Mas independentemente do grau de autismo, há pontos em comum nas salas estruturadas. Quer ao nível da organização quer da rotina de aprendizagem, em que lembram salas do pré-escolar.
"Têm os espaços delineados com fitas de cor. Há a área de grupo, da música, para brincar, área do aprender e do trabalho, entre outros espaços", explica Inês Larcher, terapeuta da fala da Associação de Pais e Amigos da Criança Deficiente Mental (APPACDM) de Lisboa, formadora no método.
É na área de aprender que os alunos começam a dar os primeiros passos rumo aos objectivos. Estão apenas acompanhados pela professora e só quando esta considerar que já adquiriu os conhecimentos, o aluno passa para a de trabalho, onde terá de fazer o que aprendeu sozinho: o início da autonomia ambicionada.
"Estas crianças eram vistas como não educáveis. Com esta metodologia percebeu-se que com uma estrutura rígida é possível mais tarde o autista ganhar autonomia", disse ao DN. E como diz Nélia Martins "são os miúdos das mil vezes", ou seja, são precisas muitas repetições para se concretizar um objectivo.
"Comer, vestir, ir à casa de banho, as relações com colegas e adultos são algumas das aprendizagens por que todos passam", afirma a professora. Depois há que aprender a ler os números, emparelhar - como juntar 1+1 - e resolver pequenos problemas de matemática, entre outros exemplos. Nélia Martins explica que para todos os alunos autistas são estabelecidos objectivos, depois de analisado clinicamente, que vão sendo alterados lentamente durante a evolução.
Os autistas não reagem bem a mudanças. Precisam de um horário rígido, com tudo organizado: "Se, por exemplo, vai faltar a terapeuta da fala, eu tenho de antecipar essa situação. Não lhe posso dizer que vai ter a sessão e depois mudar, a reacção pode ser má a nível comportamental."
O ideal para estes alunos é conseguirem estar o maior tempo possível com a turma "normal", e as salas estruturadas começarem a serem vistas como "explicações". Martim ainda passa grande parte do dia na sala estruturada, mas há alunos que já inverteram a situação.
Estas unidades estruturadas têm a metodologia TEACCH, que foi desenvolvida nos anos 70 pelo norte-americano Eric Shopler e que é cada vez mais usada. Actualmente, são mais as salas estruturadas no 1.º ciclo. Porém, começaram a surgir as de 2.º e 3.º para que as crianças continuem o trabalho.
No Agrupamento de Escolas de Buarcos já funciona há 2 anos uma sala no 2º ciclo.
in Diário de Notícias
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